Crianças que sofrem castigo corporal apresentam QI mais baixo, indica estudo

Crianças que recebem castigos corporais mostram um coeficiente intelectual mais baixo em todo o mundo, segundo uma pesquisa da Universidade de New Hampshire (EUA).

"Todo pai e toda mãe deseja filhos inteligentes", indicou Murray Straus, autor do estudo e participante da 14 Conferência Internacional sobre Violência, Abuso e Trauma em San Diego.

"Esta pesquisa mostra que se você evitar o castigo físico e corrigir de outras maneiras os maus comportamentos, você pode conseguir que as crianças sejam mais inteligentes", apontou ao destacar que os resultados do estudo tem implicações importantes para o bem estar dos menores em todo o mundo.

O estudo

Straus e Mallie Paschall, do instituto Pacífico para Pesquisa e Avaliação, estudaram amostrar nacionais representativas de 806 meninos e meninas de dois a quatro anos de idade e 705 com idade de cinco a nove anos. Ambos os grupos foram avaliados novamente quatro anos mais tarde.

Os coeficientes intelectuais dos meninos com idade de dois a quatro anos que não recebiam castigo corporal foram cinco pontos mais altos quatro anos depois que os de quem os recebiam.

Os coeficientes intelectuais dos meninos de cinco a nove anos de idade livres de castigo corporal foram 2,8 pontos mais altos quatro anos depois do que os menores do mesmo grupo de idade que sofreram castigos físicos.

"Como os pais punem os filhos faz diferença", assinalou Straus, que explicou que na medida em que "mais frequente ou intenso sejam os castigos, mais lento é o desenvolvimento da habilidade mental da criança."

Países com mais castigos

Straus também estabeleceu que o coeficiente intelectual é mais baixo nos países onde é mais comum o castigo físico em crianças.
Para esta parte do estudo os especialistas usaram os dados de 32 nações sobre o castigo corportal experimentado por 17.404 estudantes universitários quando eram crianças.

Straus disse que o castigo corporal é extremamente estressante e pode tornar-se fonte de estresse crônico para os meninos e meninas que, geralmente, sofrem castigos três ou mais vezes por semana. Para muitos destes menores o castigo continua durante anos.

Traduzito e adaptado de: Desarrollo UTA
Escrito por Luis López L. trad: Joselson Silvestre

I Jornada Integrada Do Núcleo Psicanalítico de Santa Catarina e do Núcleo Psicanalítico de Florianópolis

Medo

13 e 14 de Novembro de 2009
Hotel Mecure Itacorubi | Florianópolis/SC


13/11 Sexta-Feira

16h00 – 18h30 | Cursos

O medo do envelhecimento e seu impacto nas relações de família.
Maria Aparecida Quesado Nicoletti - Sociedade Brasileira de Psicanálise de SP/FEBRAPSI/IPA

Patologias Borderline
Sergio Eduardo Nick
Sociedade Brasileira de Psicanálise do RJ/FEBRAPSI/IPA

19h00 | Abertura
“O medo nosso de cada dia”
Conferencista: cláudio laks eizirik - Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre/FEBRAPSI/IPa
Coordenador: Claudio Rossi (Presidente da FEBRAPSI) - Sociedade Brasileira de Psicanálise de São
Paulo/FEBRAPSI/IPA

14/11Sábado

08h30m | Compreensão PsicanaIitica dos Medos

Apresentador: Lores Pedro Meller – SBPdePa/FEBRAPSI/IPA
Apresentador: Gleda Brandão de Araújo – SPMS/FEBRAPSI/IPA
Coordenador: Sérgio Lewkowicz – SPPA/FEBRAPSI/IPA

10h00 | café

10h30m | Clínica PsicanaIítica dos Medos

Apresentador: Viviane Mondrzak – SPPA/FEBRAPSI/IPa
Apresentador: Ana Paula Terra Machado – SBPdePa/FEBRAPSI/IPA
Apresentador: Cintia Xavier de albuquerque –SPB/FEBRAPSI/IPA
Coordenador: Ana Michels – NPSC/SPPA/FEBRAPSI/IPA

12h00 | almoço

14h00 | De onde vem e o Que Fazer com o Medo?

Apresentador: Rosa Reis – SPRJ/FEBRAPSI/IPA
Apresentador: Cláudio Rossi – SBPSP/FEBRAPSI/IPA
Coordenador: Márcio José Dal-Bó – NPF/SBPdePa/FEBRAPSI/IPA

16h00 | encerramento

Claudio Rossi – Presidente da FEBRAPSI
Sérgio Lewkowicz – Presidente da SPPA
Lores Pedro Meller – Presidente da SBPdePa

Local do Evento: HoteL Mecure ItacorubI Rod. Admar Gonzaga, 600
Florianópolis-sc - tel.: (48) 3231-1700

Informações:

FEBRAPSI - 21 2235 5922
CEPSC - 48 3223 6422
febrapsi@febrapsi.org.br
www.febrapsi.org.br

Maior manicômio de PE registra 5 mortes por mês

Cidade dos loucos: assim é conhecido o Hospital Psiquiátrico José Alberto Maia, o maior manicômio de Pernambuco. São 600 pacientes de 32 municípios. O atendimento é precário. Os doentes não têm nenhuma atividade terapêutica. Faltam camas, lençóis, roupas e calçados. A desnutrição é comum no local - resultado de prateleiras quase vazias e alimentos estragados. Na câmara frigorífica, sobra ferrugem.

Os pacientes só não passam mais necessidades, porque os promotores públicos determinaram que a prefeitura e a Secretaria de Saúde do Estado garantissem uma alimentação por dia.

Em um pavilhão, apenas dois auxiliares de enfermagem cuidam de 102 idosos. Debilitados, eles não saem mais da cama. "Nós temos hoje, na casa, seis enfermeiros. Seriam necessários 24, para cumprir a carga horária e para dar uma boa assistência", afirma a chefe de enfermagem Maria dos Prazeres da Silva.

O hospital particular é conveniado ao Sistema Único de Saúde. Segundo os promotores do Ministério Público de Pernambuco, as condições do hospital ferem os direitos humanos.

“O atendimento é de péssima qualidade. Não precisa ter nenhum atendimento técnico para constatar isso”, afirma a promotora de Justiça Ivana Botelho.

O Conselho Regional de Psicologia também alerta para a alta taxa de mortalidade no local: são cinco mortes por mês.

“Ele não é um espaço de cuidado e tratamento. É de confinamento. É um lugar de morte. É uma sentença de morte aquele hospital”, declara Nelma Melo, da Comissão de Saúde do Conselho Regional de Psicologia.

A Secretaria da Saúde de Pernambuco diz que está preparando um plano de intervenção do hospital, em parceria com o Ministério da Saúde e a prefeitura de Camaragibe.

Escrito por G1

Neurose Histérica

A estrutura histérica é a que mais se aproxima daquilo designado como normal; nela o controle do ego é derrubado, ocorrendo ações a que o ego não visa. A denominação histérica vem do grego “hysteron” que significa útero e como foi percebida entre as mulheres naqueles tempos, denominou-se histéricas as mulheres que apresentavam quadro de sintomas comuns.

A estrutura histérica ocorre com mais freqüência nas mulheres do que nos homens, devido ao fato de apresentarem uma maior complicação no desenvolvimento sexual, a menina se sente castrada e por isso é levada a passividade.

O primado genital mostra-se evidente, o indivíduo histérico apresenta fixações à fase fálica, guardando fortes componentes orais que jamais se tornarão organizadores. A formação dessa estrutura se dá pelo modo que se supera o complexo de Édipo (de maneira mais gradativa e menos completa); os investimentos objetais mostram-se facilmente móveis e variados. Os indivíduos histéricos ou jamais superaram a sua escolha objetal primitiva ou nela se fixam de tal forma que ao surgir alguma frustração posterior, retornam ao objeto.

A força do componente erótico é a principal característica do modo de estruturação histérica, toda sexualidade representa o amor incestuoso infantil, então o desejo de reprimir o complexo de Édipo faz com que haja repressão da sexualidade, as idéias reprimidas continuam inalteradas no inconsciente, exercendo influência. Os histéricos têm medo de não serem amados e assim tentam influenciar diretamente as pessoas que os cercam a fim de dissuadi-los de fazer as coisas que eles temem.

O histérico passa da realidade para fantasia, substitui objetos sexuais reais por representantes infantis; processo denominado introversão; e a somatização se dá com a tradução de fantasias específicas em linguagem corporal.

Na histeria, a angústia é expressa através do corpo; pode apresentar os sintomas da seguinte forma: manifestações agudas; grandes ataques, crises menores, quadros dissociativos e quadros funcionais duradouros; como paralisias, anestesias e transtornos sensoriais, tendo como característica principal a forma exagerada que se apresentam esses sintomas.

Na neurose histérica encontram-se dois grupos: a neurose histérica de conversão que se caracteriza pela necessidade do neurótico em chamar a atenção sobre si, de vislumbrar e de conquistar a piedade dos outros, usando para isso, doenças com utilização de órgãos alvo, usa de comportamentos frágeis e delicados para atrair os outros e a neurose histérica de angústia que evidencia a projeção da personalidade que é frustrante, em outra que agrade o indivíduo, utilizando no lugar daquela geradora de angústia e de ansiedade.

Escrito por Cida Melo

Só de sacanagem - Elisa Lucinda



Texto de Elisa Lucinda na voz de ana Carolina
Vídeo enviado pela colega Eliete.

VIII JORNADA CATARINENSE DE PSIQUIATRIA

Crises, Desastres e a Psiquiatria
É possível prevenir o adoecimento mental em situações extremas?

Florianópolis, 02 e 03 de outubro de 2009


Local: Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina
Rua: Doutor Jorge Luz Fontes, 310, Florianópolis, SC



PROGRAMAÇÃO


02/10 - Sexta-feira

12h Abertura secretaria

13h15min Boas Vindas

13h30min Conferência 1:
Desastres, Crises e Luto
Fabio Firmino Lopes – SC

14h30min Conferência 2:
Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e Patologias Desruptivas
Moty Benyakar - Buenos Aires

16h Coffee-break

16h30min Mesa Redonda 1:
Ansiedade e Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)
Ana Maria Maykot Prates Michels – SC
Ana Paula Werneck de Castro - SC

18h30min Abertura


03/10 - Sábado


08h30min Conferência 3:
Transtorno de Ajustamento, Tristeza e Depressão
Letícia Maria Furlanetto – SC

09h45min Coffee-break

10h15min Mesa Redonda 2:
Desastres em Santa Catarina – Intervenções Institucionais
José Toufic Thomé – SP
Marco Aurélio Cigognini – SC
Márcio Luiz Alves - Diretor Estadual de Defesa Civil SC

12h30min Intervalo

13h30min Mesa Redonda 3:
Programa de Fatores Humanos em Prevenção, Intervenção e Reconstrução em Desastres e Crises
Moty Benyakar – Buenos Aires
Andrea Altman – Buenos Aires

16h Coffee-break

16h30min Mesa Redonda 4:
Estratégias de Tratamento
Carlos Collazo – Buenos Aires
Palestrante 2 - a definir


Vagas Limitadas

Convidados:

Prof. Dr. Moty Benyakar, M.D; Ph.D. (Buenos Aires)
Presidente da ‘Rede Ibero-americana de Eco - Bioética para Educação, Ciência e Tecnologia’.
Representante da Unesco para Eco - Bioética
Presidente da Seção de Intervenção em Desastres da WPA (Associação Mundial de Psiquiatria)

Prof. Dr. José Toufic Thomé (São Paulo)
Representante para o Brasil da Seção de Intervenção em Desastres WPA (Associação Mundial de Psiquiatria)
Coordenador do Programa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP-Comunidade) e Secretaria do Estado da Saúde para as Enchentes em Santa Catarina

--
ACP
Associação Catarinense de Psiquiatria
Av. Osmar Cunha, 183, Bloco B, Sala 1.009 - Ed. Ceisa Center - Florianópolis - SC
(48) 3225.9185
www.acp.med.br

Publique no Psicologado e concorra a livros todos os meses

O Psicologado.com tem como uma de suas filosofias principais o incentivo à produção e publicação em psicologia, e para firmar esse ideal criou uma promoção.

Você ajuda a construir o conteúdo do Psicologado.com, enviando artigos, resenhas, trabalhos realizados para a graduação ou qualquer tipo de material produzido em psicologia e concorre a livros todos os meses!

