Conselho Federal PsicologiA - Mídia e subjetividade

Parabéns!




A profissão de psicólogo faz 47 anos, foi criada pela Lei 4.199 de 1962.



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Na Estácio:
Para marcar a data o curso de Psicologia da Estácio está organizando a Semana da Psicologia que será promovida no próximo mês. Na programação estarão incluídas palestras e discussões sobre o futuro da profissão.

O curso de Psicologia da Estácio comemora também o sucesso na captação de alunos e o fato de, com apenas dois anos de existência, já ter se tornado referência na região.

Discordar de nosso próprio desejo

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Um terapeuta deve deixar suas
opiniões e crenças no vestiário do
consultório, a cada dia

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EM 31 de julho, o Conselho Federal de Psicologia repreendeu a psicóloga Rozângela Alves Justino por ela oferecer uma terapia para mudar a orientação sexual de pacientes homossexuais.
Não quero discutir a "possibilidade" desse tipo de "cura" (afinal, reprimir o desejo dos outros e o nosso próprio é uma atividade humana tradicional), mas me interessa dizer por que concordo com a decisão do Conselho.

A revista "Veja" de 12 de agosto publicou uma entrevista com Alves Justino, na qual ela explica sua posição. No fim, a psicóloga manifesta seu temor do complô de um "poder nazista de controle mundial", que estaria querendo "criar uma nova raça e eliminar pessoas", graças a políticas abortistas, propagação de doenças sexualmente transmissíveis etc.

Para ser psicoterapeuta, não é obrigatório (talvez nem seja aconselhável) gozar de perfeita sanidade mental. É possível, por exemplo, que um esquizofrênico, mesmo muito dissociado, seja um excelente psicoterapeuta (há casos ilustres). Mas uma coisa é certa: para ser terapeuta, ser inspirado por um conjunto organizado de ideias persecutórias é uma franca contraindicação.

Na verdade, pouco importa que as ideias em questão sejam ou não persecutórias e delirantes: de um terapeuta, espera-se que ele deixe suas opiniões e crenças (morais, religiosas, políticas) no vestiário de seu consultório, a cada manhã. Quando, por qualquer razão, isso resultar difícil ao terapeuta, e ele sentir a vontade irresistível de converter o paciente a suas ideias, o terapeuta deve desistir e encaminhar o caso para um colega. Por quê?

Alves Justino, com sua aversão por homossexualidade, sadomasoquismo e outras fantasias sexuais, ilustra a regra que acabo de expor. Explico.

A psicóloga defende sua prática afirmando que a psiquiatria e a psicologia admitem a existência de uma patologia, dita "homossexualidade ego-distônica", que significa o seguinte: o paciente não concorda com sua própria homossexualidade, e essa discordância é, para ele, uma fonte de sofrimento que poderíamos aliviar -por exemplo, conclui Alves Justino, reprimindo a homossexualidade.

De fato, atualmente, psiquiatria e psicologia reconhecem a existência, como patologia, da "orientação sexual ego-distônica"; nesse quadro, alguém sofre por discordar de sua orientação sexual no sentido mais amplo: fantasias, escolha do sexo do parceiro, hábitos masturbatórios etc. Existe, em suma, um sofrimento que consiste em discordar das formas de nosso próprio desejo sexual, seja ele qual for (alguém pode sofrer até por discordar de sua "normalidade"). Pois bem, nesses casos, o que é esperado de um terapeuta?

Imaginemos um nutricionista que receba uma paciente que se queixa de seu excesso de peso, enquanto ela apresenta uma magreza inquietante: ela tem asco da forma de seu próprio corpo, que ela percebe como enorme e que ela não aceita como seu. O nutricionista não tentará nem emagrecer nem engordar sua paciente, pois o problema dela não é o peso corporal, mas o fato de que ela discorda de si mesma a ponto de não conseguir enxergar seu corpo como ele é.

No caso da orientação sexual ego-distônica, vale o mesmo princípio: o problema do paciente não é seu desejo sexual específico, mas o fato de que ele não consegue concordar com seu próprio desejo, seja ele qual for. As razões possíveis dessa discordância são múltiplas. Por exemplo, posso discordar de meu desejo sexual porque ele torna minha vida impossível numa sociedade que o reprime (moral ou judicialmente) e cujas regras interiorizei. Ou posso discordar de meu desejo porque ele não corresponde a expectativas de meus pais que se tornaram minhas próprias. E por aí vai.

