Dicionários Virtuais

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A Cristini Barreto achou esse dicionário dentro da biblioteca virtual.
http://henrydunant.estacio.br/dicionario/psico/indice.asp

Dicionário de psicologia on line‏
http://www.alppsicologa.hpg.ig.com.br/dicionarioL.htm

Obrigada Cristini!

Temperamento explosivo: como utilizá-lo de maneira eficiente na carreira?

O que se recomenda é que profissional "esquentado" faça um esforço para entender o ambiente ao seu redor

Advogado, médico, jogador de futebol, enfim, em qualquer profissão, sempre existirá um indivíduo de temperamento explosivo, de gênio forte e que não tenha costume de medir suas palavras.

"As pessoas têm características de personalidade que as diferenciam das outras. Elas [as características] são atributos pessoais, nem mérito nem defeito", afirma o presidente da consultoria Lens & Minarelli e membro do conselho deliberativo da ABRH-SP (Associação Brasileira de Recursos Humanos), José Augusto Minarelli.

Segundo o executivo, o que se recomenda nesses casos é que o profissional faça um esforço para entender o ambiente ao seu redor, e que consiga domar esse sentimento.

Boas vibrações

No entanto, não é só de "lamúrias" que vive o profissional explosivo. Sendo assim, ele pode colocar em prática todo o seu fervoroso potencial.

"Muitas situações requerem pessoas corajosas, rápidas e agressivas, de forma a intimidar as outras pessoas ou a promover a mobilização da equipe. Tudo, é claro, depende muito do momento", analisa Minarelli.

Fato consumado é que o "esquentadinho", notório por suas ações, sempre corre o risco de arrumar uma boa briga, ainda mais quando do outro lado está um profissional igualmente nervoso.

"O relacionamento entre as pessoas é feito na base do cuidado. Sem isso, você vive arrumando encrenca. Ele tem de saber administrar a encrenca, admitindo que se precipitou em uma ocasião, pedindo desculpas, enfim, tem de saber se retratar", afirma Minarelli.

Busca explosiva

Existe uma linha muito tênue a ser traçada na vida do profissional mais explosivo. O membro da ABRH-SP exemplifica um caso sobre a contratação de um executivo. Na ocasião, ele havia sido chamado para "aparar as arestas" da companhia, cujo momento era de "balbúrdia" entre os funcionários.

Pelo fato de ser um indivíduo explosivo, este profissional conseguiu solucionar os problemas da empresa instaurando ordem e disciplina. Feito isso, ele foi convocado para uma reunião com a diretoria. Minutos depois ficou sabendo que seria desligado do cargo, pois a empresa havia recuperado a estabilidade e já vivia momentos de calmaria.

"Se você é esquentado, procure seu nicho de trabalho. Caso você não tenha condições de trocar de trabalho, policie-se, avalie o contexto ao seu redor. O principal risco nessa hora é perder o emprego", diz o executivo.

"Momento zen"

Quando questionado sobre qual exercício fazer para controlar esse sentimento de nervosismo, Minarelli indicou o tradicional: "Respire, conte até dez ou dê uma volta para abaixar a adrenalina".

Fonte: ADM NEWS
http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/temperamento-explosivo-como-utiliza-lo-de-maneira-eficiente-na-carreira/37247/

by jack

No último ano da faculdade, ainda dá para conseguir um estágio?

no último ano sem estágio não é uma situação confortável, mas especialistas garantem que não deve ser motivo de desespero

“No último ano de faculdade, as vagas de estágio somem”. Qual estudante já não ouviu essa afirmação? Entrar no último ano sem estágio não é uma situação muito confortável, mas especialistas garantem que ela não deve ser motivo de desespero.

Mesmo assim, nessa fase, dúvidas pairam na cabeça de qualquer formando desempregado. Afinal, será que ainda dá tempo de buscar um estágio?

É difícil ou não é?


Como o de trabalho, esse mercado vai muito bem, na avaliação da consultora da Cia de Talentos, Monica Mayol. “Esse mercado está aquecido e não existem fatores fortes que pesem contra ou a favor do estudante que está no último ano”, afirma.

Para Monica, para aqueles que estão iniciando o último ano de faculdade, é até mais fácil encontrar uma vaga de estágio. “Porque, diferentemente dos estudantes de outros anos, o que está iniciando o último está mais maduro”, acredita. Para aqueles que têm menos de um semestre para concluir o curso, porém, a situação é mais complicada. “Nesse caso, o gestor sabe que não poderá contar com esse estagiário por muito tempo”.

A supervisora de Relacionamento com Instituições de Ensino do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), Laura Alves, por outro lado, não acredita que os formandos tenham mais dificuldades de encontrar estágio. Contudo, eles também não têm muito a seu favor. “Não é que no último ano seja mais difícil, é que existe uma preferência das empresas por contratar estudantes que estão na metade do curso”, diz.

Essa preferência deve-se ao próprio processo de encontrar o estagiário “ideal”. Os processos, principalmente de grandes empresas, demandam tempo e recursos. Por isso, quando são feitos, visam encontrar estudantes que tenham possibilidades de se desenvolver a ponto de serem efetivados.

E, para se desenvolver, é preciso que o estudante fique um período razoável na empresa. Pela nova lei do estágio, o estudante pode ficar, no máximo, dois anos em uma empresa na condição de estagiário. “O estágio é um instrumento de identificação de talentos. Então, quanto mais tempo o estudante tiver para se desenvolver na empresa, melhor”, acredita Laura.

Em busca de oportunidades

Somente no estado de São Paulo, existem mais de 2,7 mil vagas de estágio sendo ofertadas pelo CIEE. Grande parte dessas vagas, explica Laura, é dirigida para estudantes de cursos mais tradicionais, como Administração, Economia, Direito e Engenharia. E essas vagas, na avaliação da supervisora, são para estudantes de todos os anos.

Por isso, o estudante não precisa se desesperar, se estiver no último ano, nem descartar a possibilidade de conseguir uma vaga de estágio. Nessa fase, Laura, do CIEE, acredita que os estudantes devem abraçar todos os recursos que visem a colocação no mercado, seja por meio de estágio ou até uma vaga de efetivo. “Ele tem de verificar as duas possibilidades e buscar oportunidades, levando em conta que o estágio é a porta de entrada para o mercado”, reforça.

Contudo, para Monica, da Cia de Talentos, mesmo no último período, o estágio ainda é opção mais segura que a procura por uma vaga como efetivo. “Por meio do estágio, o estudante aprende e contribui para a empresa. Se ainda não formado ele entra como efetivo, a expectativa da empresa é maior, porque o estudante será cobrado como um profissional”, alerta.

E para aqueles que nem pensam em estágio, as especialistas alertam: para entrar no mercado de trabalho, esses estudantes vão ter de se esforçar mais. “O estágio é um diferencial, em algum momento ele vai ter de fazê-lo”, alerta Monica. “O estágio pode acontecer, mesmo ele estando no último ano ou semestre, mas o estudante tem de buscar as oportunidades”.

Fonte: texto Por Camila F. de Mendonça
http://www.administradores.com.br/informe-se/noticias-academicas/no-ultimo-ano-da-faculdade-ainda-da-para-conseguir-um-estagio/37246/

by jack

Por que as campanhas antifumo não funcionam

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Que fumar é prejudicial à saúde, todo mundo sabe. Inclusive os milhares de fumantes que, apesar de todo esforço publicitário governamental contra o fumo, continuam consumindo seus maços de cigarro por aí... Mas você sabe por que estas camapanhas anti-tabagistas não funcionam?!


Esta não é uma resposta simples, vários fatores concorrem para que o indivíduo não consiga ou não tenha vontade de parar de fumar. Entretanto, se pensarmos apenas no foco que as campanhas anti-fumo tem tomado no país, podemos entender um pouco das causas deste insucesso.


Você já reparou que a maioria (senão todas), destas campanhas tenta frear o consumo de cigarros ativando o sentimento de MEDO dos consumidores? Medo de ter câncer, de ficar impotente, de gerar um filho com problemas, etc, etc, etc, etc... Mas qual o real impacto do medo no comportamento das pessoas?