Os textos enviados podem abordar qualquer assunto. Estarão concorrendo todos os colaboradores que enviarem material para ser publicado até 2 (dois) dia antes do sorteio (o primeiro ocorrerá dia 10/10/2009), se o material for aprovado para publicação. Os participantes concorrerão desde o momento do envio até quando o Psicologado.com deixar de realizar esta promoção. (sem data prevista para término).

O sorteio será realizado de forma aleatória virtual (utilizando um site que faz sorteio aleatório a partir de uma lista). Cada colaboração contará 1 ponto para a participação, ou seja, quem enviar 1 texto terá 1 chance de ganhar, quem enviar dois terá duas chances de ganhar, e assim sucessivamente.

Os textos, pesquisas, noticias, e colaborações em geral devem ser enviadas para o e-mail: artigos@psicologado.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou contato@psicologado.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Os livros sorteados esses mês serão:

Psicanálise e Religião: um diálogo interminável – Sigmund Freud e Oskar Pfister (Carlos Dominguez Morano, Edições Loyola: São Paulo – SP, 2008.

Introdução à Psicologia Fenomenológica – a nova psicologia de Edmund Husserl (Tommy Akira Goto, Paulus: São Paulo – SP, 2008

Atenciosamente,
Equipe do site Psicologado.com
http://www.psicologado.com
http://blog.psicologado.com

Semana na UFSC

Quarta-feira, dia 23/09

- Abertura do Minicolóquio Arte e Filosofia / Semana Ousada de Artes. De 23 a 25/9, no miniauditório do CFH. Inscrições gratuitas no local ou www.semanaousada.ufsc.udesc.br . Programação no site www.cfh.ufsc.br/filosofia . Informações: (48) 3721-8803.

- Debate: “Para onde vai o SUS?”, com Clair Castilhos e Jimeny Pereira. Auditório Teixeirão, CTC, 18h30. Promoção: DCE e Centros Acadêmicos. Informações: www.dce.ufsc.br ou 37219308.

Sexta-feira, dia 25/09

- Filme “O Mundo de Sofia”. Cine PET Serviço Social, exibição de filmes todas as sextas-feiras, às 14 horas, na Sala 003 do Centro Sócio-Econômico, Bloco B. Entrada gratuita. Informações: 3721-9453 ; http://petsso.blogspot.com ; petsso1@gmail.com

Calligaris - Casamentos possíveis.

_____________________________________
Em geral, a gente casa com a pessoa
certa: com quem podemos culpar por
nossos fracassos
_____________________________________

UMA DAS boas razões para se casar é a seguinte: uma vez casados, podemos culpar o casal por boa parte de nossas covardias e impotências.

O marido, por exemplo, pode responsabilizar mulher, filhos e casamento por ele ter desistido de ser o aventureiro que ainda dorme, inquieto, em seu peito. A decepção consigo mesmo é menos amarga quando é transformada em acusação: "Você está me impedindo de alcançar o que eu não tenho a coragem de querer".

Essas recriminações, que disfarçam nossos fracassos, não são unicamente masculinas.

Certo, os homens são quase sempre assombrados por impossíveis devaneios de grandeza -como se algum destino extraordinário e inalcançável já tivesse sido sonhado para eles (e foi mesmo, geralmente pelas suas mães). Diante de tamanha expectativa, é cômodo alegar que o casal foi o impedimento.

As mulheres, inversamente, seriam mais pé-no-chão, capazes de achar graça nas serventias do cotidiano. Por isso mesmo, aliás, elas encarnariam facilmente, para os homens, os limites que a realidade impõe aos sonhos que eles não têm a ousadia de realizar.

Agora, as mulheres também sonham. Há a dona de casa que acusa o marido, os filhos e o casamento por ela ter desistido de outra vida (eventualmente, profissional), que teria sido fonte de maiores alegrias. E há, sobre tudo, para muitas mulheres, um sonho romântico de amor avassalador e irresistível, do qual, justamente, elas desistem por causa de marido, filhos e casamento.

Com isso, d. Quixote se queixa de que sua mulher esconde seus livros de cavalaria e o impede de sair à cata de moinhos de vento. E Madame Bovary se queixa de que seu marido esconde seus livros de amor e a impede de sair pelos bailes, à cata de paixões sublimes e elegantes.
Pena que raramente eles consigam ter os mesmos sonhos. Um problema é que os sonhos dos homens podem ser de conquista, mas dificilmente de amor, pois eles derivam diretamente das esperanças que as mães depositam em seus filhos, e, claro, uma mãe pode esperar que seu rebento varão seja um dom-juan, mas raramente esperará ser substituída por outra mulher no coração do filho.

Não pense que esse fogo cruzado de acusações seja causa recorrente de divórcio. Ao contrário, ele faz a força do casamento, pois, atrás da acusação ("É por sua causa que deixei de realizar meus sonhos"), ouve-se: "Ainda bem que você está aqui, do meu lado, fornecendo-me assim uma desculpa -sem você, eu teria de encarar a verdade, e a verdade é que eu mesmo não paro de trair meus próprios sonhos".

Ou seja, em geral, a gente casa com a pessoa "certa": a que podemos culpar por nossos fracassos. E essa, repito, não é uma razão para separar-se. Ao contrário, seria uma boa razão para ficar juntos.

Quando a coisa aperta, não é porque sonhos e devaneios teriam sido frustrados "por causa do outro", mas pelas "cobranças", que, elas sim, podem se revelar insuportáveis.

Um exemplo masculino. Uma mulher me permite acreditar que é por causa dela que eu não consigo ser o que quero: graças a Deus, não posso mais tentar minha sorte no garimpo agora que tenho esposa, filhos e tal. Até aqui, tudo bem. Como compensação pelos sonhos dos quais eu desisti, passo as tardes de domingo afogando num sofá e soltando foguetes quando meu time marca um gol, mas eis que, no meio do jogo, minha mulher me pede para brincar com as crianças ou para ir até à padaria e comprar o necessário para o café - logo a mim, que deveria estar explorando as fontes do Nilo ou negociando a paz entre os senhores da guerra da Somália.

Essa cobrança, aparentemente chata, poderia salvar-me da morosa constatação do fracasso de meus sonhos e das ninharias com as quais me consolo. Talvez, aliás, ela me ajudasse a encontrar prazer e satisfação na vida concreta, nos afetos cotidianos. Mas não é o que acontece: o que ouço é mais uma voz que confirma minha insuficiência.

À cobrança dos sonhos dos quais desisti acrescenta-se a cobrança de quem foi (ou é) "causa" de minha desistência e razão de meu "sacrifício": "Olhe só, mesmo assim, ela não está satisfeita comigo." Em suma, não presto, nunca, para mulher alguma -nem para a mãe que queria que eu fosse herói nem para a esposa para quem renunciei a ser herói. E a corda arrebenta.

O ideal seria aceitar que nosso par nos acuse de seus fracassos e, além disso, não lhe pedir nada. Difícil.

ccalligari@uol.com.br

Disscussão para aula de Desenvolvimento.

Kang Mengru é uma menina chinesa que tem no interior de seu corpo o feto de seu irmão ou irmã não desenvolvido.Este fenômeno começou há alguns meses e não foi explicado até que lhe fizeram alguns exames. Sem dúvida é algo impressionante. O abdômen de Kang Mengru começou a inchar desproporcionadamente ao longo de seu primeiro ano de vida, motivo pelo qual seus pais levaram a menina ao médico. Por meio de uma tomografia computadorizada, comprovaram que o feto de seu gêmeo está alojado em seu interior. Os médicos ficaram assombrados com esta rara condição de irmão parasita que é conhecida como "fetus in fetus". Trata-se de um defeito genético pelo qual um embrião absorve o outro durante as primeiras semanas da gravidez.


Às vezes, os "rastros" do gêmeo ficam reduzidos a dentes soltos ou pedaços de osso, mas neste caso tratar-se-ia de um feto completo. No mundo todo só teriam sido documentados ao redor de 100 casos como o de Kang até hoje. A menina agora aguarda uma cirurgia para a remoção do feto.




______

A colega Ivonete pesquisou e a Professora Ângela indicou para uma discussão na sala.

Crianças de hoje são mais independentes?

Filhos certamente aprenderam a dominar a arte de selecionar, negociar e até recusar as tarefas dadas por seus pais. Esse crescimento na autonomia pessoal dentro de casa nas últimas décadas pode ser o resultado da diminuição das oportunidades para participar de atividades fora de casa, de acordo com a pesquisadora americana Markella Rutherford do Wellesley College, nos Estados Unidos. Ela analisou edições antigas da popular revista americana Parents e mapeou como o retrato da autoridade dos pais e da autonomia dos filhos mudou ao longo do último século. Seu estudo foi publicado online no Springer’s Journal Qualitative Sociology.

Adultos encontram uma difícil tarefa quando tentam equilibrar a própria autoridade com independência para os pequenos, tentando ser o tipo de pais que consideram correto, com base em inúmeras fontes de informação, incluindo publicações, opiniões de família, amigos, médicos, professores e especialistas. Rutherford pesquisou como o aumento da importância do individualismo na cultura ocidental transparece na educação. Ela analisou e 300 colunas de conselhos e editoriais de 34 edições escolhidas aleatoriamente, publicadas pela revista Parents, entre 1929 e 2006.

O estudo demonstrou que enquanto os artigos da revista mostraram uma grande autonomia infantil em algumas áreas, também revela que as crianças se tornaram mais confinadas em outras. Em vez de um crescimento na autonomia, ela descobriu evidências de um conflito histórico: enquanto os filhos parecem ter conquistado mais liberdade em ambientes privados de suas casas, perderam muito de sua autonomia quando estão longe dos pais. Parecem auto-suficientes quando têm de se expressar sobre si mesmos, particularmente em relação às atividades diárias, à aparência pessoal e ainda respondem com facilidade aos desafios dos pais. Em contraste, assumem responsabilidades bem mais tarde, uma vez que têm agora menos oportunidades de conduzir a si mesmos em ambientes públicos livres da supervisão de adultos do que tinham há algumas décadas.

Fonte: Psicologado

CINEPET: ADAPTAÇÕES LITERÁRIAS

A temática do Cine PET desse mês se mantém nas ADAPTAÇÕES LITERÁRIAS.


11.09 - O Menino do Pijama Listrado

18.09 - O Cortiço

25.09 - O Mundo de Sofia

02.10 - Memórias Póstumas de Brás Cubas


Lembrando que a exibição acontece sempre nas sextas às 14h00min na sala 003 do CSE.

Dislexia é tema de seminário na Grande Florianópolis

A psicóloga Beatriz do Amarante, a fonoaudióloga Bianca Brunetti
Durieux Lopes, a pedagoga Silvana Maria Venâncio e a pediatra Cláudia
Maria de Lorenzo, que integram o Núcleo Desenvolver da Divisão de
Pediatria do Hospital Universitário da UFSC proferem a palestra
?Avaliação Interdisciplinar: Experiências bem sucedidas no atendimento
de crianças? no 1º Seminário de Dificuldades de Aprendizagem ?
Dislexia em foco. O evento acontece entre os dias 18 e 20 de setembro,
no Golden Executive Hotel, em São José, na Grande Florianópolis.
Promovido pelo Instituto Psicopedagógico e Saúde da Família (Afamel) o
seminário tem o objetivo de debater conceitos e práticas que possam
ser utilizadas com alunos disléxicos em sala de aula.

Informações:
telefone 3721-9144 ou www.seminariodislexia2009.com.br

Cinema e Psicanálise - Desejo e Reparação

XV I Ciclo de Cinema e Psicanálise

Filme: Desejo e Reparação

Debatedores:
Luciana Saraiva – CRP 12/02118 – Psicóloga do CEPSC
Henry Dario Cunha Ramirez – CRP 12/03386 – Psicólogo e Prof./UNIVALI


Data: 30 de Setembro de 2009

Local: Auditório CFH - UFSC

Horário: 18h30min: Exibição do Filme
20h30min: Início do Debate

Entrada Franca

Associação Norte-Americana de Psicologia declara: "É impossível mudar a orientação sexual por terapia"

Nesta quarta-feira, 5 de agosto de 2009, um comitê especial da Associação Norte-Americana de Psicologia (APA) apresentou relatório informando que ‘não há qualquer evidência que apóie a afirmação de alguns profissionais, de que a orientação sexual pode ser alterada por terapia’. O parecer foi de que ‘os profissionais de saúde mental não devem dizer aos pacientes que é possível mudar sua orientação sexual; em vez disso, devem explorar caminhos e possibilidades na vida que permitam acessar a realidade da sua orientação sexual’.