Nesses casos, o terapeuta que tentar resolver o problema confiando em sua visão do mundo e propondo-se "endireitar" o desejo de quem o consulta, de fato, só agudizará o conflito (consciente ou inconsciente) do qual o paciente sofre. Ora, é esse conflito que o terapeuta deve entender e, se não resolver, amenizar, ou seja, negociar em novos termos, menos custosos para o paciente. Em outras palavras, diante da ego-distonia, o terapeuta não pode tomar partido nem pelo desejo sexual do paciente, nem pelas instâncias que discordam dele.

Ou melhor, ele pode, sim, só que, se agir assim, ele deixa de ser terapeuta e vira militante, padre ou pastor.

Contardo Calligaris

Aumenta número de casos de depressão infanto-juvenil na última década

Excesso de compromissos e situações traumáticas, como separação dos pais e violência urbana, aparecem como as causas mais comuns para manifestação do distúrbio

depressão infantilNos últimos 10 anos, o índice de depressão infanto-juvenil praticamente dobrou, com incidência de 4,5% para 8%, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). As causas do transtorno podem ser várias, porém, situações traumáticas, violência urbana e o excesso de atividades aparecem entre as principais. O transtorno apresenta algumas especificidades de acordo com cada faixa etária: o adulto e o adolescente perdem o interesse pelo mundo; já nas crianças observa-se, além de apatia, impossibilidade de brincar e interagir com seus pares e, em alguns casos, surge a hiperatividade. Dentre os principais sintomas estão a alteração de humor, sono e apetite, além da perda de interesse pelo mundo.

Segundo a professora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ruth Cohen, pesquisadora do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Intercâmbio para a Infância e Adolescência Contemporâneas (Nipiac), a depressão infanto-juvenil, se não for tratada corretamente, pode desencadear psicopatologias como anorexia ou bulimia. Por isso, os pais devem estar atentos a rotina dos filhos, procurando observar mudanças de seu comportamento. Pesquisas mostram que, em situações mais graves, a combinação entre medicamentos – cuidadosamente prescritos e controlados – e psicoterapia pode ser muito eficaz. Em casos menos severos, porém, a psicoterapia e o apoio da família costumam ser suficientes.

Fonte: Psicologado.com

I Encontro de Psicologia Humanista de Santa Catarina

Programação da Semana da Psicologia 2009



Pela primeira vez, uma mobilização de várias instituições, participantes do Fórum de Entidades da Psicologia Catarinense, resultou em uma série de atividades conjuntas para comemorar o Dia do Psicólogo.
A profissão de psicólogo faz 47 anos, foi criada pela Lei 4.199 de 1962.
27 de agosto é a data a ser celebrada e em Santa Catarina ocorrerão várias ações artísticas, culturais e científicas. Os eventos já iniciarão no dia 23 de agosto, ampliando a visibilidade das diversas abordagens teóricas, áreas de atuação e entidades da Psicologia. Afinal, assim como Santa Catarina, que possui uma mistura de culturas e com peculiaridades regionais, a Psicologia é diversa e multifacetada.
A programação é composta por atividades promovidas pelas entidades individualmente e pelo Fórum. Todos os eventos deste folder são gratuitos, abertos ao público em geral e voltados para a participação da sociedade.
No dia 27 ocorrerão dois momentos importantes: a Psicologia com Você, uma atividade de acolhimento da sociedade e divulgação da profissão, e à noite o Psicólogo Fazendo Arte, uma iniciativa para demonstração de outros modos e expressão dos psicólogos. Ou seja, a Psicologia cada vez mais próxima da sociedade, como agente cultural de transformação.
A Psicologia está em todos os lugares, de forma organizada e qualificada, dê uma olhada!
Participe, tire suas dúvidas, aprofunde conhecimentos e saiba como a Psicologia pode contribuir com as comunidades.