As pesquisas indicam que o medo pode tanto aumentar como diminuir a persuasão. Aparentemente existe um nível de medo "ótimo", que é capaz de estimular o comportamento do indivíduo. Quando as consequências negativas são severas demais, o indivíduo pode negar tanto a existência do problema quanto a importância da solução, por mecanismo de defesa. os mecanismos de defesa mais comuns são:


Evitar a mensagem


Minimizar a severidade do assunto


Ter uma percepção seletiva da mensagem


Negar a importância para si.


É exatamente o que vemos ocorrer em relação aos avisos do ministério da saúde no verso dos maços de cigarro. Já virou até motivo de chacota, as pessoas "escolhem" qual figura elas querem, ou então simplesmente viram a embalagem para não ficarem olhando para as fotos. Por que? Porque elas olham aquilo, acham que é uma desgraça muito grande e simplesmente não acreditam que aquilo possa scontecer com elas. Com os outros sim, mas com elas....


Na verdade essa tendência de evitar o incômodo das mensagens anti-fumo, ajuda a aumentar a venda de cigarreiras, que hoje em dia, com o desenvolvimento do design, tem se tornado objeto de desejo de muitas pessoas. Algumas se tornam colecionadoras, inclusive. Na Europa esta tendência é muito forte entre os jovens, que "disputam" quem tem o objeto mais legal.


Um apelo com baixo grau de medo iria beneficiar mais em elaboração sobre as consequências negativas (pois não "ativaria" tanto o mecanismo de defesa), e motivaria os receptores a procurar uma solução. Outra opção seria o uso do humor e vergonha ao invés de medo (as pesquisas indicam que são emoções mais persuasivas, mas isso fica pra outro post....).


Bom, independente de se as campanhas conseguem ou não convencer as pessoas de que o cigarro realmente faz muito mal à saúde, nós sabemos que de fato fazem. Portanto, se vc quiser saber sobre os malefícios deste vício, como a nicotina age em seu cérebro e principalmente o que fazer para parar de fumar, sugiro que acessem o blog da minha amiga Sofia no http://sofiabauerpsiquiatria.blogspot.com/2010/08/semana-contra-o-tabagismocoisas-de-mae.html.

Fonte: http://renatalivramento.blogspot.com/

by jack

Fumantes gastam cerca de R$ 1,5 mil por ano só com cigarro

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De acordo com um levantamento feito pela Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab), o gasto com cigarro para um casal de fumantes pode chegar a R$ 1.495,20 por ano.

Na região Sudeste, as cifras podem alcançar R$1.543,20. A pesquisa, feita com base nos valores de 2008, reitera que o gasto médio dos fumantes por ano equivale a quase quatro salários mínimos (R$ 415,00 à época).

O levantamento ainda compara o montante despendido em cigarros anualmente com preços de eletrodomésticos, como TV de LCD de 32 polegadas (R$ 1.469,00, preço médio), um computador (R$ 1.300,00), ou uma geladeira duplex (R$ 1.400,00).

De acordo com o PETab, o gasto médio mensal com cigarros industrializados de fumantes acima dos 15 anos no Brasil foi de R$ 55,50. O estudo ainda aponta um aumento na possibilidade de consumo de cigarros por ano. Com base no preço mínimo do produto no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2008 seria possível adquirir 150 maços de cigarro mensais, número superior aos 112 maços em 2003 e 83 maços em 1996.

Perfil do fumante
Apesar de apontar cifras altas no consumo do cigarro, o perfil do fumante médio tem ficado mais pobre. Segundo o Banco Mundial e o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, os maiores percentuais de fumantes no Brasil foram encontrados na população sem instrução, com 25,7%, e entre as pessoas de menor renda (21,3%).

Fonte: Terra
http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201008301737_RED_79240056

by jack

Projeto proíbe consumo de bebida alcoólica em áreas públicas

27/08/2010

Depois das restrições ao cigarro, chega a vez das bebidas alcoólicas. O Projeto de Lei 7776/10, do deputado Dr. Talmir (PV-SP), em tramitação na Câmara, define o consumo de bebidas alcoólicas em áreas públicas como contravenção penal. De acordo com a proposta, lugares são “todos os logradouros públicos de livre acesso", como ruas, praças, passeios, parques, jardins e praias.

A punição para quem desobedecer a determinação, segundo texto do projeto, vai de prisão simples de 10 dias a um mês, ou multa. O PL altera a Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei 6.688/41).

O texto define bebida alcoólica como aquela com concentração igual ou acima de meio grau Gay-Lussac, informa a Agência Câmara. Essa é a quantidade de álcool contida em 100 mililitros de uma mistura com água.

O deputado afirma que especialistas são praticamente unânimes em relacionar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas a acidentes de trânsito e crimes violentos. Para ele, "cabe ao Estado impor severas restrições ao consumo de bebidas alcoólicas, sobretudo para desestimular o hábito de ingeri-las em excesso ou de forma abusiva". O projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, e depois seguirá para o plenário da Câmara.

Fonte: Terra Notícias
http://twitter.com/terranoticiasbr

Jovens do sexo feminino começam a fumar antes, revela pesquisa

30/08/2010 | 11h46min


Jovens do sexo feminino começam a fumar antes, revela pesquisa
Brasileiros de até 30 anos começaram a fumar, em média, aos 17
Estudo divulgado hoje revela que a proporção de jovens do sexo feminino que começa a fumar antes dos 15 anos é 22% maior do que a dos homens, em todas as regiões do país. Os dados sãos da Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab), do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Os resultados revelaram ainda que a geração de brasileiros nascida a partir da década de 80, ou seja, que hoje tem até 30 anos, começa a fumar, em média, aos 17 anos. No Nordeste e no Centro-Oeste, a proporção de jovens que começa a fumar antes dos 15 anos é maior do que nas outras regiões.

A análise dos dados da PETab, que marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado no dia 29 agosto, foi realizada como parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD 2008), do IBGE, e tem por objetivo fornecer informações para subsidiar a política nacional de controle do tabaco.

Os jovens são a parcela da população que menos procurou algum tipo de ajuda para deixar de fumar, apesar de 48% das pessoas dessa faixa etária terem relatado pelo menos uma tentativa de parar de fumar nos últimos 12 meses.

Chama a atenção o fato de, entre os jovens, os homens fumarem 2,5 vezes mais do que as mulheres. Entre as outras faixas etárias da população essa proporção é menor. Uma das explicações para isso é o fato de que as mulheres param de fumar numa proporção duas vezes maior do que a dos homens.

A PETab foi feita em 51.011 domicílios, entrevistando fumantes, não fumantes e ex-fumantes. O trabalho, que é a mais completa pesquisa feita sobre tabagismo no Brasil, foi realizado em outros 13 países. Internacionalmente, a pesquisa é conhecida como Global Adult Tobacco Survey (Pesquisa Global de Tabagismo).

Uma das informações mais relevantes da pesquisa, em relação à juventude, é a constatação de que os jovens são mais sensíveis à propaganda pró-tabaco do que os adultos – 48,6% dos jovens relataram ter percebido propaganda pró-tabaco ante 38,7% dos adultos.

Esse resultado pode indicar que existe um esforço da indústria para atingir os indivíduos com 24 anos de idade ou menos nas ações de promoção e propaganda de produtos do tabaco. Isso fortalece a necessidade de criar estratégias de informação sobre controle do tabaco junto aos jovens por meio de formatos e conteúdos diversificados.

Fonte: BEM ESTAR

by jack

Parar de pensar em cigarro não ajuda o tratamento do vício

21/8/2010

Ontem(29/08) Foi o dia do combate ao fumo e ai está matérias sobre..


DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE

Assim como acontece com uma música grudenta, que não para de tocar dentro da cabeça mesmo quando se tenta "virar o disco" à força, não há fórmula mágica para esquecer o cigarro.

Psicólogos ingleses publicaram na revista "Psychological Science" uma pesquisa que testou a surrada estratégia de quem tenta parar de fumar: pensar em qualquer coisa que não seja cigarro.

Entre três grupos de fumantes, um deles deveria reprimir todos os seus pensamentos sobre o cigarro. Outro foi encorajado a pensar sobre o fumo e a se expressar sobre isso também.

Resultado: na segunda semana do experimento, na qual tentaram não pensar no cigarro de propósito, as pessoas realmente fumaram menos. Foram 116 cigarros em média para cada um.

Mas, na semana seguinte, fumaram ainda mais (123) do que na primeira, quando o consumo médio do grupo era de 121 cigarros.