O documento foi apresentado publicamente em um encontro em Toronto e também online, no site da Associação: http://www.apa.org/pi/lgbc/publications/

Apesar de a maioria dos cientistas acreditar que a predisposição para a orientação sexual pode ter causas genéticas, muitos terapeutas vinham afirmando serem capazes de alterar a orientação de pessoas homossexuais, tornando-as heterossexuais. Por causa da controvérsia a respeito do tema, a APA formou um comitê especial em 2007 para revisar os documentos existentes a respeito nos arquivos da organização e também atualizar o relatório de 1997 sobre o assunto. Após dois anos de trabalho, foi publicado o relatório de 138 páginas.


O grupo de trabalho revisou 83 artigos científicos em inglês, publicados entre 1960 e 2007. A maior parte dos experimentos registrados tinha sido feita antes de 1978 e somente algumas experiências tinham ocorrido nos últimos 10 anos. Segundo a psicóloga Judith Glassgold, da Universidade de Rutgers, que presidiu o comitê, "infelizmente, muitas das pesquisas continham falhas sérias de procedimento. Poucos estudos podiam ser considerados metodologicamente corretos e nenhum deles avaliou sistematicamente danos potenciais aos sujeitos, causados pelo esforço da conversão". Os danos em potencial incluem depressão e tentativas de suicídio.


Os estudos mais antigos e cientificamente rigorosos na área já apontavam ser improvável que a orientação sexual pudesse ser modificada por esforços nesse sentido. No máximo, alguns estudos sugeriram que alguns indivíduos podiam aprender a ignorar ou não agir conforme sua atração homossexual. Porém, mesmo esses estudos não indicaram precisamente em quem o método podia ter efeitos, por quanto tempo ele duraria e quais seriam seus efeitos de longo prazo na saúde mental.


Fonte: Los Angeles Times e site da APA

Versão para o português: Eduardo Peret

A relação entre paixão e criatividade

Essas duas forças intensas, capazes de romper as barreiras da razão, muitas vezes parecem caminhar juntas; o resultado dessa associação são obras de arte, música e literatura de inestimável valor não só para artistas e suas musas, mas para toda a humanidade

por Erane Paladino - Artigo completo, clique aqui.

Psicólogos, médicos e torturadores

Em 2006 Michael Winterbottom lançou um documentário muito bom, chamado Road to Guantanamo. Conta a história de três jovens paquistaneses, confundidos com "terroristas" durante todos os humores aflorados depois do 11 de setembro.

Uma das maiores curiosidades do filme - e do que ele representa - são os métodos de tortura. Mais do que métodos físicos, os torturadores empregavam sobretudo métodos "morais" - para utilizarmos a antiga distinção da psiquiatria do século XIX entre terapias "físicas" e "morais". Métodos "morais": modos de constranger não apenas o corpo, mas a mente dos prisioneiros, para atingir os fins esperados.

Quando a tortura é apenas "física", supõe-se a informação em troca da dor, como numa espécie de desafio sobre a resistência do prisioneiro. Mas quando ela é "moral", os mecanismos para atingir o corpo e gerar stress são muito mais calculados, esquadrinhados, especialmente para que o corpo do prisioneiro, apesar de grande pressão, não seja "corrompido".

Por exemplo: permanecer durante 20 horas agachado, com as mãos amarradas no chão e atrás dos calcanhares, em situação de desequilíbrio constante, recebendo estímulos visuais e auditivos discrepantes em um quarto escuro.

O filme do Winterbottom é recomendadíssimo. Ainda mais após o informe do Scientific American (via Animot) sobre técnicas de tortura desde o 11/9, com envolvimento de profissionais de saúde. Ou eles se envolviam diretamente na tortura, ou apenas para maximizar o cálculo, "sanitarizar" ou "calibrar" o uso.

"Profissionais de saúde se envolveram em cada estágio no desenvolvimento, implementação e legitimação do programa de tortura."

Inclusive - isso é ainda mais surpreendente - documentos da CIA empregavam termos bem caros aos psicólogos, como "desamparo aprendido":

"O objetivo do interrogatório é criar um estado de desamparo aprendido e dependência orientada aos fins da inteligência."

Fonte: Blog Catatau

Conselho Federal PsicologiA - Mídia e subjetividade

Parabéns!




A profissão de psicólogo faz 47 anos, foi criada pela Lei 4.199 de 1962.



_________________

Na Estácio:
Para marcar a data o curso de Psicologia da Estácio está organizando a Semana da Psicologia que será promovida no próximo mês. Na programação estarão incluídas palestras e discussões sobre o futuro da profissão.

O curso de Psicologia da Estácio comemora também o sucesso na captação de alunos e o fato de, com apenas dois anos de existência, já ter se tornado referência na região.

Discordar de nosso próprio desejo

__________________________________________________
Um terapeuta deve deixar suas
opiniões e crenças no vestiário do
consultório, a cada dia

__________________________________________________


EM 31 de julho, o Conselho Federal de Psicologia repreendeu a psicóloga Rozângela Alves Justino por ela oferecer uma terapia para mudar a orientação sexual de pacientes homossexuais.
Não quero discutir a "possibilidade" desse tipo de "cura" (afinal, reprimir o desejo dos outros e o nosso próprio é uma atividade humana tradicional), mas me interessa dizer por que concordo com a decisão do Conselho.

A revista "Veja" de 12 de agosto publicou uma entrevista com Alves Justino, na qual ela explica sua posição. No fim, a psicóloga manifesta seu temor do complô de um "poder nazista de controle mundial", que estaria querendo "criar uma nova raça e eliminar pessoas", graças a políticas abortistas, propagação de doenças sexualmente transmissíveis etc.

Para ser psicoterapeuta, não é obrigatório (talvez nem seja aconselhável) gozar de perfeita sanidade mental. É possível, por exemplo, que um esquizofrênico, mesmo muito dissociado, seja um excelente psicoterapeuta (há casos ilustres). Mas uma coisa é certa: para ser terapeuta, ser inspirado por um conjunto organizado de ideias persecutórias é uma franca contraindicação.

Na verdade, pouco importa que as ideias em questão sejam ou não persecutórias e delirantes: de um terapeuta, espera-se que ele deixe suas opiniões e crenças (morais, religiosas, políticas) no vestiário de seu consultório, a cada manhã. Quando, por qualquer razão, isso resultar difícil ao terapeuta, e ele sentir a vontade irresistível de converter o paciente a suas ideias, o terapeuta deve desistir e encaminhar o caso para um colega. Por quê?

Alves Justino, com sua aversão por homossexualidade, sadomasoquismo e outras fantasias sexuais, ilustra a regra que acabo de expor. Explico.

A psicóloga defende sua prática afirmando que a psiquiatria e a psicologia admitem a existência de uma patologia, dita "homossexualidade ego-distônica", que significa o seguinte: o paciente não concorda com sua própria homossexualidade, e essa discordância é, para ele, uma fonte de sofrimento que poderíamos aliviar -por exemplo, conclui Alves Justino, reprimindo a homossexualidade.

De fato, atualmente, psiquiatria e psicologia reconhecem a existência, como patologia, da "orientação sexual ego-distônica"; nesse quadro, alguém sofre por discordar de sua orientação sexual no sentido mais amplo: fantasias, escolha do sexo do parceiro, hábitos masturbatórios etc. Existe, em suma, um sofrimento que consiste em discordar das formas de nosso próprio desejo sexual, seja ele qual for (alguém pode sofrer até por discordar de sua "normalidade"). Pois bem, nesses casos, o que é esperado de um terapeuta?

Imaginemos um nutricionista que receba uma paciente que se queixa de seu excesso de peso, enquanto ela apresenta uma magreza inquietante: ela tem asco da forma de seu próprio corpo, que ela percebe como enorme e que ela não aceita como seu. O nutricionista não tentará nem emagrecer nem engordar sua paciente, pois o problema dela não é o peso corporal, mas o fato de que ela discorda de si mesma a ponto de não conseguir enxergar seu corpo como ele é.

No caso da orientação sexual ego-distônica, vale o mesmo princípio: o problema do paciente não é seu desejo sexual específico, mas o fato de que ele não consegue concordar com seu próprio desejo, seja ele qual for. As razões possíveis dessa discordância são múltiplas. Por exemplo, posso discordar de meu desejo sexual porque ele torna minha vida impossível numa sociedade que o reprime (moral ou judicialmente) e cujas regras interiorizei. Ou posso discordar de meu desejo porque ele não corresponde a expectativas de meus pais que se tornaram minhas próprias. E por aí vai.

Nesses casos, o terapeuta que tentar resolver o problema confiando em sua visão do mundo e propondo-se "endireitar" o desejo de quem o consulta, de fato, só agudizará o conflito (consciente ou inconsciente) do qual o paciente sofre. Ora, é esse conflito que o terapeuta deve entender e, se não resolver, amenizar, ou seja, negociar em novos termos, menos custosos para o paciente. Em outras palavras, diante da ego-distonia, o terapeuta não pode tomar partido nem pelo desejo sexual do paciente, nem pelas instâncias que discordam dele.

Ou melhor, ele pode, sim, só que, se agir assim, ele deixa de ser terapeuta e vira militante, padre ou pastor.

Contardo Calligaris

Aumenta número de casos de depressão infanto-juvenil na última década

Excesso de compromissos e situações traumáticas, como separação dos pais e violência urbana, aparecem como as causas mais comuns para manifestação do distúrbio

depressão infantilNos últimos 10 anos, o índice de depressão infanto-juvenil praticamente dobrou, com incidência de 4,5% para 8%, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). As causas do transtorno podem ser várias, porém, situações traumáticas, violência urbana e o excesso de atividades aparecem entre as principais. O transtorno apresenta algumas especificidades de acordo com cada faixa etária: o adulto e o adolescente perdem o interesse pelo mundo; já nas crianças observa-se, além de apatia, impossibilidade de brincar e interagir com seus pares e, em alguns casos, surge a hiperatividade. Dentre os principais sintomas estão a alteração de humor, sono e apetite, além da perda de interesse pelo mundo.

Segundo a professora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ruth Cohen, pesquisadora do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Intercâmbio para a Infância e Adolescência Contemporâneas (Nipiac), a depressão infanto-juvenil, se não for tratada corretamente, pode desencadear psicopatologias como anorexia ou bulimia. Por isso, os pais devem estar atentos a rotina dos filhos, procurando observar mudanças de seu comportamento. Pesquisas mostram que, em situações mais graves, a combinação entre medicamentos – cuidadosamente prescritos e controlados – e psicoterapia pode ser muito eficaz. Em casos menos severos, porém, a psicoterapia e o apoio da família costumam ser suficientes.

Fonte: Psicologado.com

I Encontro de Psicologia Humanista de Santa Catarina

Programação da Semana da Psicologia 2009



Pela primeira vez, uma mobilização de várias instituições, participantes do Fórum de Entidades da Psicologia Catarinense, resultou em uma série de atividades conjuntas para comemorar o Dia do Psicólogo.
A profissão de psicólogo faz 47 anos, foi criada pela Lei 4.199 de 1962.
27 de agosto é a data a ser celebrada e em Santa Catarina ocorrerão várias ações artísticas, culturais e científicas. Os eventos já iniciarão no dia 23 de agosto, ampliando a visibilidade das diversas abordagens teóricas, áreas de atuação e entidades da Psicologia. Afinal, assim como Santa Catarina, que possui uma mistura de culturas e com peculiaridades regionais, a Psicologia é diversa e multifacetada.
A programação é composta por atividades promovidas pelas entidades individualmente e pelo Fórum. Todos os eventos deste folder são gratuitos, abertos ao público em geral e voltados para a participação da sociedade.
No dia 27 ocorrerão dois momentos importantes: a Psicologia com Você, uma atividade de acolhimento da sociedade e divulgação da profissão, e à noite o Psicólogo Fazendo Arte, uma iniciativa para demonstração de outros modos e expressão dos psicólogos. Ou seja, a Psicologia cada vez mais próxima da sociedade, como agente cultural de transformação.
A Psicologia está em todos os lugares, de forma organizada e qualificada, dê uma olhada!
Participe, tire suas dúvidas, aprofunde conhecimentos e saiba como a Psicologia pode contribuir com as comunidades.

