Por que as campanhas antifumo não funcionam

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Que fumar é prejudicial à saúde, todo mundo sabe. Inclusive os milhares de fumantes que, apesar de todo esforço publicitário governamental contra o fumo, continuam consumindo seus maços de cigarro por aí... Mas você sabe por que estas camapanhas anti-tabagistas não funcionam?!


Esta não é uma resposta simples, vários fatores concorrem para que o indivíduo não consiga ou não tenha vontade de parar de fumar. Entretanto, se pensarmos apenas no foco que as campanhas anti-fumo tem tomado no país, podemos entender um pouco das causas deste insucesso.


Você já reparou que a maioria (senão todas), destas campanhas tenta frear o consumo de cigarros ativando o sentimento de MEDO dos consumidores? Medo de ter câncer, de ficar impotente, de gerar um filho com problemas, etc, etc, etc, etc... Mas qual o real impacto do medo no comportamento das pessoas?


As pesquisas indicam que o medo pode tanto aumentar como diminuir a persuasão. Aparentemente existe um nível de medo "ótimo", que é capaz de estimular o comportamento do indivíduo. Quando as consequências negativas são severas demais, o indivíduo pode negar tanto a existência do problema quanto a importância da solução, por mecanismo de defesa. os mecanismos de defesa mais comuns são:


Evitar a mensagem


Minimizar a severidade do assunto


Ter uma percepção seletiva da mensagem


Negar a importância para si.


É exatamente o que vemos ocorrer em relação aos avisos do ministério da saúde no verso dos maços de cigarro. Já virou até motivo de chacota, as pessoas "escolhem" qual figura elas querem, ou então simplesmente viram a embalagem para não ficarem olhando para as fotos. Por que? Porque elas olham aquilo, acham que é uma desgraça muito grande e simplesmente não acreditam que aquilo possa scontecer com elas. Com os outros sim, mas com elas....


Na verdade essa tendência de evitar o incômodo das mensagens anti-fumo, ajuda a aumentar a venda de cigarreiras, que hoje em dia, com o desenvolvimento do design, tem se tornado objeto de desejo de muitas pessoas. Algumas se tornam colecionadoras, inclusive. Na Europa esta tendência é muito forte entre os jovens, que "disputam" quem tem o objeto mais legal.


Um apelo com baixo grau de medo iria beneficiar mais em elaboração sobre as consequências negativas (pois não "ativaria" tanto o mecanismo de defesa), e motivaria os receptores a procurar uma solução. Outra opção seria o uso do humor e vergonha ao invés de medo (as pesquisas indicam que são emoções mais persuasivas, mas isso fica pra outro post....).


Bom, independente de se as campanhas conseguem ou não convencer as pessoas de que o cigarro realmente faz muito mal à saúde, nós sabemos que de fato fazem. Portanto, se vc quiser saber sobre os malefícios deste vício, como a nicotina age em seu cérebro e principalmente o que fazer para parar de fumar, sugiro que acessem o blog da minha amiga Sofia no http://sofiabauerpsiquiatria.blogspot.com/2010/08/semana-contra-o-tabagismocoisas-de-mae.html.

Fonte: http://renatalivramento.blogspot.com/

by jack