TIRO PELA CULATRA

Para os autores, os resultados sugerem duas conclusões. A primeira é que o bloqueio de pensamentos incômodos tem um efeito contrário. Há um sucesso temporário, mas a estratégia se revela um tiro pela culatra.

O nível de estresse das pessoas que deveriam reprimir pensamentos subiu muito durante a semana em que essa tarefa lhes foi imposta.

A segunda conclusão é que a redução temporária do número de cigarros durante essa semana de supressão de pensamentos leva as pessoas a acreditar que esse método é eficaz, reforçando um comportamento que pode ser prejudicial para o objetivo.

Segundo a psicóloga Sílvia Cury Ismael, do programa de assistência integral ao fumante do HCor, a repressão não ajuda mesmo. O melhor é tentar tirar o fumante do piloto automático e ajudá-lo a avaliar os motivos que o levam a acender o cigarro.

"Usamos a técnica do adiamento. Quando ele vai pegar o cigarro, pedimos que espere mais cinco ou dez minutos, para que a vontade passe. Nisso, ele acaba demorando mais para acender o próximo e vai reduzindo a quantidade de cigarros fumados por impulso", afirma.

Juliana Moysés, psicóloga do programa PrevFumo da Unifesp, diz que o importante é treinar o fumante para lidar com as situações em que ele recorre ao cigarro, como momentos de estresse ou quando bebe, por exemplo.

"Treinamos a habilidade para enfrentar dificuldades. Ensinamos técnicas de confronto de pensamentos, não de repressão." Se o pensamento no cigarro emerge, a pessoa deve lembrar que por mais que ele tenha sido importante antes, seu papel é só figurativo, não resolve.


Fonte: Folha.com

by jack

Bullying: a agressão dissimulada

27/8/2010


Quem, atualmente, não conhece ou conheceu alguém que foi duramente discriminado, seja por um apelido, por um comportamento, ou por um mero acontecimento isolado?

Então, se tanta gente é vítima disso, será que não estaríamos também sendo algozes sem perceber? Não seria o caso de adotarmos o simples exercício de “nos colocarmos no lugar do outro”?

Para quem ainda não sabe o que é isso, bullying é uma situação que se caracteriza por atos agressivos verbais ou físicos de maneira repetitiva contra alguém. O termo em inglês refere-se ao verbo "ameaçar, intimidar”.

Se, cada vez mais adultos reclamam de bullying, imagino como está a vida das crianças.

Infelizmente, cresce o número de crianças que estão sofrendo de bullying em nossa sociedade. Quando o agressor é também uma criança – talvez um pouco maior - tende a ser daquelas com dificuldades de lidar com a imposição de limites e que, não raro, têm como modelo a agressão dentro de seu próprio lar, através dos pais.

A vítima costuma ser uma criança mais introspectiva, retraída, na grande maioria das vezes com baixa auto estima e, consequentemente, com dificuldades de reagir ou até de reclamar com alguém.

Raríssimas são as escolas que não têm crianças ou adolescentes sofrendo bullying.Porém, a grande maioria se cega frente a esses fatos e os justifica como “brincadeiras de crianças”.

Dados recentes mostram a disseminação do bullying por todas as classes sociais e apontam uma tendência para o aumento rápido desse comportamento com o avanço da idade dos alunos. Diversos trabalhos internacionais têm demonstrado que a prática pode ocorrer a partir dos 3 anos de idade, quando a intencionalidade desses atos já pode ser observada.

É importante e fundamental uma relação estreita entre pais e escolas, para esse tipo de prática ser evitada. Os pais têm a obrigação de educar seus filhos, falar a respeito desse tema e punir a criança que pratica bullying. As escolas têm a função de monitorar este tipo de comportamento, sinalizando imediatamente aos pais, além de abordar o assunto com os seus alunos.

É importante saber que uma criança agredida pode ter danos emocionais irreparáveis, levando-a, infelizmente, a situações como evasão escolar, depressão ou até suicídio.

Vale ressaltar que, o jovem que pratica bullying hoje, se não for bem educado e eventualmente punido por seus pais, terá grande probabilidade de se envolver em violência doméstica, alcoolismo, drogas, assédio moral no trabalho, etc, justamente por não ter desenvolvido a valorização das boas condutas morais, ou seja, cresce com a falsa percepção de “tudo posso”.


Isso, além de espalhar revolta entre os outros, ainda pode voltar-se contra ele; já que, daqui para a frente, o bullying será cada vez menos aceito pela sociedade.

Por: Alessando Vianna
http://www.plenamulher.com.br/colunas.asp?ID_COLUNA=303&ID_COLUNISTA=45

Pesquisa mostra que brasileiro é o que menos reconhece estresse

25/8/2010

Estudo comparou sete países. Enquanto no Brasil 36% se acham estressados, nos EUA taxa sobre para 79%
Fernanda Aranda, iG São Paulo
O brasileiro tem dificuldade em reconhecer um dos grandes ameaçadores da saúde e do bem-estar.
Uma pesquisa internacional comparou a autopercepção de estresse entre sete países e constatou que o menor índice de "estressados" está no Brasil. A avaliação dos especialistas, entrentanto, é que o dado mostra também a dificuldade em reconhecer o mal.
No total foram entrevistadas 50 mil pessoas de 23 nações e os dados já foram calculados em sete países. Entre os brasileiros (875 entrevistas), 36% afirmaram ter experimentado estresse de forma moderada a severa no último ano, taxa semelhante à identificada na Espanha (35%).
Nos outros países avaliados, porém, os índices são muito diferentes. Nos Estados Unidos, 79% declararam ter passado por estresse. Na China, 69%. Na França, 56% e na Holanda 62%. A Bélgica, por enquanto, foi a grande campeã de estressados, com 81%.
Apesar desta resposta sugerir um olhar afirmativo do brasileiro com relação ao próprio bem-estar, outros dados também mapeados pelo estudo reforçam que as mesmas pessoas que dizem estar livre do estresse afirmam sofrer de problemas que ameaçam a qualidade de vida.
Do total de entrevistados, 1/3 dos brasileiros declarou sofrer de privação de sono, com comprometimento do desempenho profissional e pessoal, um dos gatilhos do estresse. A maioria diz estar descontente com os salários e os custos de vida, sendo as questões econômicas as grandes responsáveis pelo estresse, na avaliação de 73% dos ouvidos. Quase metade dos entrevistados (46%) se considera acima do peso e a insatisfação estética também é apontada como influenciadora no estresse.
Otimistas e desiguais
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipsos, a pedido da empresa Phlillips, com o objetivo de conhecer melhor o mercado para desenvolver produtos de "homecare". Especialistas de áreas diferentes – dois engenheiros, uma médica, uma psicóloga, uma arquiteta – foram convidados para tentar desvendar esse comportamento dos brasileiros.
Marcelo Takaoka, engenheiro diretor do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável e pesquisador do Instituto Ethos, opinou que essa postura “mais otimista” do brasileiro é tradicional e cultural, o que pode ter interferido nas respostas sobre o estresse.
A médica Ana Maria Malik, especializada em medicina preventiva e fundadora da Sociedade Latinoamerciana de Qualidade em Saúde, acrescenta que, além de otimismo, outras características influenciam na percepção do estresse: a cordialidade e a “cuca-fresca” típicas do País. "Fatores determinantes nas relações com outros e no autocuidado", disse.
Já Oded Grajew, também engenheiro e fundador do Movimento Nossa São Paulo (ONG especializada em promover o bem-estar da cidade paulistana) acrescenta um componente determinante para os resultados mais amenos de estresse no país quando comparados aos de outras nações: “É muito difícil fazer qualquer média estatística em um País tão desigual. A desigualdade da qualidade de vida dos brasileiros, que é muito diferente no sertão do Ceará e no meio urbano de São Paulo, não é apresentada em nenhum outro país”, diz ao citar que este fator pode ter puxado a média para baixo.
A psicóloga Ana Cristina Limongi, diretora de Estudos e Pesquisas em Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho, acrescenta que o dado que mostra 36% de brasileiros estressados deve ser um ponto de partida para próximas análises, já que negligenciar o estresse é perigoso para a saúde.
“Temos uma nota politicamente correta em pesquisas de qualidade de vida que é a nota sete. Sempre em uma primeira avaliação feita em uma empresa, cidade, fábrica 70% dos entrevistados dizem que está tudo bem ou dão nota sete para os serviços oferecidos. Quando você vai investigar, nem tudo está tão bem assim", afirma.
"Não reconhecer o estresse ou uma situação é muito complicado porque ameaça a saúde. Por exemplo, todos os estudos sobre o assunto mostram que as mulheres são mais estressadas do que os homens. Acredito que é porque a gente grita mais, expõe mais, reconhece mais o estresse. Não manifestá-lo e não identificá-lo é ficar mais próximo de problemas cardiovasculares e até câncer.”