Realizãção: Fórum de Entidades da Psicologia Catarinense


Programação - Semana do Psicólogo

Dia 23-08-2009 ---------------------------------------------------------------------

Evento: Trilhas Gestálticas - Canto dos Araçás à Costa da Lagoa, com Dennis Meneses
- Horário: 8h Local: (ponto de encontro 1) Instituto Müller Granzotto (Al. Gov. Heriberto Hülse, 98 – Centro, Fpolis)
- Horário: 9h Local: (ponto de encontro 2) TILAG – Terminal de Integração da Lagoa (Av. Afonso de Lambert Neto s/n – Lagoa da Conceição, Fpolis)
Entidade: Instituto Müller Granzotto Contato: (48) 3322-2122 ou 9960-9603 Rosane L. Müller Granzotto rosane@mullergranzotto.com.br www.mullergranzotto.com.br

Dia 24-08-2009 ---------------------------------------------------------------------

Evento: Minicurso - Saberes e Fazeres do Psicodrama
Horário: 14h às 18h Local: Clínica Locus (Rua Raul Machado, 60 – Centro, Florianópolis)
Entidade: Partner RH Consultoria Desenvolvimento e Prestação de Serviços
Contato: (48) 3222-1707 Vanessa Ribeiro locuspartner@locuspartner.com.br www.locuspartner.com.br

Evento: Roda de Conversa - Relação do Psicólogo com a Justiça e Novas Resoluções do CFP
Horário: 14h30 às 18h Local: Sede do CRP-12 (Rua Professor Bayer Filho, 11 – Coqueiros, Florianópolis)
Entidade: Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina
Contato: (48) 3244-4826 Flávia Haut cotec@crpsc.org.br www.crpsc.org.br

Dia 25-08-2009 ---------------------------------------------------------------------

Evento: Oficina de Teatro - O Espelho do Espelho, com Diogo de Oliveira Boccardi, psicólogo e teatro-educador
Horário: 19h Local: Instituto Müller Granzotto (Al. Gov. Heriberto Hülse, 98 – Centro, Florianópolis)
Entidade: Instituto Müller Granzotto Contato: (48) 3322-2122 ou 9960-9603 Rosane L. Müller Granzotto rosane@mullergranzotto.com.br www.mullergranzotto.com.br

Evento: Publicação de matéria sobre o Dia do Psicólogo em jornal
Entidade: Associação dos Psicólogos do Oeste de Santa Catarina - APOSC
Contato: (49) 33230531 ou 88019316 Roberta Forchesatto aposc_chapeco@yahoo.com.br

Evento: Vivência - A Diversidade em Cena
Horário: 20h às 21h30 Local: Clínica Locus (Rua Raul Machado, 60 – Centro, Florianópolis)
Entidade: Partner RH Consultoria Desenvolvimento e Prestação de Serviços
Contato: (48) 3222-1707 Vanessa Ribeiro locuspartner@locuspartner.com.br www.locuspartner.com.br


Dia 26-08-2009 ---------------------------------------------------------------------

Evento: Oficina de Música
Horário: 14h às 16h30min Local: IPAT (Rua Monsenhor Topp, 114 – Centro, Florianópolis)
Entidade: IPAT – Instituto de Psicologia e Acompanhamento Terapêutico
Contato: (48) 3024-5406 Fernando Brandalise www.ipat-psico.com

Evento: Fenomenologia, música e Gestalt, com Alberto Heller, pianista e compositor, Doutor em literatura, autor dos livros “Fenomenologia da Expressão Musical” e “John Cage e a poética do silêncio”
Horário: 19h Local: Instituto Müller Granzotto (Al. Gov. Heriberto Hülse, 98 – Centro, Florianópolis)
Entidade: Instituto Müller Granzotto Contato: (48) 3322-2122 ou 9960-9603 Rosane Lorena Müller Granzotto rosane@mullergranzotto.com.br www.mullergranzotto.com.br

Evento: Vivência - As Perdas e seus Danos
Horário: 18h às 19h30min Local: Clínica Locus (Rua Raul Machado, 60 – Centro, Florianópolis)
Entidade: Partner RH Consultoria Desenvolvimento e Prestação de Serviços
Contato: (48) 3222-1707 Vanessa Ribeiro locuspartner@locuspartner.com.br www.locuspartner.com.br

Evento: Reflexão - Esquizofrenia
Horário: 20h às 21h30min Local: Clínica Locus (Rua Raul Machado, 60 – Centro, Florianópolis)
Entidade: Partner RH Consultoria Desenvolvimento e Prestação de Serviços
Contato: (48) 3222-1707 Vanessa Ribeiro locuspartner@locuspartner.com.br www.locuspartner.com.br

Evento: Confraternização do Dia do Psicólogo, com jantar por adesão
Horário: 19h Local: Restaurante e Pizzaria Nativa (Avenida Fernando Machado, 214 – Centro, Chapecó)
Entidade: Associação dos Psicólogos do Oeste de Santa Catarina - APOSC
Contato: (49) 33230531 ou (49) 88019316 Roberta Forchesatto aposc_chapeco@yahoo.com.br

Evento: Jantar comemorativo, por adesão
Horário: 19h30min Local: Restaurante El Mexicano (Trav. Carreirão, 62 - Beira Mar Norte - Centro, Florianópolis)
Entidade: Associação Catarinense de Terapia Familiar – ACATEF
Contato: (48) 3225-2972 Maria Isabel Caminha acatef@acatef.com.br www.acatef.com.br


Dia 27-08-2009 ---------------------------------------------------------------------

Atividade: Psicologia com você
Distribuição de material informativo da Psicologia à população, realização de atividades
culturais e Psicodrama Público
Locais: - Criciúma - Praça Nereu Ramos, das 10h às 16h
- Chapecó - Praça Coronel Bertaso, das 11h às 15h
- Joinville - Praça Nereu Ramos, das 10h às 13h
- Blumenau - Praça Dr. Blumenau, das 10h às 16h
- Lages – Praça João Costa - Calçadão Central, das 15h às 17h
- Florianópolis - Largo da Alfândega, das 10h às 16h
Realização: Fórum de Entidades da Psicologia Catarinense

Atividade: Psicólogo fazendo arte
Às 19h, no Restaurante da Associação Atlética dos Servidores da UFSC
Av. Desembargador Vitor Lima, 183. Trindade – Florianópolis
Realização: Fórum de Entidades da Psicologia Catarinense
Parceria: UFSC - Departamento de Psicologia do CFH


Dia 29-08-2009 ---------------------------------------------------------------------

Seminário Regional do Ano da Psicoterapia

Evento que reúne contribuições de psicólogos de 12 regiões do Estado na construção de parâmetros éticos e técnicos para o exercício da Psicoterapia, com a participação de palestrantes convidados.
As contribuições deste Seminário Regional irão para o Seminário Nacional, em outubro.
Palestrantes convidadas:
- Profª. Dra Daniela Ribeiro Schneider - Doutora em Psicologia Clínica pela PUC-SP, experiência com ênfase em tratamento e prevenção psicológica, professora adjunta III da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina)
- Profª. Ms Eliana Vianna - Mestre em Psicologia pela PUC/RJ, professora universitária e supervisora de estágio da UFF (Universidade Federal Fluminense), aposentada, membro da diretoria nacional da ABEP
- Profª. Dra Julieta Maria de Barros Reis Quayle - Doutora em Psicologia Clínica pela PUC-SP, atuação em tratamento e prevenção psicológica, orientadora de doutorado e membro do colegiado do curso de Psicologia da Universidade Anhembi Morumbi (SP)
Horário: das 08h às 18h
Local: Auditório da FECOMÉRCIO (Rua Felipe Schmidt, 785 - Centro, Florianópolis)
Inscrições gratuitas no site do CRP-12: www.crpsc.org.br
Realização: Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina - CRP-12

Introdução à Psicologia Clínica

Escrito por Joviane Moura

A psicologia clínica engloba o estudo e tratamento de problemas de saúde mental: depressão, ansiedade, fobias, comportamentos de dependência (alcool, drogas), obsessivos e compulsivos, perturbações do comportamento alimentar, de personalidade, de comportamento infantil e etc.

Michel Foucault (1957) considera que as diferentes formas de fazer e pensar psicologia reúnem-se em torno de um projeto comum. Em “A psicologia de 1850 a 1950” (1957), Foucault analisa diferentes modelos existentes na psicologia deste período. Destaca que, ao contrário do que poderia ser suposto, as contradições entre seus objetivos e postulados, em vez de gerarem sua fragmentação, impulsionaram a construção de um projeto científico que diferenciou a psicologia de outras áreas da ciência. De sua ótica, o confronto de diferentes idéias e pressupostos criou, pouco a pouco, o caminho para que a psicologia descobrisse seu próprio estilo, a especificidade de seu objeto de estudo e, portanto, o seu projeto como ciência independente. Foucault define o projeto que une os diferentes modelos psicológicos como a construção de conhecimentos sobre um homem concreto, sobre seus conflitos, sofrimentos e patologias. Este projeto define-se, ainda, como a tentativa de, através de diferentes práticas psicológicas, “reapreender o homem como existência no mundo e caracterizar cada homem pelo estilo próprio a essa existência” (Foucault, 1957 p. 138).

Divã - Psicologia clínicaCom suas raízes históricas no projeto científico da psicologia, a área da clínica também se constituiu a partir da necessidade de conhecer a nova organização subjetiva que emergiu das profundas transformações ocorridas no século XIX e no início do século XX. Como uma área específica da psicologia, concentrou-se na investigação das patologias, dos sofrimentos e dos conflitos humanos e na criação de práticas psicoterápicas que auxiliassem os seres humanos a melhor lidar com suas dificuldades. Em torno deste projeto comum, diferentes abordagens clínicas se consolidaram. Contudo, a despeito das diferenças e especificidades que apresentam, todas elas demarcam os contornos de um domínio particular de investigação: o território do conflito subjetivo. Demarcam, ainda, um domínio específico de intervenção: o das práticas psicoterápicas.

É importante refletir sobre a impossibilidade de se pensar um psicólogo clínico que não seja social, pois toda e qualquer ação deste profissional, mesmo que seja executada sobre um único sujeito, será uma intervenção social. Isto porque este sujeito é constituído histórico-socialmente, ele existe em suas relações e por suas relações. Todas as máscaras que ele utiliza para representar a si mesmo são inventadas dentro de uma processualidade do vir a ser como possibilidades para sua atuação. (Silva, 2001)

É verdade que a clínica implica numa intervenção, mas é um equívoco pensá-la como mera aplicação de conhecimentos básicos; é verdade que o sentido da intervenção clínica se diferencia em alguns aspectos dos sentidos da intervenção educacional e organizacional, mas é um equívoco tratar a clínica como uma mera área de atuação, ou defini-la pela sua intenção curativa; é verdade que há um tipo de conhecimento que é produzido na clínica e só nela, mas é um equívoco tratar a clínica como mera área de conhecimento separada de outras áreas a partir de seus temas; há sem dúvida um método clínico de pesquisa – mas seria equivocado reduzir a clínica a um método de pesquisa. (Figueiredo, 1995: 37 e 38)

Referências

FIGUEIREDO, L. C. M. (1995). Revisitando as Psicologias: da epistemologia à ética das práticas e discursos psicológicos. São Paulo/Petrópolis: EDUC/Vozes.

FOUCAULT, M. A psicologia de 1850 a 1950. In, _________ Problematização do sujeito: psicologia, psiquiatria e psicanálise. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999.

SILVA, Édio Raniere da. Psicologia clínica, um novo espetáculo: dimensões éticas e políticas. Psicol. cienc. prof., dez. 2001, vol.21, no.4, p.78-87. ISSN 1414-9893.

Projeto Cultura Gestalt - Comemoração do Dia do Psicólogo



DIA 23 DE AGOSTO

TRILHAS GESTÁLTICAS: Canto do Araças à Costa da Lagoa
Com: Dennis Meneses
Ponto de encontro:
8:00h - Instituto Müller-Granzotto
9:00h - TILAG - Terminal de Integração da Lagoa
trilhasgestalticas.blogspot.com

DIA 25 DE AGOSTO

O ESPELHO DO ESPELHO: OFICINA DE TEATRO
Com Diogo de Oliveira Boccardi - Psicólogo e teatro-educador
Horário: 19:00h
Local: Instituto Müller-Granzotto

DIA 26 DE AGOSTO

FENOMENOLOGIA, MÚSICA E GESTALT
Com Alberto Heller - Pianista e compositor, Doutor em Literatura, autor dos livros "Fenomenologia da expressão musical" e "John Cage e a poética do silêncio"
Horário: 19:00h
Local: Instituto Müller-Granzotto

UFSC sedia 8º Encontro Catarinense de Saúde Mental

A UFSC promove de 31 de agosto a 2 de setembro o VIII Encontro Catarinense de Saúde Mental. O evento será realizado no auditório do Centro de Cultura e Eventos da universidade. Com o objetivo de promover a integração entre prática, pesquisa e produção do conhecimento, o encontro reunirá estudantes e profissionais da área da saúde mental, assim como usuários, familiares e interessados.