Realizãção: Fórum de Entidades da Psicologia Catarinense


Programação - Semana do Psicólogo

Dia 23-08-2009 ---------------------------------------------------------------------

Evento: Trilhas Gestálticas - Canto dos Araçás à Costa da Lagoa, com Dennis Meneses
- Horário: 8h Local: (ponto de encontro 1) Instituto Müller Granzotto (Al. Gov. Heriberto Hülse, 98 – Centro, Fpolis)
- Horário: 9h Local: (ponto de encontro 2) TILAG – Terminal de Integração da Lagoa (Av. Afonso de Lambert Neto s/n – Lagoa da Conceição, Fpolis)
Entidade: Instituto Müller Granzotto Contato: (48) 3322-2122 ou 9960-9603 Rosane L. Müller Granzotto rosane@mullergranzotto.com.br www.mullergranzotto.com.br

Dia 24-08-2009 ---------------------------------------------------------------------

Evento: Minicurso - Saberes e Fazeres do Psicodrama
Horário: 14h às 18h Local: Clínica Locus (Rua Raul Machado, 60 – Centro, Florianópolis)
Entidade: Partner RH Consultoria Desenvolvimento e Prestação de Serviços
Contato: (48) 3222-1707 Vanessa Ribeiro locuspartner@locuspartner.com.br www.locuspartner.com.br

Evento: Roda de Conversa - Relação do Psicólogo com a Justiça e Novas Resoluções do CFP
Horário: 14h30 às 18h Local: Sede do CRP-12 (Rua Professor Bayer Filho, 11 – Coqueiros, Florianópolis)
Entidade: Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina
Contato: (48) 3244-4826 Flávia Haut cotec@crpsc.org.br www.crpsc.org.br

Dia 25-08-2009 ---------------------------------------------------------------------

Evento: Oficina de Teatro - O Espelho do Espelho, com Diogo de Oliveira Boccardi, psicólogo e teatro-educador
Horário: 19h Local: Instituto Müller Granzotto (Al. Gov. Heriberto Hülse, 98 – Centro, Florianópolis)
Entidade: Instituto Müller Granzotto Contato: (48) 3322-2122 ou 9960-9603 Rosane L. Müller Granzotto rosane@mullergranzotto.com.br www.mullergranzotto.com.br

Evento: Publicação de matéria sobre o Dia do Psicólogo em jornal
Entidade: Associação dos Psicólogos do Oeste de Santa Catarina - APOSC
Contato: (49) 33230531 ou 88019316 Roberta Forchesatto aposc_chapeco@yahoo.com.br

Evento: Vivência - A Diversidade em Cena
Horário: 20h às 21h30 Local: Clínica Locus (Rua Raul Machado, 60 – Centro, Florianópolis)
Entidade: Partner RH Consultoria Desenvolvimento e Prestação de Serviços
Contato: (48) 3222-1707 Vanessa Ribeiro locuspartner@locuspartner.com.br www.locuspartner.com.br


Dia 26-08-2009 ---------------------------------------------------------------------

Evento: Oficina de Música
Horário: 14h às 16h30min Local: IPAT (Rua Monsenhor Topp, 114 – Centro, Florianópolis)
Entidade: IPAT – Instituto de Psicologia e Acompanhamento Terapêutico
Contato: (48) 3024-5406 Fernando Brandalise www.ipat-psico.com

Evento: Fenomenologia, música e Gestalt, com Alberto Heller, pianista e compositor, Doutor em literatura, autor dos livros “Fenomenologia da Expressão Musical” e “John Cage e a poética do silêncio”
Horário: 19h Local: Instituto Müller Granzotto (Al. Gov. Heriberto Hülse, 98 – Centro, Florianópolis)
Entidade: Instituto Müller Granzotto Contato: (48) 3322-2122 ou 9960-9603 Rosane Lorena Müller Granzotto rosane@mullergranzotto.com.br www.mullergranzotto.com.br

Evento: Vivência - As Perdas e seus Danos
Horário: 18h às 19h30min Local: Clínica Locus (Rua Raul Machado, 60 – Centro, Florianópolis)
Entidade: Partner RH Consultoria Desenvolvimento e Prestação de Serviços
Contato: (48) 3222-1707 Vanessa Ribeiro locuspartner@locuspartner.com.br www.locuspartner.com.br

Evento: Reflexão - Esquizofrenia
Horário: 20h às 21h30min Local: Clínica Locus (Rua Raul Machado, 60 – Centro, Florianópolis)
Entidade: Partner RH Consultoria Desenvolvimento e Prestação de Serviços
Contato: (48) 3222-1707 Vanessa Ribeiro locuspartner@locuspartner.com.br www.locuspartner.com.br