Fonte: Delas - IG
http://www.espacoholos.com.br/noticias_interna.aspx?id=93

by jack

O que é Psicopatia?

Um termo bem moderninho. Já ouvi falar na boca de várias pessoas como uma "giria" que o pessoal usa para dizer que a pessoa é anti-social. Mais sem nem saber o que estão falando.



O termo técnico que define Psicopatia com mais precisão seria Transtorno de Personalidade Anti-social. São as ditas “sociopatias”. É um distúrbio de grande complexidade no qual o indivíduo não consegue deixar de agir de maneira agressiva, predatória, provocativa ou contrária ao construto social. Além disso, ele não tem a propriedade de sentir remorso pelo sofrimento alheio. O fato de estar enquadrado como Transtorno Psiquiátrico de Personalidade não o livra de culpabilidade pelos seus atos. A própria intervenção terapêutica sobre os impulsos anti-sociais desses indivíduos inclui a sensibilização para as conseqüências de seus atos e para que se impliquem na moldagem de seu autocontrole.

FONTE: http://www.espacoholos.com.br/duvidas_interna.aspx?id=53

by jack

Médicos debatem especificações dos transtornos alimentares

ABBY ELLIN *
do New York Times

O ano era 1988. Eu era estudante do penúltimo ano da escola e estava no exterior, viajando sem destino por todo o Oriente Médio e Europa. Minha mochila estava cheia de shorts e camisetas, roupas de banho e sarongues, meu walkman e fitas da banda Grateful Dead. Ah, sim, claro, também uma balança, enterrada lá no fundo, embaixo da camada de meias. Como eu tinha sido uma adolescente gordinha --passei seis verões em um acampamento para jovens acima do peso--, tinha pavor de engordar.

Infelizmente, nada me dava mais prazer do que comer, algo que eu não deixei de fazer. Para manter uma aparência de controle, eu dividia minha dieta em Dias de Comida e Dias Sem Comida: isto é, dias em que eu consumia grandes quantidades de alimentos e dias em que eu policiava minha ingestão de calorias com precisão militar. A rotina mantinha meu peso sob controle (mais ou menos). Não importava que aquilo fosse maluquice.

Ninguém do centro de saúde da escola sabia o que fazer comigo. Obviamente, eu não era anoréxica; na verdade, eu era levemente cheinha. Não tentava eliminar os alimentos depois de tê-los comido, então a bulimia estava fora de cogitação. Para minha tristeza, os conselheiros disseram que não podiam fazer nada por mim e me mandaram continuar minha vida.

Hoje, provavelmente eu me qualificaria para um diagnóstico de "transtorno alimentar não especificado", geralmente conhecido pelo seu acrônimo do inglês, EDNOS. Na edição atual da publicação "Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders", o termo abrange praticamente todos os tipos de problemas alimentares que não sejam anorexia ou bulimia.

Apesar do nome menos familiar, o EDNOS é diagnosticado com frequência maior que os dois outros transtornos --em 4% das mulheres americanas todos os anos, segundo a Associação Nacional de Transtornos Alimentares (a associação não possui estatísticas envolvendo homens). Os subconjuntos dos EDNOS incluem transtornos de compulsão alimentar, purgação, síndrome do comer noturno, mastigar e cuspir a comida, e até ser demasiado exigente com a comida.

No entanto, o diagnóstico deixa muitos clínicos perplexos, que o chamam de ambíguo, vago e difícil de lidar. Assim, a Associação Americana de Psiquiatria está fazendo uma revisão geral de sua definição de EDNOS para a próxima edição do manual de diagnóstico, conhecido como DSM-5, previsto para ser publicado em 2013.

"O consenso é de que o termo EDNOS é amplo demais, ou seja, ele pode ser usado mais frequentemente do que o desejável, já que o rótulo não transmite muita informação específica", afirmou Dr. B. Timothy Walsh, professor de psiquiatria de Columbia e presidente do grupo de trabalho de transtornos alimentares para o novo manual.

Walsh afirmou que o painel estava "considerando várias formas de reduzir a frequência com a qual essa ampla categoria é usada". Todavia, pelo menos por enquanto, o EDNOS continua sendo o transtorno alimentar mais comum dos Estados Unidos. Um estudo de setembro de 2009 publicado no The International Journal of Eating Disorders descobriu que o EDNOS era muitas vezes um meio do caminho entre um transtorno alimentar e a recuperação ou, de forma menos comum, da recuperação para um transtorno alimentar total.

Dietas

Embora viajar com uma balança na mochila não seja um dos critérios, a preocupação com o peso e a comida é, assim como dietas crônicas severas, exagerar com frequência na alimentação, síndrome do comer noturno, transtorno da purgação e possivelmente a compulsão por exercícios. Se tudo isso soa um pouco vago --encontre uma única mulher que não esteja preocupada com seu peso ou corpo--, os psicólogos fazem uma distinção.

"A alimentação tem que estar perturbada de alguma forma, assim como o comportamento relacionado à alimentação", disse Ruth H. Striegel-Moore, professora de psicologia da Universidade Estadual de Montana. "Além disso, o problema tem de levar a algum tipo de impedimento. Por exemplo, algumas mulheres não frequentam festas porque se preocupam com o que vão comer".

"Se você está se restringindo tanto que isso afeta seu trabalho de forma negativa, você provavelmente se enquadra no EDNOS", afirmou.

Mesmo assim, muitos clínicos afirmam que o diagnóstico simplesmente é vago demais.

"Uma das dificuldades do EDNOS é que existe muita diversidade dentro da mesma categoria", explicou Craig Johnson, diretor do programa de transtornos de alimentação da Laureate Psychiatric Clinic and Hospital, na cidade de Tulsa, Oklahoma. "Pelo fato de haver diferentes apresentações com as quais nem todos os clínicos estão familiarizados, há o risco de que as pessoas que possuem transtornos alimentares e poderiam se beneficiar de tratamentos clínicos não saibam que têm um problema".

De fato, uma razão pela qual o painel de especialistas quer mudar as diretrizes é para ajudar os pacientes com problemas de alimentação a reconhecê-los, mesmo se não apresentarem nenhum dos sintomas tradicionais.

Kris Shock, por exemplo, usava laxantes e restringia seu consumo de alimentos por anos, mas nunca vomitava nem tinha compulsão alimentar, e seu peso estava no padrão. Ela só consultou um psiquiatra para o que ela e seu marido chamavam de "problema de alimentação" quando completou 31 anos, quando ficou viciada na pílula de emagrecer ephedra, como contou em recente entrevista.

Agora com 37 anos e diretora de um centro de assistência a crianças em Atlanta, Shock disse que, quando ela finalmente recebeu o diagnóstico de EDNOS, pensou: "Ah, estou doente o suficiente para receber ajuda e passar pela experiência de recuperação".

Planos de saúde

A maioria dos planos de saúde não cobre EDNOS (Shock refinanciou sua casa para pagar sua permanência de uma semana e meia num centro residencial de tratamento). Mesmo assim, pessoas com EDNOS possuem alto risco de desenvolver vários dos problemas que afligem anoréxicos ou bulímicos, incluindo osteoporose, ataque cardíaco, desequilíbrio hormonal e até a morte.

Com isso em mente, muitos médicos camuflam o diagnóstico apenas para que os pacientes possam receber cobertura do seguro. Uma pessoa que mastiga e cospe pode ser classificada como bulímica, disse Striegel-Moore; uma pessoa quase anoréxica seria classificada como portadora do transtorno da farra alimentar.

Clínicos afirmam que pacientes como esses muitas vezes precisam sentir que possuem um transtorno alimentar "real". "Muitos pacientes sentem esse estigma se sabem que receberam o diagnóstico de EDNOS: ‘Obviamente, não sou bom o suficiente para ser anoréxico‘", disse Nicole Hawkins, diretora de serviços clínicos do Center for Change, um centro de tratamento contra transtornos alimentares em Orem, Utah. "Tive muitas pacientes que sentiam que precisavam perder mais peso, para que não menstruassem e pudessem mudar o diagnóstico. As pacientes realmente sentem que têm de ‘aperfeiçoar‘ o transtorno alimentar para merecer tratamento".