Durante os três dias serão realizadas palestras, mesas-redondas e oficinas, além da apresentação de trabalhos pré-selecionados. A programação completa pode ser acessada no site www.ccs.ufsc.br/spb/saudemental/programacao.htm . As inscrições deverão ser feitas na página www.ccs.ufsc.br/spb/saudemental/inscricoes/inscricao/index.html.

“Uma realização como esta demonstra a solidez do trabalho da UFSC como líder social e reconhece a nossa universidade como protagonista na área da saúde mental”, afirma o professor Walter Ferreira de Oliveira, um dos organizadores do evento. O VIII Encontro Catarinense de Saúde Mental é organizado pelo Grupo de Pesquisas em Saúde Pública e Mental (GPPS) da UFSC em parceria com a Associação Brasileira de Saúde Mental – Regional de Santa Catarina (Abrasme – SC).

Sobre o grupo de pesquisa:
O Grupo de Pesquisas em Saúde Pública e Mental foi formado em 2002 por pesquisadores do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFSC. O principal objetivo do grupo é conduzir estudos no âmbito dos sistemas públicos e privados de saúde, particularizando a área da saúde mental. Atualmente, o GPPS congrega pesquisadores, estudantes e membros das comunidades, que realizam um trabalho de desenvolvimento de políticas de saúde e difusão do conhecimento relacionado com as políticas sociais no país.

Mais informações:
e-mail: encontrodesaudemental@yahoo.com.br
Walter Ferreira de Oliveira – walter@ccs.ufsc.br
Página do evento - www.ccs.ufsc.br/spb/saudemental

GRUPO DE ESTUDOS NOÇÕES BÁSICAS DA TEORIA PSICANALÍTICA

DURAÇÃO: 11 encontros
INÍCIO: 12 de agosto de 2009
LOCAL: Sede do CEPSC

Avenida Rio Branco, 380/307 - Ed. Barra Sul - Centro
Fone: 3223-6422

HORÁRIO: 18:00h até 19:30h
INVESTIMENTO: R$ 25,00 mensais

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:

De 29/07 A 10/08/09 - fone 3223-64 22 horário comercial.


COORDENADORA
MABEL FRANCO PINTO
E-mail: mabelfranco@terra.com.br
www.cepsc.org.br

Dica de Leitura.

- Henry Gustav Molaison - O homem sem lembranças

- MS divulga retrato do comportamento sexual do brasileiro

- Abuso sexual: uma problemática brasileira

- Psicopatia

Autoajuda não beneficia pessoas com baixa autoestima

Repetir pensamentos positivos para si pode acabar tendo efeito contrário ao desejado em indivíduos com baixa autoestima, afirma um estudo de pesquisadores canadenses.

Segundo o estudo, frases encorajadoras e positivas a respeito de si funcionam apenas para quem já tem autoestima alta.

baixa auto-estimaOs pesquisadores das universidades de Waterloo e de New Brunswick pediram a participantes do seu projeto que repetissem para si mesmos a frase “sou uma pessoa adorável”. Depois, eles analisaram a impressão dos participantes sobre si.

No grupo com baixa autoestima, os que tentaram este recurso de autoajuda se sentiram piores do que antes. Já pessoas com alta autoestima se sentiram – levemente – melhores após repetir o mantra positivo.

Os psicólogos pediram então que os participantes listassem pensamentos positivos e negativos a respeito de si. Eles descobriram que, paradoxalmente, aqueles com baixa autoestima se sentiam melhor quando podiam ter pensamentos negativos a respeito de si, e não quando eram obrigados a se focar nos pontos positivos.

Em um artigo na revista científica Psychological Science, os cientistas sugerem que, assim como elogios exagerados, asseverações puramente positivas tais como “eu me aceito completamente” podem produzir pensamentos contraditórios em indivíduos com baixa autoestima.

“Repetir afirmações positivas pode beneficiar algumas pessoas, como indivíduos com alta autoestima, mas sair pela culatra no caso das pessoas que mais precisam deles”, afirmou a psicóloga que coordenou a pesquisa, Joanne Wood.

Ela destacou, entretanto, que os pensamentos positivos funcionam como parte de uma terapia mais ampla.

A ideia de que as pessoas devem “se ajudar” a fim de se sentir melhor foi elaborada há 150 anos pelo médico escocês Samuel Smiles. Seu livro sobre o tema, que trazia orientações como “os céus ajudam aqueles que se ajudam”, vendeu 250 mil cópias.

Fonte: BBC BRASIL

Falar palavrões ajuda a diminuir sensação de dor, aponta estudo

Falar palavrões pode ajudar a diminuir a sensação de dor física, segundo um estudo da Escola de Psicologia da Universidade de Keele, na Inglaterra, publicado pela revista especializada NeuroReport.

No estudo, liderado pelo psicólogo Richard Stephens, 64 voluntários colocaram suas mãos em baldes de água cheios de gelo, enquanto falavam um palavrão escolhido por eles.

Em seguida, os mesmos voluntários deveriam repetir a experiência, mas em vez de dizer palavrões, deveriam escolher uma palavra normalmente usada para descrever uma mesa.

Enquanto falavam palavrões, os voluntários suportaram a dor por 40 segundos a mais, em média. Seu relato também demonstrou que eles sentiram menos dor enquanto falavam palavrões.

O batimento cardíaco dos voluntários também foi medido durante a experiência e se mostrou mais acelerado quando eles falavam palavrões.

Os cientistas acreditam que o aumento do ritmo de batimentos cardíacos pode indicar um aumento da agressividade, que, por sua vez, diminuiria a sensação de dor.

Para os cientistas, no passado isso teria sido útil para que nossos ancestrais, em situação de risco, suportassem mais a dor para fugir ou lutar contra um possível agressor.

O que está claro é que falar palavrões provoca não apenas uma resposta emocional, mas também uma resposta física, o que pode explicar por que a prática de falar palavrões existe há séculos e persiste até hoje, afirma o estudo.

"(A prática de) Falar palavrões existe há séculos e é quase um fenômeno linguístico humano universal", diz Stephens.

"Ela mexe com o centro emocional do cérebro e parece crescer no lado direito do cérebro, enquanto que a maior parte da produção linguística ocorre do lado esquerdo. Nossa pesquisa mostra uma razão potencial para o surgimento dos palavrões, e porque eles persistem até hoje."

Um estudo anterior, da Universidade de Norwich, mostrou que o uso de palavrões ajuda a diminuir o estresse no ambiente de trabalho.

Fonte: BBC Brasil

Aconselhamento Psicológico em Saúde

Resumo: o aconselhamento surgiu com a Fundação de Centros de Orientação Infantil e Juvenil, com o aparecimento da orientação profissional a criação de Serviços de Higiene Mental e nas instituições de Assistência Social e serviços de assistência psicológica nas empresas. O aconselhamento psicológico visa facilitar uma adaptação mais satisfatória do sujeito à situação em que se encontra e aperfeiçoar os seus recursos pessoais em termos de auto-conhecimento, auto-ajuda e autonomia. A finalidade principal do aconselhamento em saúde é a redução de riscos para a saúde, obtida através de mudanças concretas do comportamento do sujeito e constitui-se como parte integrante dos processos de melhoria da qualidade em saúde e da humanização dos serviços.

Palavras-chave: psicologia; aconselhamento psicológico; saúde.

Historicamente o aconselhamento surgiu com os seguintes movimentos psicológicos: Fundação de Centros de Orientação Infantil e Juvenil (para pais e filhos) na primeira década do século XX; aparecimento da orientação profissional; a criação de Serviços de Higiene Mental para adultos; as instituições de Assistência Social que necessitavam dar a seus clientes além de assistência médica e financeira, oportunidades de expressão e alívio de suas cargas emocionais; o desenvolvimento dos serviços de assistência psicológica nas empresas também ofereceu um novo campo de aplicação do aconselhamento (Scheeffer, 1977).

De acordo com a Associação Européia para o Aconselhamento (1996) o aconselhamento psicológico está relacionado à resolução de problemas, o processo de tomada de decisões, o confronto com crises pessoais, a melhoria das relações interpessoais, a promoção do auto-conhecimento e da autonomia pessoal, o caráter psicológico da intervenção centrada em sentimentos, pensamentos, percepções e conflitos e a facilitação da mudança de comportamentos.

Em geral, o aconselhamento psicológico (counselling) visa facilitar uma adaptação mais satisfatória do sujeito à situação em que se encontra e aperfeiçoar os seus recursos pessoais em termos de auto-conhecimento, auto-ajuda e autonomia. A finalidade principal é promover o bem-estar psicológico e a autonomia pessoal no confronto com as dificuldades e os problemas (Trindade e Teixeira, 2000).

Aconselhar não é dar conselhos, fazer exortações nem encorajar disciplina ou prescrever condutas que deveriam ser seguidas. Pelo contrário, trata-se de ajudar o sujeito a compreender-se a si próprio e à situação em que se encontra e ajuda-lo a melhorar a sua capacidade de tomar decisões que lhe sejam benéficas (Rowland, 1992). O aconselhamento psicológico é diferente de psicoterapia. Tais diferenças referem-se ao caráter situacional, o aconselhamento está centrado na resolução de problemas do sujeito, focalizado no presente, com uma duração mais curta, mais orientado para a ação do que para a reflexão, predominantemente está mais centrado na prevenção do que no tratamento.

Escrito por Moura, J. A. e Sousa J. S.

Fim da publicidade dirigida às crianças e de bebidas alcoólicas em debate

A publicidade dirigida ao público infantil foi tema de debate na mesa: Pelo Fim da Publicidade Dirigida às Crianças, do Seminário Preparatório para a I Conferência Nacional de Comunicação: Contribuições da Psicologia.

No âmbito da publicidade, a criança é vista como um mercado extraordinário. A descoberta desse potencial aconteceu, no Brasil, na década de 1980. Segundo a cientista social Inês Vitorino, a mudança é que as crianças passaram a ser tratadas como cliente de hoje, não mais de amanhã, tendo participação em 80% das decisões de compra da família (TNS/InterScience, outubro 2003).

O apelo publicitário está presente em locais que dificultam o discernimento das crianças entre aquilo que precisam e o que é supérfluo. “A televisão, o computador, o rádio colocam adultos e crianças no mesmo sistema”, diz a cientista social. Ainda mais grave é a presença da publicidade dentro das escolas, espaço de formação dos jovens, alerta Inês.

O público infantil é estimulado desde cedo ao consumo exagerado, sem ter ferramentas para lidar com isso. A coordenadora do Projeto Crianças e Consumo do Instituto Alana, Isabella Henriques, afirma que a proposta do Instituto não é o fim da publicidade, mas uma mudança de paradigmas, de forma que a publicidade seja voltada para os adultos. “A criança hoje está exposta a muito conteúdo que não diz respeito a ela”, reforça.

Para o psicólogo Ricardo Moretzsohn, representante do Conselho Federal de Psicologia na Coordenação Nacional da Campanha “Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania”, da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, é preciso educar as crianças para lidar com a mídia. “Ensinamos a nossos filhos várias coisas, mas não a assistir televisão. Ensinamos, no máximo, a mexer no controle remoto”, observa.

A educação para uso crítico da mídia também foi citada por Inês Vitorino. “É importante que apostemos na educação para uso crítico da mídia e na regulação”, destaca. “Regulação é um direito da sociedade, é um mecanismo de proteção da sociedade, não deve ficar só na mão do Estado. Não adianta pensarmos em políticas públicas sem a participação da sociedade”, ressalta.

A dispersão dos instrumentos de controle social é um fator que dificulta a ação social, acredita Inês. Por isso, de acordo com a cientista social, é importante que se tenha uma legislação específica para o assunto.
Fim da Publicidade de Bebidas Alcoólicas

Quem nunca ligou a televisão e se deparou com uma propaganda na qual uma mulher bonita aparece bebendo ou oferecendo cerveja?

O uso da imagem da mulher ou de jovens bebendo em bares são estratégias do marketing da indústria do álcool para estimular o consumo de bebidas. De acordo com o advogado Allan Vendrame, um dos autores do documento O estudo vem desfazer o mito da indústria das bebidas alcoólicas de que a publicidade serve apenas para fidelizar a marca, que pesquisou o efeito da propaganda do álcool em jovens, esta predispõe jovens a beber bem antes da idade legalmente permitida.

O jornalista e pesquisador de políticas públicas na área de comunicação, Edgar Rebouças, voltou ao tema de educação para uso crítico da mídia, sugerindo que haja ações nas escolas. O jornalista aproveitou também para responder a indagação trazida pelo CFP, Mídia. Quem é o dono dessa voz? : “Se você for atrás do dinheiro, vai saber quem é o dono dessa voz”.