Evento: Confraternização do Dia do Psicólogo, com jantar por adesão
Horário: 19h Local: Restaurante e Pizzaria Nativa (Avenida Fernando Machado, 214 – Centro, Chapecó)
Entidade: Associação dos Psicólogos do Oeste de Santa Catarina - APOSC
Contato: (49) 33230531 ou (49) 88019316 Roberta Forchesatto aposc_chapeco@yahoo.com.br

Evento: Jantar comemorativo, por adesão
Horário: 19h30min Local: Restaurante El Mexicano (Trav. Carreirão, 62 - Beira Mar Norte - Centro, Florianópolis)
Entidade: Associação Catarinense de Terapia Familiar – ACATEF
Contato: (48) 3225-2972 Maria Isabel Caminha acatef@acatef.com.br www.acatef.com.br


Dia 27-08-2009 ---------------------------------------------------------------------

Atividade: Psicologia com você
Distribuição de material informativo da Psicologia à população, realização de atividades
culturais e Psicodrama Público
Locais: - Criciúma - Praça Nereu Ramos, das 10h às 16h
- Chapecó - Praça Coronel Bertaso, das 11h às 15h
- Joinville - Praça Nereu Ramos, das 10h às 13h
- Blumenau - Praça Dr. Blumenau, das 10h às 16h
- Lages – Praça João Costa - Calçadão Central, das 15h às 17h
- Florianópolis - Largo da Alfândega, das 10h às 16h
Realização: Fórum de Entidades da Psicologia Catarinense

Atividade: Psicólogo fazendo arte
Às 19h, no Restaurante da Associação Atlética dos Servidores da UFSC
Av. Desembargador Vitor Lima, 183. Trindade – Florianópolis
Realização: Fórum de Entidades da Psicologia Catarinense
Parceria: UFSC - Departamento de Psicologia do CFH


Dia 29-08-2009 ---------------------------------------------------------------------

Seminário Regional do Ano da Psicoterapia

Evento que reúne contribuições de psicólogos de 12 regiões do Estado na construção de parâmetros éticos e técnicos para o exercício da Psicoterapia, com a participação de palestrantes convidados.
As contribuições deste Seminário Regional irão para o Seminário Nacional, em outubro.
Palestrantes convidadas:
- Profª. Dra Daniela Ribeiro Schneider - Doutora em Psicologia Clínica pela PUC-SP, experiência com ênfase em tratamento e prevenção psicológica, professora adjunta III da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina)
- Profª. Ms Eliana Vianna - Mestre em Psicologia pela PUC/RJ, professora universitária e supervisora de estágio da UFF (Universidade Federal Fluminense), aposentada, membro da diretoria nacional da ABEP
- Profª. Dra Julieta Maria de Barros Reis Quayle - Doutora em Psicologia Clínica pela PUC-SP, atuação em tratamento e prevenção psicológica, orientadora de doutorado e membro do colegiado do curso de Psicologia da Universidade Anhembi Morumbi (SP)
Horário: das 08h às 18h
Local: Auditório da FECOMÉRCIO (Rua Felipe Schmidt, 785 - Centro, Florianópolis)
Inscrições gratuitas no site do CRP-12: www.crpsc.org.br
Realização: Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina - CRP-12

Introdução à Psicologia Clínica

Escrito por Joviane Moura

A psicologia clínica engloba o estudo e tratamento de problemas de saúde mental: depressão, ansiedade, fobias, comportamentos de dependência (alcool, drogas), obsessivos e compulsivos, perturbações do comportamento alimentar, de personalidade, de comportamento infantil e etc.

Michel Foucault (1957) considera que as diferentes formas de fazer e pensar psicologia reúnem-se em torno de um projeto comum. Em “A psicologia de 1850 a 1950” (1957), Foucault analisa diferentes modelos existentes na psicologia deste período. Destaca que, ao contrário do que poderia ser suposto, as contradições entre seus objetivos e postulados, em vez de gerarem sua fragmentação, impulsionaram a construção de um projeto científico que diferenciou a psicologia de outras áreas da ciência. De sua ótica, o confronto de diferentes idéias e pressupostos criou, pouco a pouco, o caminho para que a psicologia descobrisse seu próprio estilo, a especificidade de seu objeto de estudo e, portanto, o seu projeto como ciência independente. Foucault define o projeto que une os diferentes modelos psicológicos como a construção de conhecimentos sobre um homem concreto, sobre seus conflitos, sofrimentos e patologias. Este projeto define-se, ainda, como a tentativa de, através de diferentes práticas psicológicas, “reapreender o homem como existência no mundo e caracterizar cada homem pelo estilo próprio a essa existência” (Foucault, 1957 p. 138).