Era assim que Stacey Taylor se sentia. Com 26 anos e professora do jardim da infância em Alexandria, Louisiana, ela contou que começou a fazer dieta aos 7 anos; aos 16, ela perdeu 31kg, e dali até os 25 anos ela vomitava e abusava de remédios para emagrecer, diuréticos e laxantes. Embora ela vomitasse de 3 a 11 vezes por dia, ela nunca foi classificada como bulímica porque não tinha compulsão alimentar, e seu peso nunca foi baixo o suficiente para ser considerada anoréxica.

"Os médicos olhavam para mim e diziam: ‘Você não parece ter um transtorno alimentar - vá para casa e coma algo‘", lembra-se, acrescentando que nem ela achava estar "doente o suficiente" para precisar de ajuda.

Alguns médicos afirmam que as exigências de peso deveriam ser eliminadas para todos os transtornos alimentares no novo manual de diagnóstico. Deb Burgard, especialista nesse tipo de transtorno em Los Altos, Califórnia, observa que as pessoas de qualquer peso ou massa corpórea podem fazer farras alimentares, regime ou colocar comida para fora de forma excessiva.

"Trabalhei com muitos pacientes com peso dentro do padrão e até gordinhos que realmente deveriam receber o diagnóstico de anorexia nervosa", disse Burgard, fundadora do Health at Every Size, uma abordagem que foca na saúde, em vez do peso. "Mas há uma confusão baseada no manual de diagnóstico atual envolvendo os critérios para o diagnóstico se o paciente não tem um IMC baixo - mesmo se o peso atual dele for extremamente baixo em relação a ele próprio e apresentar sinais de inanição".

Talvez a parte mais difícil de tratar o EDNOS é que a alimentação "normal" é um conceito bastante vago. A magreza tende a ser ideal, não importa como se atinge esse objetivo.

"O que o EDNOS realmente demonstra", disse Johnson, de Tulsa, "é que não temos diagnóstico empiricamente derivado na psiquiatria. Veja o caso da depressão. Em que momento ela deve ser considerada uma condição que precisa de tratamento? Quando se fala em hábitos alimentares, torna-se extraordinariamente complicado, pois todo mundo tem uma relação diferente com a comida, e geralmente ela é um pouco complicada".

* Abby Ellin é autora do livro "Teenage Waistland: A Former Fat Kid Weighs In on Living Large, Losing Weight and How Parents Can (and Can‘t) Help".


Fonte: Folha On Line

by jack

Diagnóstico precoce auxilia no tratamento de distúrbios de aprendizagem

Se uma criança não aprende a ler, escrever ou fazer cálculos matemáticos em um período de tempo considerado normal, não quer dizer que esteja atrasada. É possível que ela tenha algum tipo de transtorno de aprendizagem, problema que pode ter relação não só com fatores neurológicos, mas com questões culturais, um ensino deficiente ou falta de oportunidades.

O gênio da física Albert Einstein, a escritora de romances policiais Agatha Christie, o mestre do cinema de animação Walt Disney, o político britânico Winston Churchill e o paradigma do sucesso no mundo dos negócios Nelson Rockefeller fazem parte da lista de disléxicos famosos.

O transtorno na linguagem que esses personagens admitem ter sofrido na infância, e que os forçou a aguentar “chacotas” dos colegas de escola, não os impediu de vencer nos âmbitos mais distintos. Acredita-se que eles tinham dislexia, um dos transtornos da aprendizagem diagnosticados quando o rendimento do indivíduo em leitura, cálculo ou expressão escrita é substancialmente inferior ao esperado por idade, escolarização e nível de inteligência. A disfasia, ou perda parcial da capacidade de expressão, é uma das patologias associadas a esses transtornos, assim como o déficit de atenção, a dispraxia (que se manifesta na dificuldade de articulação de palavras ou frases) e a afasia (que é a perda completa da fala, geralmente em consequência de algum trauma).

Muito antes de chegar à conclusão de que uma criança tem esse tipo de transtorno, os pais devem ficar atentos a uma série de indicadores do desenvolvimento emocional prévio e da pré-linguagem, que estão contidas nos protocolos da Associação Internacional de Pediatria. Segundo os protocolos, aos quatro meses, o bebê estenderá os braços para que os adultos o tirem do berço e, aos cinco meses, começará a sorrir. Ao meio ano de vida, a criança deverá descobrir o princípio causa-efeito: o chocalho faz barulho quando o agita, e os adultos reagem quando se joga algo no chão.

Nessa mesma época, o bebê pode mostrar indícios de ciúmes se vê a mãe pegar outra criança nos braços, começará a temer desconhecidos, virará o rosto quando não estiver com fome e mostrará frustração quando não conseguir fazer o que quer, por meio do choro ou balbuciando. Aos oito meses, o bebê pronuncia sua primeira palavra, no geral, e as primeiras frases aparecem entre os 18 e os 24 meses.

Todos esses detalhes significativos costumam antecipar que o bebê chegará à idade escolar em ótimas condições para assimilar o que os professores ensinarão, mas os transtornos de aprendizagem podem surgir mesmo se não houver indícios no desenvolvimento emocional prévio. No entanto, o tempo entre a primeira palavra e as primeiras frases é muito importante para avaliar se há atraso.

Diagnóstico precoce auxilia no tratamento

- De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais, referência para profissionais da área, a taxa de evasão escolar de crianças ou adolescentes com transtornos de aprendizagem é, em nível global, de cerca de 40%.
- Os transtornos de aprendizagem devem ser diagnosticados e tratados principalmente porque podem estar associados a desmoralização, baixa autoestima e déficit em habilidades sociais.
- Quando o transtorno da leitura é associado a um quociente de inteligência (QI) elevado, a criança pode render de acordo com seus companheiros durante os primeiros anos escolares, e o problema pode se manifestar totalmente apenas no quarto ou quinto ano.
- O tratamento dos transtornos de aprendizagem requer a necessária colaboração entre pais, educadores e psiquiatras ou psicólogos infantis. Medicação e psicoterapia só são aconselhadas em casos mais graves. Para abordar esses transtornos, o mais recomendável é reeducar o menor na aprendizagem da leitura por meio de técnicas de reconhecimento de letras, do ensino através dos gestos e de exercícios de giros ou de correção da lateralidade (distinguir entre direita e esquerda).


Fonte: Jornal Zero Hora

by jack

Internação Psiquiátrica

A Internação Psiquiátrica é um recurso terapêutico atual e da maior importância para o tratamento de transtornos mentais. É uma poderosa ferramenta para a contenção e o manejo das alterações patológicas de comportamento. Além disso, protege o paciente e sua família dos sintomas destrutivos e oferece condições para a realização do tratamento.

A internação é um ato médico e por isso só pode ser indicada e assistida por um profissional qualificado. Sua prescrição obedece a critérios técnicos bem definidos e não pode sofrer interferências nem discriminações de ordem moral, religiosa, ideológica ou política. Tão pouco pode se dar com outro objetivo que não aquele que vise o bem estar do paciente e de sua família.

Ela é também um procedimento de alta complexidade. Exige um ambiente adequado, monitoração intensiva 24h por dia e uma equipe multidisciplinar bem treinada com capacidade para lidar com infinitas variáveis do comportamento humano.

O uso competente da Internação Psiquiátrica pode fazer a diferença entre o abandono e o tratamento. Ela é indicada para o manejo de alterações comportamentais que envolvam risco de agressão, risco de suicídio, resistência patológica em aderir ao tratamento, toxiprivação compulsória de álcool e drogas, inadequação sóciofamiliar patológica e aplicação supervisionada de medicamentos.

fonte: http://www.newspoint.com.br/preview/holos/hp/saibamais.aspx?id=21

by jack

Aula da Micheline desta sexta feira (20/08)

Mario:


O texto para sexta é: o trabalho do antropologo: olhar, ouvir, escrever
Obs: nao é necessario fazer uma resenha desse texto, apenas uma leitura para debate em sala.

Temos que levar na sexta, qual vai ser a nossa pesquisa, quem vamos pesquisar e onde, e ja levar alguns pontos, para tirar duvidas em sala.


Por Mario

Lembrando que é até hoje a inscrição!