Fonte: POL

3ª fase.

Olá meus colegas.
Eis que as férias acabaram e mais um semestre inicia.
Desejo a todos sucesso e realização e em especial a nossa nova líder Daiane.

___
E como registro deste início.
Achei este vídeo interessante, pelos dados.

Olá Colegas.
Há mais uma nota postada no Aluno Online.
Agora é a vez de PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS - Professor Pedro.

__
Enviei hoje para todos, um novo quadro de notas da professora Claudete.
Neste quadro há algumas notas fechadas.

Até mais.

Notas AV2

Galerinha!
Vim só comunicar que até agora (domingo/manhã) somente a professora Melissa de Saúde Coletiva postou a nota de AV2.

Abraço a todos.

Anjos, demônios e chocolate

________

Como redescobrir mistérios e enigmas
sem empobrecer a nossa experiência?
_______


PREPARAR UMA caça ao tesouro é trabalhoso. Quando eu era criança, meu pai fazia isso para animar meus aniversários. Meu time ganhava, mas sem glória: os enigmas que meu pai escrevia me eram, de uma certa forma, familiares, sem contar que eu conhecia a casa muito melhor do que meus concorrentes.

Adolescente, participei de algumas caças "públicas", abertas a quem pagasse uma taxa de inscrição. Sempre terminei no meio da noite, enquanto os primeiros colocados já estavam jantando. Tanto faz: o jogo foi mais que divertido.

Essas caças ao tesouro, na infância e na adolescência, moldaram minha experiência do mundo. Ainda hoje, por exemplo, leio com espírito de caça ao tesouro: os livros me remetem a outros escritos (que chego a procurar durante anos, de sebo em sebo) ou a lugares que quero visitar e investigar.

A caça ao tesouro (que, de fato, é uma infinita caça aos indícios que se abrem para mil pistas e levam ou não a um tesouro) é uma experiência do mundo um pouco fora de moda. O homem da Idade Média vivia numa floresta de criptogramas que remetiam a significações escondidas e, em última instância, ao sentido divino da criação. Podemos achar legal (mais leve) viver hoje num universo menos "encantado", mas há um risco: por não esbarrar, a cada passo, em enigmas que deveriam nos mostrar a pista certa, acabamos vivendo como se as coisas e os outros fossem apenas o mobiliário funcional de nossa vida, objetos que usamos sem nunca nos interrogar sobre o mistério de sua existência.

Em suma, a experiência moderna corre o risco de ser bem mais pobre do que a antiga, e não é de estranhar que se viva numa espécie de saudade do encantamento do mundo.

É uma saudade que satisfazemos de várias formas. Cultivamos, por exemplo, um gosto "new age" por mágica e coisas sobrenaturais ou extraterrestres. E, sobretudo, compensamos a "ausência" de um desenho divino inventando complôs bem humanos.

É a regra das Luzes: atrás do que "parecia" sobrenatural, deve haver, de fato, uma conspiração de indivíduos. Anos atrás, na biblioteca da faculdade, consultando um livro proibido do século 17, encontrei um filé de enchova que alguém tinha usado como marcador de página. O peixe sendo um símbolo cristão, poderia ter entendido que Deus me encorajava a interromper a leitura de um livro condenado pela Inquisição. Mas reagi de outro jeito: fui ler o registro das consultas para desmascarar o aloprado que tinha estragado um livro raro e precioso. Bom, acho que encontrei, mas não denunciei.

O romance policial substituiu a leitura cabalística do mundo. Edgar Allan Poe é nosso guia; adoraríamos encontrar fantasmas e mortos-vivos, mas, no fundo, nosso herói é Dupin, o investigador que descobre o culpado pelos crimes da rue Morgue: não foi nenhum Golem, apenas um orangotango.

No mundo desencantado, como não empobrecer nossa experiência? Sugestões.
Acabo de ler "Os Segredos da Capela Sistina", de B. Blech e R. Dolinger (Objetiva); não sei se "compro" todas as interpretações dos autores, mas, se um dia eu visitar de novo a capela Sistina, minha experiência será mais rica e mais complexa.

Estreou na semana passada "Anjos e Demônios", de Ron Howard, adaptação de um romance de Dan Brown, o autor de "O Código Da Vinci". "Anjos e Demônios" parece ser uma narrativa do desencanto: afinal, atrás dos criptogramas há um homem que nem a gente. No "Código Da Vinci", ao contrário (razão de seu sucesso, talvez), o mundo era mesmo povoado de sinais antigos e misteriosos. Agora, essa diferença só vale à primeira vista: no fim de "Anjos e Demônios" (filme e livro), não se esqueça de que Lúcifer, o anjo predileto, caiu nas chamas do inferno.

Mas minha verdadeira sugestão é outra. Apesar de minha antipatia por Heidegger, admiro seu esforço para devolver ao mundo o mistério de sua simples presença. Essa é a forma de encantamento que nos resta. Como revelar esse mistério? Os poetas ajudam.

Visto que "não há mais metafísica no mundo senão chocolates", é preciso enxergar o encantamento do chocolate, do cotidiano, ou seja, do "mistério de uma rua cruzada constantemente por gente". Afinal, na falta de inquietantes sinais divinos ou conspiratórios, resta o enigma de nosso desejo. Não é pouca coisa, pois cada um de nós poderia dizer: "Tenho em mim todos os sonhos do mundo".

Só para lembrar: os versos são de "Tabacaria", de Fernando Pessoa como Álvaro de Campos.

ccalligari@uol.com.br

Qual é o sexo do seu cérebro? Faça o teste!

As diferenças no corpo de homens e mulheres estão além da aparência e dos órgãos sexuais. A ciência detectou que até o cérebro apresenta características femininas ou masculinas. Essa diferença neurológica gera diferenças de comportamentos, sentimentos e modos de pensar entre homens e mulheres.

Você consegue saber se seu amigo está triste ou irritado só de olhar para ele? Essa é uma característica de um cérebro feminino. Mas um homem também pode ter essa sensibilidade e outros comportamentos geralmente ligados a um cérebro feminino. Isso porque a sexualidade cerebral não está ligada diretamente ao sexo do corpo. “O sexo do cérebro é determinado pela quantidade de testosterona [hormônio masculino] a que o feto fica exposto no útero. Em geral, homens recebem doses maiores do que as mulheres. Mas isso varia e nós ainda não sabemos exatamente por quê”, diz a ÉPOCA a neuropsicologista Anne Moir, da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

A diferença entre o cérebro dos dois gêneros tem raízes evolutivas. Segundo Moir, durante o desenvolvimento dos seres humanos, como o homem era o caçador, desenvolveu um cérebro com habilidades manuais, visuais e coordenação para construir ferramentas. Por isso, um cérebro masculino tem mais habilidades funcionais. Já as mulheres preparavam os alimentos e cuidavam dos mais novos. Elas tinham que entender os bebês, ler sua linguagem corporal e ajudá-los a sobreviver. Elas também tinham que se relacionar com as outras mulheres do grupo e dependiam disso para sobreviver na comunidade e, por isso, desenvolveram um cérebro mais social. Os homens, por sua vez, lidavam com um grupo de caçadores, não precisavam tanto um do outro e se comunicavam menos, apenas com sinais.

Moir acredita que a diferença de sexo entre cérebro e corpo pode estar ligada às causas do homossexualismo. “Se a concentração de testosterona no útero está mais baixa do que o padrão para os homens, então o 'centro sexual' do cérebro será feminino e esse homem sentirá atração por outros homens. Se a concentração desse hormônio estiver alta, o 'centro sexual' será masculino e ele sentirá atração por mulheres”, diz Moir.

Saiba Mais e Faça o Teste.

Fonte: Época/Thaís Ferreira

Cientistas recorrem a doping intelectual

Uma pesquisa divulgada pela revista Nature, especializada em artigos científicos, revela que 20% dos cientistas admitem o uso de drogas para melhorar o desempenho intelectual. De acordo com o levantamento, os pesquisadores preferem os remédios que atuam contra doenças do sono, hiperatividade e problemas cardíacos. A Nature fez 1.400 entrevistas em 60 países.

A pesquisa aponta ainda que o uso das drogas não está relacionado à ídade dos cientistas. Tanto aos 25 como aos 65 anos há usuários em proporções similares. A maioria também afirmou ter usado drogas ao menos uma vez por mês, e metade disse ter experimentado efeitos colaterais desagradáveis.

A maioria, 80% dos entrevistados, disseram que todo adulto deveria ter direito a usar o "doping intelectual". Mas quase 90% deles são contra o uso das drogas por crianças e adolescentes. O dado surpreendente é que 30% afirmaram que se sentiriam pressionados a dar medicamentos aos filhos, casos estudassem numa escola em que as outras crianças usassem este tipo de droga.

O 'doping intelectual' preferido pelos cientistas:

- Ritalin (princípio ativo: metilfenidato), usado por 62% dos entrevistados no tratamento de hiperatividade ou distúrbio do déficit de atenção. É conhecido entre universitários como auxiliar de estudo.

- Provigil (princípio ativo: modafinil), usado por 44%, atua contra problemas de sono, cansaço físico e mental e a falta de regulagem do relógio biólogico.

- Betabloqueadores, preferido por 15% dos pesquisados, recomendado contra problemas cardíacos, de pressão alta e também contra ansiedade.

FONTE: Veja

Ano da Psicoterapia - Textos Geradores

Para discutir o exercício da psicoterapia pelos psicólogos e definir parâmetros mínimos para a atuação da categoria na área, a Assembléia das Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) definiu 2009 como o ano temático da Psicoterapia no Brasil.

Os Textos Gerados apresentam contribuições para a discussão dos três eixos temáticos que devem nortear o Ano:

Eixo I
A constituição das psicoterapias como campo interdisciplinar

Eixo II
Parâmetros técnicos e éticos mínimos para a formação na graduação e na formação especializada para o exercício da psicoterapia pelos psicólogos

Eixo III
Relações com os demais grupos profissionais

Textos Geradores

FONTE: POL

Psicóloga do RJ que promete curar homossexuais será julgada pelo Conselho de Psicologia

A psicóloga evangélica Rozangela Justino será julgada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) no dia 29 de maio por oferecer serviço de "cura" de homossexuais em seu consultório no Rio de Janeiro. Rozângela, que se declara "psicóloga missionária", também ministra palestras sobre o assunto. Tais atividades ferem normas do CFP, na medida em que desobece a resolução que estabelece como psicólogos devem atuar com relação à orientação sexual dos pacientes.

O Conselho estabelece que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão. E a resolução é clara em seu 4º artigo: "Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica".

Em entrevista recente ao site SNN, Rozângela disse que atualmente há um trabalho para descontruir o valor moral do casamento hétero e incutir nas pessoas a ideia de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é algo natural.

FONTE: MIX Brasil

Grupo PsicoFes2008

Caros Colegas;

Para aumentar ainda mais o nosso contato e entrosamento, o nosso colega André criou um grupo no google - http://groups.google.com.br/group/psicofes2008

A página é toda em português, qualquer pessoa pode estar se associando e é super fácil entender como funciona.

Tendo em vista que algumas pessoas não recebem meus e-mails, também estou disponibilizando no grupo os materiais que recebo dos professores.

*Contudo ainda mantenho a forma de mandar por e-mail, OK!

Parabéns André por está iniciativa e agradeço em nome da turma.

Até mais colegas.

Ahmadinejad e Foucault

Temos a nostalgia permanente
de uma coletividade em
que poderíamos "descansar"

_______________


O PRESIDENTE do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, adiou sua visita ao Brasil. Melhor assim. Ele é uma das figuras mais sinistras da praça política mundial: uma encarnação do ódio assassino como solução para o fato de que sempre há outros que vivem, pensam e sentem de uma maneira diferente da nossa.

Há um problema no Oriente Médio? Simples, basta acabar com os judeus e aniquilar o Estado de Israel. Isso lhe lembra algo que já aconteceu? Não se preocupe: o genocídio é uma invenção sionista. Há iranianos que pulam a cerca? Simples, basta massacrar as adúlteras, mesmo que tenham sido estupradas. Há iranianos homossexuais? Eventualmente, "tinha" - já não tem mais. E por aí vai, para todos os dissidentes, externos e internos.

Ultimamente, em Genebra, quando Ahmadinejad falou, os diplomatas ocidentais deixaram a sala. Os brasileiros apenas emitiram uma nota de repúdio. Três razões:

1) O Irã é um bom comprador no Oriente Médio, e dinheiro não tem cheiro. Discordo desse argumento neoliberal: o dinheiro tem cheiro, sim, sobretudo quando vem numa mala de carniças.