Divã - Psicologia clínicaCom suas raízes históricas no projeto científico da psicologia, a área da clínica também se constituiu a partir da necessidade de conhecer a nova organização subjetiva que emergiu das profundas transformações ocorridas no século XIX e no início do século XX. Como uma área específica da psicologia, concentrou-se na investigação das patologias, dos sofrimentos e dos conflitos humanos e na criação de práticas psicoterápicas que auxiliassem os seres humanos a melhor lidar com suas dificuldades. Em torno deste projeto comum, diferentes abordagens clínicas se consolidaram. Contudo, a despeito das diferenças e especificidades que apresentam, todas elas demarcam os contornos de um domínio particular de investigação: o território do conflito subjetivo. Demarcam, ainda, um domínio específico de intervenção: o das práticas psicoterápicas.

É importante refletir sobre a impossibilidade de se pensar um psicólogo clínico que não seja social, pois toda e qualquer ação deste profissional, mesmo que seja executada sobre um único sujeito, será uma intervenção social. Isto porque este sujeito é constituído histórico-socialmente, ele existe em suas relações e por suas relações. Todas as máscaras que ele utiliza para representar a si mesmo são inventadas dentro de uma processualidade do vir a ser como possibilidades para sua atuação. (Silva, 2001)

É verdade que a clínica implica numa intervenção, mas é um equívoco pensá-la como mera aplicação de conhecimentos básicos; é verdade que o sentido da intervenção clínica se diferencia em alguns aspectos dos sentidos da intervenção educacional e organizacional, mas é um equívoco tratar a clínica como uma mera área de atuação, ou defini-la pela sua intenção curativa; é verdade que há um tipo de conhecimento que é produzido na clínica e só nela, mas é um equívoco tratar a clínica como mera área de conhecimento separada de outras áreas a partir de seus temas; há sem dúvida um método clínico de pesquisa – mas seria equivocado reduzir a clínica a um método de pesquisa. (Figueiredo, 1995: 37 e 38)

Referências

FIGUEIREDO, L. C. M. (1995). Revisitando as Psicologias: da epistemologia à ética das práticas e discursos psicológicos. São Paulo/Petrópolis: EDUC/Vozes.

FOUCAULT, M. A psicologia de 1850 a 1950. In, _________ Problematização do sujeito: psicologia, psiquiatria e psicanálise. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999.

SILVA, Édio Raniere da. Psicologia clínica, um novo espetáculo: dimensões éticas e políticas. Psicol. cienc. prof., dez. 2001, vol.21, no.4, p.78-87. ISSN 1414-9893.

Projeto Cultura Gestalt - Comemoração do Dia do Psicólogo



DIA 23 DE AGOSTO

TRILHAS GESTÁLTICAS: Canto do Araças à Costa da Lagoa
Com: Dennis Meneses
Ponto de encontro:
8:00h - Instituto Müller-Granzotto
9:00h - TILAG - Terminal de Integração da Lagoa
trilhasgestalticas.blogspot.com

DIA 25 DE AGOSTO

O ESPELHO DO ESPELHO: OFICINA DE TEATRO
Com Diogo de Oliveira Boccardi - Psicólogo e teatro-educador
Horário: 19:00h
Local: Instituto Müller-Granzotto

DIA 26 DE AGOSTO

FENOMENOLOGIA, MÚSICA E GESTALT
Com Alberto Heller - Pianista e compositor, Doutor em Literatura, autor dos livros "Fenomenologia da expressão musical" e "John Cage e a poética do silêncio"
Horário: 19:00h
Local: Instituto Müller-Granzotto

UFSC sedia 8º Encontro Catarinense de Saúde Mental

A UFSC promove de 31 de agosto a 2 de setembro o VIII Encontro Catarinense de Saúde Mental. O evento será realizado no auditório do Centro de Cultura e Eventos da universidade. Com o objetivo de promover a integração entre prática, pesquisa e produção do conhecimento, o encontro reunirá estudantes e profissionais da área da saúde mental, assim como usuários, familiares e interessados.