Abertas as inscrições para Grupos de Trabalhos no Cepsi (CESUSC)

Estão abertas as inscrições para os Grupos de Trabalhos para o Centro de Produção de Saberes e Práticas em Psicologia (Cepsi) do Cesusc. As inscrições são limitadas e custam R$ 30,00. Podem participar acadêmicos de Psicologia e a comunidade em geral.

Os interessados têm até o dia 20 de agosto para fazer sua inscrição no Cepsi. O horário de funcionamento é segundas a quintas-feiras, das 11h às 15h30 e das 16h30 às 20h e sextas-feiras, das 8h às 12h e das 13h às 17h.

Mais informações pelo telefone (48) 3239-2656 ou cepsi@cesusc.edu.br



VALE CERTIFICADO!

TEM VAGAS PARA AULAS ONLINE!



Tem vários grupos divididos em 3 núcleos:

Psicologia e Políticas Públicas

-Saúde mental e reforma Psicquiátrica
-Psicologia e Saúde Pública
-Psicologia e Políticas Sociais

Subjetividade e Processos Clínicos

- A Clínica das Psicoses
- Modalidades da Transferência e o laço social

Habilidades Sociais, Cognição e Comportamento

-Comportamentos de coordenar equipes de trabalho
-Cérebro e comportamento adolescente
-Grupo Walden de Pesquisas Comportamentais e práticas pró-ambientais

mais informações em: http://www.cesusc.edu.br/index.php?opcao=verNoticia&idNot=98890592


Por Fernanda Wagner

Informativo aula micheline e site de livros

Informativo...

Aula da Micheline de hoje:

Texto: Observando o Familiar
A dona da voz e a voz da dona: a trajetória de Dona Ivone Lara

obs: Fazer uma resenha critica com os dois textos acima, ou seja, uma resenha comparativa dos dois textos.
entregar a resenha hoje....

ela faltou na sexta feira passada, por isso nao tem texto...


por Mario.


A Manu nos indicou "Estante Virtual"
que tem cadastrado os maiores sebos de todo o Brasil.
aqui está o link:

http://www.estantevirtual.com.br/mod_perl/busca.cgi?pchave=oscar+e+a+senhora+rosa&tipo=simples&estante=(todas+estantes)&alvo=autor+ou+titulo

por Manu

ESCUTANDO IMAGENS: Psicanálise e Cinema dia 27/08

Membro de Convergência, Movimento Lacaniano para a Psicanálise Freudiana

Convocante da Reunião Lacanoamericana de Psicanálise

Instituição Formadora – Cadastro CRP 00032-PJ







Um corpo que cai (Vertigo)

(Filme de Alfred Hitchcock)



27 de agosto – sexta-feira

19:30h








· Sinopse

Scottie, um ex-detetive de polícia de São Francisco, se aposenta após um acidente derivado de sua vertigem, seu medo de altura, durante uma perseguição. Gavin Elsterb contrata os serviços de Scottie para vigiar sua mulher Madeleine (Kim Novak), que possui tendências suicidas estranhas e segue uma rotina durante o dia que a própria não se lembra que fez. Só que tudo se complica quando a situação se mostra infinitamente mais complexa do que parecia ser à primeira vista.



Debatedoras: Ana Luisa Kaminski e Aline Veiga

Coordenação: Tania Mascarello



Local: Sede da Maiêutica

Rua Felipe Schmidt, 321 - sala 901 - Centro - Florianópolis - SC

Fone: (48) 3225 4678

Atividade aberta e gratuita



Maiores Informações:

Maiêutica Florianópolis - Instituição Psicanalítica

Rua Felipe Schmidt 321 – salas 901/ 902 – Centro

Florianópolis - SC - 88010-000

e-mail: maieuticafpolis@floripa.com.br

http://www.maieutica.com.br

Fone: (48) 3225 4678 - 14:30 as 19:30h.

Religião e psicanálise disputam espaço no inconsciente humano

POR MARCELO JUCÁ
colaboração para a Livraria da Folha



Autor diz que a religião não existe: existem religiões e o religioso

"Psicanálise e religião estão numa situação social em que são demandadas e em que se estabelecem", afirma o psicanalista Philippe Julien, autor do ótimo "A psicanálise e o religioso".

De forma direta e muito precisa, o psicanalista e professor de filosofia trama um ensaio envolvente, com frases pontuais e convidativas à reflexão.

Filosofar e questionar a religiosidade esquenta cada vez mais debates entre a especialistas e a sociedade. Não bastassem os vexames católicos, a desgraça geral que toma conta de todos os povos do planeta tem provocado a desilusão em massa.

"De fato, identidades culturais ou comunidades religiosas forneciam-lhe coordenadas claras e estáveis. Hoje, porém, sobretudo no Ocidente, a globalização, a economia de mercado, a tecnologia, o anonimato urbano, o desenraizamento generalizado e o declínio das autoridades familiares e públicas deixam o indivíduo perturbado e confuso", esclarece o autor.


Obra reúne as mais sórdidas e curiosas histórias dos pontífices


Como responder sozinhos aos sintomas que nos atingem?, questiona Julien. Entre toxicomania, abortos, impotência, assédios sexuais e violência gratuita, cada sintoma coloca uma indagação sem fim, porque nunca é possível livra-se dele sozinho.

"É por esse motivo que nas sociedades atuais, em que a modernidade levou a melhor, há uma demanda de sentido dirigida ao psicanalítico ou ao religioso. Mas então coloca-se a seguinte questão: que relação existe entre psicanálise e religião?", indaga.

A partir dos textos de Freud, Jung e Lacan, o autor desenvolve as ideias a partir das evidências escritas, da prática da psicanálise, do discurso religioso e da história em si, como fundamental personagem.

Além de unir três importantes pensadores, Julien une do mesmo modo três origens familiares diferentes, a judia (Freud), a protestante (Jung) e a católica (Lacan).

O livro não exige que o leitor seja um especialista no assunto. Exige, por outro lado, atenção e liberdade de pensamento para imaginar e questionar tudo o que está dito. De forma surpreendentemente concisa e objetiva,"A psicanálise e o religioso" é um texto para ser explorado, sem pressa, e com novos olhos.

*
"A psicanálise e o religioso".
Autor: Philippe Julien
Editora: Zahar
Páginas: 84
Quanto: R$ 19,00
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/774382-religiao-e-psicanalise-disputam-espaco-no-inconsciente-humano.shtml

Não ter amigos é tão perigoso como fumar, aponta estudo

DA EFE

Não ter amigos pode ser tão perigoso para a saúde como fumar ou consumir álcool em excesso, diz um estudo de cientistas americanos publicado nesta quarta-feira no site da revista "PLoS Medicine".

Os especialistas asseguram que o isolamento é ruim para a saúde e, no entanto, essa é uma tendência cada vez maior em um mundo industrializado no qual "a quantidade e a qualidade das relações sociais estão diminuindo enormemente".

Estudos prévios demonstraram que as pessoas com menos relações sociais morrem antes daquelas que se relacionam mais com amigos, conhecidos e parentes.

Aqui um vídeo da reportagem: http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/774539-nao-ter-amigos-e-tao-perigoso-como-fumar-aponta-estudo.shtml

by jack

Cachorros imitam donos automaticamente, diz estudo

DA NEW SCIENTIST

É comum dizer cachorros são parecidos com seus donos. Talvez a ideia não seja tão descabida: um estudo sugere que cães podem imitar as ações de humanos.

Pessoas normalmente copiam gestos daqueles ao seu redor. Por exemplo, bocejos induzem bocejos em observadores, e olhar para cima na rua encoraja outros a olharem na mesma direção.

Friederike Range, da Universidade de Viena, na Áustria, e colegas procuraram averiguar se as ações de cachorros também eram influencidas pelos humanos. Eles treinaram cachorros para abrir uma porta corrediça com a pata ou com a boca.

Um grupo de cachorros era recompensado quando utilizava o mesmo método que seu treinador para abrir a porta. O outro grupo recebia a recompensa quando usava um método diferente do do treinador.

Os pesquisadores descobriram que o segundo grupo precisou praticar mais para realizar corretamente a tarefa, o que sugere que cachorros estão sujeitos a imitação automática. Isso porque imitar automaticamente o treinador acabou interferindo com a realização correta da tarefa (no grupo que precisava usar um método diferente do do treinador).