2) Ahmadinejad extrapola porque está em campanha e se endereça à sua base eleitoral. Quer dizer que ele se sustenta numa base que pensa como ele? Pior ainda.

3) Campeão da coexistência de diferenças (étnicas, religiosas e infelizmente econômicas), o Brasil pode ser um valioso mediador de conflitos. Ótimo, mas o que significa mediar? Por uma limitação da qual não quero me desfazer, eu não consigo ponderar os problemas do mundo sem pensar nos indivíduos. E, conversando com Ahmadinejad, seria assombrado pela visão de uma mulher tremendo de medo, num porão, incapaz de invocar seu deus porque, segundo lhe ensinaram, ele está inteiramente com um grupo de barbudos que, sentados no quarto de cima, tomam chá e decidem quando ela será apedrejada. É um pensamento que me dá nojo.

Reli os artigos que Michel Foucault escreveu para o "Corriere della Sera", durante duas viagens ao Irã, em 1978, no começo da "Revolução" Iraniana (em "Dits et Ecrits vol. 2, 1976-1983", Gallimard, e, em inglês, "Foucault and the Iranian Revolution", University of Chicago).

Foucault me ensinou a enxergar a mão furtiva do poder, mesmo nas sociedades aparentemente "livres". Como foi que ele escreveu uma apologia entusiasta do que já prometia ser um regime totalitário como poucos na história?

No sábado passado, neste espaço, Antônio Cicero também voltou a esses escritos de Foucault -talvez inspirado pela visita iminente. Cicero argumentou que o relativismo libertário (a ideia de que não temos o direito de julgar regimes de verdade diferentes do nosso) levou Foucault a defender um fundamentalismo que não reconhece nenhuma verdade que não seja a dele.

Concordo. O relativismo só faz sentido se ele for uma exceção à sua própria regra: todos os regimes de verdade são respeitáveis, salvo os que não respeitam a verdade dos outros.
Mas o que mais me impressionou, relendo Foucault, foi que, naquelas viagens, ele não ouviu nenhuma voz de dissenso. Só percebeu a perfeita unanimidade de um povo desejoso de se refundar "espiritualmente", além de suas diferenças políticas. Talvez ele tenha saído de Paris já decidido a encontrar, na "Revolução" Iraniana, o protótipo de uma nova esperança coletiva.

Aparentemente, vale também para Foucault: sermos indivíduos é uma tarefa árdua, que suscita a nostalgia permanente de uma coletividade em que poderíamos, enfim, descansar. Algo assim: que venha a "vontade geral" com a qual sonhava Rousseau e nos permita renunciar por um tempo a nossas responsabilidades singulares!

Pois bem, Ahmadinejad nos lembra que a "vontade geral" se constrói sempre sobre os cadáveres dos que não concordam.

Foucault achava que a psicanálise, levando-nos a falar sobre os desejos sexuais, abre a porta para que o poder se insinue em nossa vida privada. Pode ser, mas, para mim, o legado irrenunciável da psicanálise é sobretudo a necessidade de pensar nas pessoas uma por uma, sem ilusões e entusiasmos coletivos, ou seja, sem esquecer aquela mulher que, no porão, ainda está esperando para saber a que horas será apedrejada.

Presidente Lula, caso Ahmadinejad seja reeleito e venha ao Brasil, na hora da foto oficial, peço-lhe, por favor, que o senhor pense nessa mulher e se abstenha de sorrir.

Contardo Calligaris

Avaliação Institucional!

Questionários devem ser acessados pelo SIA.

Todos os alunos e professores da Estácio de Sá devem realizar a partir desta quarta-feira (06/05) a Avaliação Institucional on line. O objetivo é tomar conhecimento sobre a opinião dos acadêmicos quanto aos cursos, professores e infra-estrutura do campus. Os docentes também deverão responder a avaliação analisando, além das instalações da Estácio, a coordenação do curso. O questionário estará disponível no aluno online e docente online, acessados pelo SIA (Sistema de Informações Acadêmicas).

Neste primeiro semestre de 2009, a intenção é que 60% dos participem da avaliação. Para tanto, professores do curso de Administração reservarão uma semana para ir com os alunos até os laboratórios de informática para que todos respondam a Avaliação.
As questões serão formuladas pela Estácio do Rio de Janeiro e a Avaliação será realizada até seis de junho nas 78 unidades da instituição espalhadas em 16 estados.

Avaliação Institucional 2008.2
No primeiro semestre de 2008 foi realizada uma Avaliação onde foram constatadas a insatisfação dos alunos em relação ao serviço de reprografia (fotocópia) do campus e aos aparelhos multimídia como projetores, TVs e DVDs. No semestre seguinte foi instalada no campus um segundo prestador de reprografia para melhor atender os alunos, e mais 40 projetores foram adquiridos. E quanto aos professores, alguns passaram por cursos de capacitação visando melhor assistir aos estudantes.

Celina Keppeler – 6º fase / Jornalismo
Fonte: Site Estácio

Eventos p/ Terça-feira, dia 12/5 na UFSC

Mesa Redonda: “O SUS e as profissões da saúde: interfaces durante a graduação”. Horário: 18h30min. Local: auditório do Centro Sócio Econômico (CSE). Palestrantes: Marco Aurélio da Rós – Profº do Departamento de Saúde Pública; Rosana Isabel dos Santos – Profª do Departamento de Ciências Farmacêuticas; Daniela Lemos Carcereri – Profª do Departamento de Odontologia; Maria Aparecida Crepaldi – Profª do Departamento de Psicologia. Promoção: Disciplina Serviço Social e Seguridade: Saúde do Departamento de Serviço Social CSE/UFSC. Informações: Simone Martins Junqueira, Monitora, telefone 8406-5530 ou e-mail moni.mj@ig.com.br

Palestra "Comportamento Sexual do Estudante Brasileiro", com o médico Jairo Bouer. Auditório Henrique Fontes, bloco B, CCE, às 18h30min. Promoção: PET-Biologia. Informações: Felipe Moreli Fantacini felipmf@gmail.com

Donjuanismo

Sou casada há 9 anos, mas tenho o ímpeto de conquistar outros homens. Vou me aproximando, fazendo charme, até conseguir. Um encontro e nada mais. Não faço sexo com eles, só quero despertar o sentimento amoroso. Quero que fiquem atraídos por mim. Gosto de manter alguém "à minha espera" para o caso de necessidade. O problema é que eu tenho sofrido muito com isso. O último homem se apaixonou e eu não queria ficar com ele. Só queria ouvir as declarações de amor. Agora, ele enfim se afastou, mas saiu muito machucado. Me sinto culpada. Na verdade, quero ficar com meu marido, mas não consigo abrir mão da conquista. O desafio me tenta.

Don Juan é homem, mas poderia ser mulher. A sua história mostra que o donjuanismo não tem sexo, é o comportamento de quem seduz para se afirmar. Don Juan seduz pelo gosto de vencer a resistência. Faz o que for preciso até conseguir, exatamente como você. Ele não ama nenhuma das belas. Amor, só por si mesmo. Todas servem para que se sinta vitorioso e todas são vencidas. Do ponto de vista dele, o fim justifica os meios. O amor para Don Juan é indissociável da guerra e é justo compará-lo a um general.

Verdade que Don Juan quer sexo e você só quer o sentimento amoroso mas, nos dois casos, a sedução está a serviço do narcisismo. A meta é suscitar a paixão para se saber amado.

O problema é que você não pode "abrir mão da conquista", é uma compulsão. Conquistar é um imperativo a que você obedece por razões que eu desconheço. Um imperativo que a impede de ficar com o seu marido, como você deseja. Em outras palavras: você não é livre.

O seu verdadeiro desafio é a conquista da liberdade e para tanto você tem de se livrar da compulsão a que está sujeita, descobrindo por que precisa se afirmar e não para de se repetir. Vive sempre tentada a caçar e a abandonar a presa. Um contínuo desassossego.

A liberdade sexual depende da liberdade subjetiva que pode ser alcançada. Escrevi pode porque não nascemos livres, nos tornamos livres. Desde que aceite a existência do inconsciente e se disponha a decifrá-lo. A via é esta.

Fonte: Veja Online

O pensamento positivo cronifica as obsessões

Obsessões são idéias fixas, geralmente desagradáveis, carregadas de ansiedade, das quais o sujeito não consegue se livrar. Muitos obsessivos se queixam que são escravizados por determinados pensamentos ruins, dos quais não conseguem se livrar. Geralmente recorrem a alguma compulsão, algum comportamento ritual repetitivo e aparentemente desprovido de utilidade objetiva para desfazer a obsessão.

É mais ou menos assim: o pensamento ruim (o pensamento “negativo”) surge e o obsessivo somente consegue se apaziguar e sentir-se menos ansioso com um ritual que o neutraliza. O jogador na hora do pênalti, por exemplo. Ele está morrendo de medo de errar. E o que faz para neutralizar esse medo ou as obsessões, os “pensamentos ruins”, de que irá errar? Ele pode, por exemplo, recorrer ao pensamento positivo: “vou acertar, vou acertar”. Atua como uma espécie de oração.

Neste contexto, de ansiedade extrema, já instalada, o chamado pensamento positivo, ajuda. Ele tem a função de neutralizar as obsessões, os pensamentos ruins, e acalmar o sujeito. E o que fica claro é o seguinte: se não houver medo, não há necessidade de pensamento positivo. Onde há medo, há pensamento positivo. E onde há pensamento positivo, há medo. Sem medo, ele perde o sentido.

Porém, quero focar em outro detalhe. As compulsões (e o pensamento positivo é uma delas) neutralizam as obsessões e acalmam o obsessivo. Porém, este efeito é paliativo. Os estudos nesta área são conclusivos: a neutralização reforça a obsessão. Resolve momentaneamente, mas acaba por fim cronificando a obsessão. A melhor alternativa é o enfrentamento, a exposição sistemática. Ou seja, é mais eficaz e efetivo acabar com o medo.

Para o exemplo do pênalti eu diria o seguinte. É mais efetivo o jogador se preparar para perder o medo de perder um pênalti. Aprender a perder, então, é fundamental. Obsessivos são, de modo geral, fóbicos ou perfeccionistas. Morrem de medo de algumas coisas: contaminação, medo de perder, de errar, de morrer, medo de ter medo e vários outros milhares de medos dos quais sua vida é constituída.

Atendi a dois casos em que os pacientes tinham um medo absurdo do diabo. A imagem do demônio em suas mentes ou a idéia de que teriam vendido a alma para ele, ou que ele lhes faria algum mal, era algo do qual não conseguiam se livrar. Este tipo de obsessão gerava muita ansiedade e acabava sendo incapacitante. Recorriam aos mais diversos rituais: orar indefinidamente, fazer repetidos e inúmeros sinais da cruz, não dizer certas palavras, ou dizê-las em pares (para que fossem ditas e “desditas”), não adentrar em determinados lugares, não pisar em determinados pontos do chão. Enfim, o arsenal de compulsões pode ser enorme e o sujeito acaba padecendo bastante com isso tudo.

Fiz o que então? Baseado em uma estória zen, a qual lera há alguns anos, eu lhes propus o seguinte: o enfrentamento. Com o consentimento desses pacientes, invoquei o diabo. Se ele de fato existia, deveria comparecer à sessão.

“Diabo, belzebu, capeta, demônio, lúcifer...” – utilizamos todos os seus nomes e designações possíveis, “eu, Ricardo de Souza Machado Bueno e Adilson da Silva Teles Moura” (era importante também fornecer os nomes completos, assim não teria erro), “estamos aqui, no planeta Terra, na América do Sul, no Brasil” - enfim, endereço completo, pro coisa-ruim não ter desculpa; “venha até nós, apareça e comprove sua existência!”.

Nesse momento o paciente geralmente fica muito ansioso e tenso, praticamente se agarrando ou se escondendo atrás de nós.
Antes de tudo, porém, deve-se encher o bolso de grãos de feijão, centenas deles, se possível. A idéia é a seguinte: se o diabo aparecer, perguntamos quantos grãos de feijão temos no bolso. Nas duas sessões em que adotei este procedimento, ele sequer apareceu. Na estória zen, porém, o espírito maligno costuma aparecer. Mas, ao se perguntar pela quantidade de grãos no bolso, subitamente desaparece, sem dar qualquer resposta, e nunca mais retorna. E foi exatamente isso o que ocorreu com meus pacientes. O enfrentamento dissipou a obsessão. O diabo nunca mais azucrinou suas vidas.