Durante os três dias serão realizadas palestras, mesas-redondas e oficinas, além da apresentação de trabalhos pré-selecionados. A programação completa pode ser acessada no site www.ccs.ufsc.br/spb/saudemental/programacao.htm . As inscrições deverão ser feitas na página www.ccs.ufsc.br/spb/saudemental/inscricoes/inscricao/index.html.

“Uma realização como esta demonstra a solidez do trabalho da UFSC como líder social e reconhece a nossa universidade como protagonista na área da saúde mental”, afirma o professor Walter Ferreira de Oliveira, um dos organizadores do evento. O VIII Encontro Catarinense de Saúde Mental é organizado pelo Grupo de Pesquisas em Saúde Pública e Mental (GPPS) da UFSC em parceria com a Associação Brasileira de Saúde Mental – Regional de Santa Catarina (Abrasme – SC).

Sobre o grupo de pesquisa:
O Grupo de Pesquisas em Saúde Pública e Mental foi formado em 2002 por pesquisadores do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFSC. O principal objetivo do grupo é conduzir estudos no âmbito dos sistemas públicos e privados de saúde, particularizando a área da saúde mental. Atualmente, o GPPS congrega pesquisadores, estudantes e membros das comunidades, que realizam um trabalho de desenvolvimento de políticas de saúde e difusão do conhecimento relacionado com as políticas sociais no país.

Mais informações:
e-mail: encontrodesaudemental@yahoo.com.br
Walter Ferreira de Oliveira – walter@ccs.ufsc.br
Página do evento - www.ccs.ufsc.br/spb/saudemental

GRUPO DE ESTUDOS NOÇÕES BÁSICAS DA TEORIA PSICANALÍTICA

DURAÇÃO: 11 encontros
INÍCIO: 12 de agosto de 2009
LOCAL: Sede do CEPSC

Avenida Rio Branco, 380/307 - Ed. Barra Sul - Centro
Fone: 3223-6422

HORÁRIO: 18:00h até 19:30h
INVESTIMENTO: R$ 25,00 mensais

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:

De 29/07 A 10/08/09 - fone 3223-64 22 horário comercial.


COORDENADORA
MABEL FRANCO PINTO
E-mail: mabelfranco@terra.com.br
www.cepsc.org.br

Dica de Leitura.

- Henry Gustav Molaison - O homem sem lembranças

- MS divulga retrato do comportamento sexual do brasileiro

- Abuso sexual: uma problemática brasileira

- Psicopatia

Autoajuda não beneficia pessoas com baixa autoestima

Repetir pensamentos positivos para si pode acabar tendo efeito contrário ao desejado em indivíduos com baixa autoestima, afirma um estudo de pesquisadores canadenses.

Segundo o estudo, frases encorajadoras e positivas a respeito de si funcionam apenas para quem já tem autoestima alta.

baixa auto-estimaOs pesquisadores das universidades de Waterloo e de New Brunswick pediram a participantes do seu projeto que repetissem para si mesmos a frase “sou uma pessoa adorável”. Depois, eles analisaram a impressão dos participantes sobre si.

No grupo com baixa autoestima, os que tentaram este recurso de autoajuda se sentiram piores do que antes. Já pessoas com alta autoestima se sentiram – levemente – melhores após repetir o mantra positivo.

Os psicólogos pediram então que os participantes listassem pensamentos positivos e negativos a respeito de si. Eles descobriram que, paradoxalmente, aqueles com baixa autoestima se sentiam melhor quando podiam ter pensamentos negativos a respeito de si, e não quando eram obrigados a se focar nos pontos positivos.

Em um artigo na revista científica Psychological Science, os cientistas sugerem que, assim como elogios exagerados, asseverações puramente positivas tais como “eu me aceito completamente” podem produzir pensamentos contraditórios em indivíduos com baixa autoestima.

“Repetir afirmações positivas pode beneficiar algumas pessoas, como indivíduos com alta autoestima, mas sair pela culatra no caso das pessoas que mais precisam deles”, afirmou a psicóloga que coordenou a pesquisa, Joanne Wood.

Ela destacou, entretanto, que os pensamentos positivos funcionam como parte de uma terapia mais ampla.

A ideia de que as pessoas devem “se ajudar” a fim de se sentir melhor foi elaborada há 150 anos pelo médico escocês Samuel Smiles. Seu livro sobre o tema, que trazia orientações como “os céus ajudam aqueles que se ajudam”, vendeu 250 mil cópias.

Fonte: BBC BRASIL