A descoberta apoia a ideia de que animais sociais automaticamente imitam outros. No entanto, Thomas Zental, da Universidade do Kentucky, em Lexington, adverte que treinamento é necessário para trazer à tona essa característica.

O estudo foi publicado na revista "Proceedings of the Royal Society B".

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/bichos/776038-cachorros-imitam-donos-automaticamente-diz-estudo.shtml

by jacke

Por que sempre torcemos pelo time mais fraco?

"Quando esta página foi para a gráfica, a primeira rodada da Copa do Mundo 2010 ainda estava incompleta, mas os azarões Coreia do Sul e Gana já ameaçavam virar segundo time do mundo inteiro. Time do coração à parte, por que essa mania universal de torcer para o mais fraco?

Não é só uma impressão: esse comportamento foi comprovado em um clássico estudo dos economistas Jimmi Frazier e Eldon Snyder realizado em 1991. Os pesquisadores colocaram um cenário hipotético para 100 estudantes: dois times de um esporte não especificado, A e B, iam se enfrentar em uma melhor de 7 - nesse sistema, vence quem ganhar primeiro 4 partidas. Sabendo que o time A tinha o campeonato na mão, 80% dos estudantes escolheram o time B. Pior: informados que o time B supreendentemente havia ganho as 3 primeiras partidas, metade dos seus torcedores virou a casaca e passou a torcer para o agora desfavorecido A.

Frazier e Snyder explicam o efeito com o que se pode chamar de "economia emocional". O torcedor é antes de tudo um hedonista: quer sempre sentir o máximo de prazer possível. Se o seu time não está envolvido, você sempre vai fazer um cálculo inconsciente de custos e benefícios em busca de mais emoção - e a emoção inesperada (uma zebra) é sempre maior do que a esperada (torcer pelo melhor).

É por isso que, na experiência dos economistas, os estudantes mudavam de time sempre que os papéis de favorito e azarão se invertiam. O resultado nem importa tanto: se der zebra, lindo; se ele perder - tudo bem, você nem contava com isso."


fonte: http://super.abril.com.br/esporte/sempre-torcemos-pelo-time-mais-fraco-581779.shtml

by jack

O bullying é uma ameaça que se manifesta a partir de brincadeiras sem graça

Por André Zara


"Tudo que é diferente é visto com olho torto. Apesar de ainda estar no começo da minha pesquisa já ouvi muitos relatos pesados, de coisas inacreditáveis. As pessoas realmente ficam marcadas com as agressões físicas e psicológicas e muitas não conseguem superar. É impressionante o que a falta de respeito mútuo em uma escola pode causar. Eu mesma sofri com isso, mas hoje luto para que não aconteça com outras pessoas”, conta a professora Maria Dolores Alves.

A educadora trabalha em sua tese de doutorado pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo e realiza uma pesquisa inédita no Brasil sobre bullying. Em seu trabalho acadêmico, Maria Dolores quer investigar como essa prática afeta os estudantes com deficiência e descobrir como acabar com esse tipo de comportamento nas escolas. Iniciada em abril, a pesquisa já reuniu relatos de mais de 50 pessoas por meio da internet e espera recolher muito mais, pois sabe que quem é diferente corre riscos de ser hostilizado no ambiente escolar. Mas o que diferencia uma simples brincadeira ou desavença entre jovens do implacável bullying?

Motivos

Segundo a professora e pesquisadora Cleodelice Fante, o fenômeno não é novidade nas salas de aula, entretanto começou a ser mais discutido após eventos ocorridos no exterior. Casos de suicídios e de atiradores que assassinaram colegas trouxeram à tona os dramas de estudantes excluídos. A própria palavra é uma expressão da língua inglesa, que serve para classificar perseguições e violência entre alunos. Ela não tem uma tradução específica, porque muitas situações podem ser classificadas como bullying. Mas Cleodelice, que também é autora do livro “Fenômeno bullying”, explica que existem algumas formas para caracterizá-lo. “O mais importante é que ele é uma forma de violência moral ou física entre pares, sem provocação, em que o agressor tem a intenção de causar dano. Outro fato observado é que existe um grande desequilíbrio de poder: um grupo ou indivíduo mais forte agride um mais fraco”, explica a professora.

Como não há provocação, o fenômeno também é muito difícil de ser explicado. Afinal, o que leva uma criança a ser cruel com outra? Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), em 2002, envolvendo 5.875 estudantes de 5ª a 8ª séries, de onze escolas do município do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% desses alunos admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de bullying. Mais de 16% foram alvos das ações dos colegas, 12% foram autores e 10,9% sofreram e praticaram agressões.

Quando perguntado aos autores do bullying, por que eles faziam isso, a resposta mais dada foi que a ação “era engraçada”, seguido de “fariam o mesmo comigo”. Outra pesquisa, realizada em 2008 pela Universidade Católica de Brasília (UCB) com 202 alunos da 7ª e 8ª séries do ensino fundamental, de duas escolas públicas de Ceilândia (DF), descobriu que 16% dos agressores faziam porque “a vítima é diferente dos outros”. A análise também revelou que as crianças não contam sobre as violências sofridas para professores e familiares.
“O fenômeno reflete nossa sociedade. Tem um conjunto de causas que podem derivar do modelo e dos valores da escola, de uma família permissiva e da reprodução da mídia. São modelos aprendidos. As pessoas com deficiência são um grupo de risco, por serem mais vulneráveis ou, em caso de atraso mental, por não entenderem o que está acontecendo”, diz a professora.

Segundo Maria Dolores, os alunos com deficiência podem também sofrer violência física, o que ocorre principalmente com pessoas com atraso intelectual. “O bullying traz sofrimento para a vítima e acontece em todos os níveis. A intervenção de um adulto é necessária porque muitas vezes a violência pode levar a pessoa à depressão e até ao suicído”.

Reconhecer o perigo

Os pais devem ficar atentos aos sintomas para descobrir se o filho está sendo vítima do bullying. De acordo com as professoras, a criança pode manifestar mudanças de comportamento, problemas físicos e queda no rendimento escolar. “O importante é estabelecer um diálogo. Se perceber que seu filho está sendo agredido, vá até a escola, exponha a situação, e exija que a instituição tome uma providência. O pior jeito de lidar com situação é ignorando-a”, confirma Cleodelice Fante.

Preocupado com o assunto, o Ministério Público de Santa Catarina criou em janeiro de 2009 um programa de combate ao bullying no Estado. A ideia é impedir agressões nos colégios e promover palestras para conscientizar as escolas. Em casos graves, o órgão governamental recomenda levar o fato até o Conselho Tutelar da cidade e em último caso até a uma delegacia.

Infelizmente, o bullying ainda é uma realidade, como foi o caso de um colégio estadual no bairro de Itaquera, zona leste de São Paulo. Em 2006, Daniela Chalegre, mãe de Pedro Roberto, um menino autista com 12 anos, foi matriculado nessa escola, que o recebeu pela pura obrigação de inserir um aluno com deficiência. Aceitar a matrícula não significa incluí-lo, tanto que o garoto sofreu bullying por parte dos colegas de sala e da professora. “Foi nessa escola que encontrei todas as dificuldades possíveis para o meu filho”, afirma.

De acordo com Daniela, no segundo dia de aula, Pedro chegou em casa com hematomas pela perna. No terceiro dia, a diretoria da escola a chamou para uma conversa. Quando Daniela entrou no prédio, e passou pelo pátio, se deparou com uma cena deplorável: seu filho estava sendo esmurrado por 6 crianças e não havia nenhum funcionário por perto. Ao conversar com a professora, teve outra situação desagradável, a docente disse que não era de acordo que Pedro estudasse com alunos “normais” e que a tese de sua monografia de pós-graduação era justamente contra a matrícula de alunos com deficiência em escolas regulares. Para completar, a diretora disse a mãe que não via a hora de Daniela tirar o filho daquela escola. “Eu conversei com todos os responsáveis, mas nada foi feito. Eu e meu marido sentimos na pele o que é ficar desamparado pela lei”, diz Daniela.