(Autor, personagens e história fictícios)

Por Ricardo de Souza Machado Bueno

2009 ANO DA PSICOTERAPIA

PARTICIPE DOS DEBATES SOBRE A FORMAÇÃO E A REGULAMENTAÇÃO DA PSICOTERAPIA!

O Sistema Conselhos propôs ações que incidam sobre a Psicoterapia a fim de alcançar a definição de diretrizes técnico-científicas sobre o assunto, efetivação da presença da psicoterapia no campo científico, qualificação, delimitação e ordenação das áreas, decidindo acerca da representação da Psicoterapia diante da sociedade e instituições no país.
O CRP-12 programou vários eventos em nosso Estado, onde serão debatidas questões relativas à formação e à regulamentação da Psicoterapia a partir de 03 eixos temáticos: I) A constituição das psicoterapias como campo interdisciplinar, II) Os parâmetros técnicos e éticos mínimos para a formação na graduação e na formação especializada e III) O exercício da psicoterapia pelos psicólogos e as relações com os demais grupos profissionais que têm reivindicação do exercício da Psicoterapia.

CONVIDAMOS TODOS OS PSICÓLOGOS A PARTICIPAR DESTA DISCUSSÃO. VENHAM CONTRIBUIR PARA QUE POSSAMOS APRIMORAR POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO E PRODUZIR REFERÊNCIAS DESTA PRÁTICA QUE TEM IMPLICAÇÕES ÉTICAS E SOCIAIS DE EXTREMA RELEVÂNCIA.

CONFIRMADO:
Dia: 25 de abril de 2009 – em Florianópolis
Palestrantes: Adriano Hollanda e Bárbara Conte
Local: Hotel Valerim Plaza (Rua Felipe Schmidt, 705 – Centro)
Horário: Das 08h30 às 13h
Gratuito - Inscrições no local do evento
SOBRE OS PALESTRANTES:
Bárbara de Souza Conte - CRP-07/01004
Psicanalista. Doutora em Psicologia pela Universidade Autônoma de Madri.
Membro Pleno da Sigmund Freud Associação Psicanalítica.
Conselheira e Presidente da Comissão de Ética do CRP-RS, Gestão 2004/2007.

Adriano Furtado Holanda - CRP-01/3795
Psicólogo, Mestre em Psicologia Clínica pela Universidade de Brasília (1993); Doutor em Psicologia pela PUC-Campinas (2002);
Pós-Doutorado em Psicologia na Universidade de Brasília (2003-2006); Primeiro-Secretário da Associação Brasileira para o Avanço Conjunto da Filosofia, Psicopatologia e Psicoterapia (Abrafipp); Editor da Revista da Abordagem Gestáltica; Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná. Conselheiro Suplente do CRP-01.

Sugerido pela colega Ivonete.

Seminário Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente

DATA - 24 de abril de 2009
LOCAL – Auditório do Conselho Regional de Serviço Social - CRESS
Rua dos Ilhéus,38 – Centro - Florianópolis - SC
8:30 – Acolhida
09:00 - 11:00 - TEMA: Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária.
Palestrante: ÚRSULA LEHMKUHL CARREIRÃO, membro da Comissão Intersetorial Pró-Convivência Familiar e Comunitária

13:00 - 14:00 – TEMA: Fundo da Infância e Adolescência – FIA.
Palestrante: JOELSON TIBURCIO DOS PASSOS, conselheiro do CEDCA / Especialista em Políticas Públicas

14:30 - 15:30 - TEMA: Sistema Nacional de Atendimento Sócio Educativo - SINASE
Palestrante: IZA MARIA DO ROSÁRIO ANDRADE, pedagoga do Departamento de Justiça e Cidadania e Assessora Técnica de Medidas Socioeducativas.

16:00 - ENCERRAMENTO
OBS: O Fórum custeará as despesas com alimentação.
OBS: As notas deverão ser preenchidas em nome de:
Lar Fabiano de Cristo, Rua Frei Fabiano de Cristo, 180, Bairro Monte Cristo –
CEP 88090490 - CNPJ 33.948.381.0077-92

Mais informações: (47) 8859 7280 – Joelson ou (48) 9912 4194 - Fernanda

Lista enumera "10 pecados" de psicólogos e analistas

1- Comer na frente do paciente
Esporadicamente, no caso de uma sessão extra pedida pelo paciente e marcada no horário de uma refeição, por exemplo, a atitude é aceitável, afirma o psicólogo Roberto Banaco, professor titular da PUC-SP.

"É melhor oferecer apoio ao cliente comendo do que negar esse apoio por falta de horário", diz Banaco. Mas necessidades pessoais como essa deveriam acontecer em outro contexto. "Comer na sessão mostra desrespeito pelo paciente", diz Wielenska.

O terapeuta da estudante Denise Thornberg, 22, transformou isso num hábito. Nas sessões, consumia Coca-Cola light e confeitos de chocolate. "Ele estava sempre com uma garrafinha de Coca na mão. Eu não gostava", conta.

Para o médico e psicanalista Sérgio Cyrino, filiado à Federação Brasileira de Psicanálise, isso não deve ocorrer jamais. "O analista não deve comer, oferecer ou aceitar comida."


2 Atender ao telefone
Emergências acontecem. O terapeuta pode ter de atender um paciente internado ou com risco de suicídio, por exemplo.

Nesse caso, o mais aconselhável é avisar antecipadamente ao paciente que isso pode acontecer e ser breve. "Se existir essa possibilidade, o terapeuta deveria dizer que, em caráter excepcional, pode ser necessário atender a uma ligação urgente. Mas isso deve ser raro, não pode se tornar um hábito", afirma Wielenska.

Atender a ligações de outro tipo é desaconselhável. "Imagine quando se interrompe um comunicado [do paciente] de intenso conteúdo emocional bem no meio. A compreensão, ao ser fragmentada, perde todo o sentido. O paciente se sente deixado em segundo plano. Como é que se conserta isso depois?", diz Cyrino.


3 Tomar notas em excesso
A figura do analista com um bloquinho na mão, que aparece em charges e filmes, é um falso símbolo da psicanálise, diz Cyrino. "Freud não anotava durante as sessões porque isso fragmenta a compreensão da situação da análise. Quem interrompe para tomar notas perde o fio da meada. O pensamento é muito mais rápido do que a palavra escrita. E o paciente se sente perseguido."

Para Banaco, anotações, quando ocorrem, podem ser feitas rapidamente por meio de palavras-chave, como lembretes para serem "recheados" com conteúdos nos intervalos entre sessões.

Denise Thornberg conta que seu terapeuta escrevia tanto que a incomodava. "Ele não me olhava nos olhos." Para Wielenska, o terapeuta deve pedir autorização para anotar e manter o contato com ele enquanto faz isso. "Quem trabalha frente a frente com alguém deve preservar o olhar e a atenção."


4 Atrasar-se para a sessão
O terapeuta pode ter que ficar mais tempo com um paciente, o que acarretará atrasos nas sessões seguintes. Mas, de novo, isso não deve ser hábito. "Quando o profissional estender a sessão desse cliente, ele saberá que os atrasos devem-se ao acolhimento para quem precisa, em contraposição à regra fria de que a sessão dura "X" minutos", diz Banaco. Ele acredita que, quando a demora é grande, o terapeuta deve dar satisfação a quem aguarda.

Para Cyrino, o atraso é muito comprometedor. "O analista deve sempre aguardar o paciente, para que ele tenha uma sensação de constância dentro da instabilidade afetiva que o traz ao tratamento. Como interpretar atrasos constantes de um paciente, que podem ter mil acepções, se o analista também se atrasa?", questiona.


5 Ser pouco acessível
Segundo os especialistas, deve haver um meio-termo em relação a esse item. Por um lado, não é recomendável que o cliente desenvolva uma extrema dependência do terapeuta. "Um paciente carente pode querer estar ligado 24 horas ao analista, como se fosse um bebê em simbiose com a mãe", compara Cyrino.

Por outro lado, estar inteiramente fora do alcance, especialmente em situações graves, não é aconselhável. "O terapeuta não pode ser impossível nem dar a impressão de disponibilidade total, como se fosse só do paciente -o que é um desejo frequente e compreensível", diz o psicanalista.

De acordo com Wielenska, cada terapeuta tem suas preferências em relação a esse assunto. "Alguns liberam celular e e-mail, outros autorizam o cliente a deixar recado. Eles devem colocar esses limites assim que começam a atender uma pessoa", afirma.


6 Olhar demais para o relógio
O terapeuta precisa controlar o tempo. Mas olhar demais para o relógio pode dar a impressão de que ele tem pressa para terminar a consulta.

Denise Thornberg trocou o terapeuta que tomava refrigerante por outra e está gostando. Mas diz que a atual olha demais para o relógio. "Enquanto eu falo, ela fica de olho para ver quando a sessão vai acabar. Isso desvia minha atenção. Penso: 'Será que estou falando muita coisa sem sentido?'."

Segundo Cyrino, com a experiência, o terapeuta ganha uma noção de tempo automática. "Mas ele não é máquina. Um recurso é ter um relógio num lugar discreto e consultá-lo sem caráter ostensivo." Já se isso ocorrer com um paciente específico, o terapeuta deve se perguntar o que está acontecendo na relação com ele.


7 Bocejar demais
Bocejar não é o problema: como qualquer pessoa, o terapeuta pode estar cansado em um determinado dia. A questão é quando a atitude se torna um hábito, que costuma ser interpretado pelo paciente como falta de interesse.

Mas, se o terapeuta não encontrar explicação para o sono e ele ocorrer sempre com um paciente específico, esse fato pode se tornar uma informação importante na terapia. "O cliente pode ter um padrão de comportamento que gera tédio também fora do consultório", diz Regina Wielenska. "Mas essa atitude [bocejar] deve ser contida, pois a terapia requer foco e concentração."

Já dormir é tido como inadmissível. "Se o terapeuta percebe que não suporta o sono, deve suspender a sessão", diz Roberto Banaco.


8 Contato físico excessivo
No Brasil, costuma ser aceito um maior contato físico ao cumprimentar alguém. "Na nossa cultura, é normal dar um beijinho ou um ligeiro abraço. O terapeuta pode fazer isso com leveza e rapidez, sem tom erótico", diz Wielenska.

Mas deve haver limites. "Por ser uma relação facilmente confundida com uma relação afetiva, um contato físico exacerbado pode atingir fragilidades dos clientes. Trata-se de um abuso da relação desigual que se instala no contrato terapêutico: o cliente tem problemas e o terapeuta tem soluções", afirma Banaco.

Segundo Cyrino, muitas terapias psicológicas usam o contato físico no tratamento, mas não a psicanálise. "Para essa corrente, o excessivo contato físico favorece a dependência emocional do paciente, dificultando seu crescimento." Vale lembrar que o contato sexual entre terapeuta e cliente não é adequado em nenhum caso.


9 Falar demais sobre si mesmo
A sessão é do cliente, e não do terapeuta. "No entanto, temos bagagem, história de vida e, em situações específicas, ela pode ser usada em benefício da terapia", diz Wielenska.
Mas, se o terapeuta sente falta de amigos, não deve buscá-los nos clientes. "O analista pode estar carente, pois é de carne e osso. Nesse caso, deve redobrar a atenção para não misturar sua vida à do paciente. Muitos gostariam de ser amigos do analista, mas isso desvirtua o foco da terapia", diz Cyrino.

A chave é ver se há propósito terapêutico. "Qualquer fala sobre si mesmo que não tenha um propósito terapêutico é uma fala em demasia", diz Banaco.

Segundo ele, se o paciente tem o terapeuta como modelo e segue seus conselhos cegamente ou o imita, expor a vida pessoal é ainda mais danoso.


10 Vestir-se inadequadamente
Como qualquer pessoa, o terapeuta tem seu estilo e não precisa abrir mão dele no ambiente profissional. "Atendemos surfistas, publicitários, executivos. Não podemos ser camaleões para nos ajustarmos ao estilo de cada cliente. O terapeuta só não pode estar vestido de maneira profundamente chamativa, vulgar, suja ou descuidada. O resto é uma questão pessoal", diz Wielenska.

De fato, há limites. "Deixar à vista longas extensões de pele não é desejável: bermudas, camisas abertas, decotes pronunciados ou saias tão curtas que mostrem a roupa de baixo são absolutamente inapropriados", lista Banaco.

Para Cyrino, o foco não deve ser o terapeuta, inclusive no quesito vestimenta. "Não é necessário vir de batina, mas o oposto faz com que o foco de atenção se desvie do paciente para o analista. E é o paciente que veio mostrar seus conteúdos", diz Cyrino.

Fonte: Folha Online