No entanto, existem bons exemplos e informações que evitam situações desagradáveis como essas. Foi o caso da escola Dom José Ferreira Alvares, de Bragança Paulista, no interior de São Paulo. “Tivemos o problema na escola há três anos, quando recebemos uma grande transferência de alunos. Nós temos muitos estudantes com deficiência e nunca houve problemas, mas vimos que algo estava errado. As crianças se olhavam tortas e havia uma clara divisão entre elas. Desde o pessoal da limpeza até a diretoria, sentia que se não fizéssemos algo, alguma coisa mais grave poderia acontecer”, diz a professora de educação física do Instituto Social Educacional, Magali Lima.

Antes da situação piorar, ela realizou uma ação de sensibilização com os alunos novos. “Nós os vendamos para que sentissem as dificuldades que uma pessoa com deficiência sente. Eles sentiram na pele os obstáculos, e tiveram uma incrível melhora. A conversa foi muito importante, pois assim mostramos que um acidente ocasional poderia transformá-los em uma pessoa com mobilidades reduzidas”, explica a professora.

A escola também tem como objetivo manter a convivência entre os alunos e não segregá-los. “Nossos alunos com deficiência participam de tudo o que os outros jovens fazem. Também os incentivamos a ajudar os colegas, para serem mais sensíveis às suas necessidades. Tudo que é novo dá medo, mas com o tempo as crianças superam”, conclui a educadora.

fonte: http://revistasentidos.uol.com.br/inclusao-social/59/artigo179121-1.asp

by jack

Homens vestidos de vermelho são mais atraentes, diz pesquisa

02/08/2010 - 16h35

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DE SÃO PAULO

As damas de vermelho têm novo concorrente. Um estudo multicultural indica que homens vestidos de vermelho são considerados mais atraentes e desejáveis sexualmente para mulheres que homens vestidos com outras cores. Além disso, as mulheres não se dão conta desse efeito da cor sobre a atratividade masculina.

O poder da cor cereja (e outras variantes de vermelho) está na sua habilidade de fazer com que os homens pareçam mais poderosos, afirma o líder da pesquisa, Andrew Elliot, professor de psicologia da Universidade de Rochester, nos EUA.




University of Rochester

Homens com camisa vermelha são considerados mais atraentes para mulheres, segundo estudo multicultural (rostos foram borrados para preservar privacidade); motivo seria associação entre cor e status social

Segundo Elliot, as mulheres julgam os homens em vermelho como tendo maior status, maior habilidade para ganhar dinheiro e maior propensão a subir socialmente. Seria essa percepção de status que tornaria homens em vermelho mais atraentes.

O ligação do vermelho com poder tem precedentes tanto biológicos quanto culturais. Em alguns primatas, como mandris e geladas (tipos de babuínos), a cor é um indicador de dominância. Os machos alfa expressam essa cor de forma mais intensa. As fêmeas dessas espécies acasalam mais frequentemente com os machos alfa que, em troca, proveem proteção e alimentos.

Nas sociedades humanas ao redor do mundo, o vermelho também tem sido associado à riqueza e poder. Os cidadãos mais poderosos da Roma antiga eram chamados de "aqueles que vestem vermelho". E hoje celebridades e dignatários desfilam sobre tapetes vermelhos.

Para Elliot, quando mulheres veem a cor, algo biologicamente profundo, não necessariamente consciente, é desencadeado.

O efeito do vermelho foi quantificado por meio de respostas de 288 mulheres e 25 homens a fotografias de homens em sete experimentos diferentes. Os participantes eram identificados como heterossexuais ou bissexuais.

Em um dos experimentos, os voluntários olharam para uma foto de homem com uma borda vermelha ou branca e responderam a uma série de perguntas, como "quão atraente você acha essa pessoa?"

Em outros experimentos, diferentes cores foram contrastadas (cinza, verde, azul, vermelho). Brilho e intensidade das cores foram equacionados para evitar que o resultado possa ser atribuído a propriedades físicas da luz.

Além de testes com bordas, alguns experimentos envolveram o julgamento de fotos homens vestindo camisestas coloridas digitalmente. Pediu-se aos participantes para responder qual sua vontade de sair, beijar ou manter relação sexual com a pessoa na foto. Os participantes também julgaram a pessoa na foto em termos de bondade e extroversão.

Os pesquisadores descobriram que o efeito do vermelho estava limitado a status e romance: a cor não fez os homens nas fotos parecerem mais bondosos ou sociáveis, apenas mais poderosos, atraentes e sexualmente desejáveis.

Esse efeito foi observado em diferentes culturas, com experimentos nos EUA, Inglaterra, Alemanha e China.

E o efeito estava limitado a mulheres: quando se pediu a homens para julgar a atratividade dos homens nas fotos, a cor não influenciou as respostas.

O estudo foi publicado na revista "Journal of Experimental Psychology: General".

Em trabalho anterior, Elliot e colegas haviam mostrado que homens são mais atraídos por mulheres vestidas de vermelho.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/776515-homens-vestidos-de-vermelho-sao-mais-atraentes-diz-pesquisa.shtml


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MARKETING DA PERVERSÃO: A NOVA ECONOMIA DO DESEJO

“O homem é uma máquina de desejar”. Esta afirmação, de Michel Foucault, resume o comportamento do homem moderno diante da motivação e dos ensinamentos que temos recebido na cultura ocidental.

Enquanto o poder dominante da igreja passou séculos empenhados em reprimir os desejos naturais dos seres humanos, e despertar desejos imaginários a serem concretizados em uma outra vida, os dirigentes da sociedade moderna dedicam-se a despertar nossos desejos, almejam transformar seus governados em uma sociedade de consumo e incentivam os agentes do desenvolvimento a idealizarem novos produtos e serviços que possam despertar desejos de consumo.

O irrepreensível desejo de sucesso, de ascensão, de acumular riqueza e ostentá-la, não seria tão comum hoje em dia, notadamente entre os mais jovens, sem o conteúdo consumista das mídias, cinema, televisão, literatura infantil, e a necessidade de pertencer a uma moda de comportamento pela sua suposta influência e poder de expressar de forma subjetiva, tudo aquilo que a sociedade valoriza.

A falta de limites simbólicos como a figura paterna, tão desvalorizada e ausente nos tempos atuais, associada à impunidade e à corrupção, desperta uma onda incestuosa de realização de desejos e estabelece um novo patamar de incertezas sobre o que é necessário e o que é desejável.

Embora possa obter-se prazer do fato de desejar sem alcançar o desejado, este prazer jamais será equiparado ao que é proporcionado pela realização do desejo; mas é um meio para aumentar as nossas possibilidades de gozo e para perder o medo de desejar, tão estimulado por aqueles que não querem que desejemos, senão o que lhes pode ajudar a transformar os seus desejos em realidade.

Na sociedade atual, o aluvião de notícias, a cultura imposta, o ensino fragmentado, as múltiplas opiniões difundidas por diversos meios de comunicação, ao mesmo tempo que fomentam os possíveis desejos, dificultam a tarefa de desejarmos por nós próprios. Não somos máquinas autônomas e independentes, estamos todos interligados e “programados” por desejos difusos e contraditórios. A grande filosofia moral da atualidade preconiza que cada ser humano deveria encontrar em seu meio, aquilo com o que se satisfazer plenamente. A impossibilidade desta satisfação acarreta um déficit, um dolo, um dano, qualquer reivindicação neste sentido se encontra legitimada pelo direito de ser satisfeita. Neste sentido Charles Melman (O Homem Sem Gravidade – 2003) identifica uma nova “economia psíquica”:

Essa nova economia psíquica nos revela uma mutação que nos fez passar de uma economia organizada pelo recalque a uma economia organizada pela exibição do gozo. A sociedade moderna tem na liberdade, na autonomia individual e na valorização narcísica do indivíduo seus grandes ideais, pilares de novas formas de alienação, direcionados para o gozo e para o consumo. A proposição lacaniana do inconsciente como “discurso do Outro”, só faz sentido nas sociedades modernas. Esse outro como sendo o campo simbólico estruturado pelas grandes formações discursivas. A crise que se refere ao reconhecimento da Lei, portanto, se deve à dificuldade de reconhecimento da dívida simbólica que temos com a coletividade a que pertencemos, seja ela representada por um país, uma religião, uma cultura ou uma classe social.

Essa crise agravou-se nas últimas décadas do século XX, com o declínio da era industrial e de uma ética do sacrifício e do adiamento do prazer que a amparava. A nova economia gera grande parte de seus lucros a partir da informática, da indústria virtual das comunicações e também do consumo desenfreado de bens supérfluos, serviços e lazer. Essa economia produz grandes e rápidas concentrações de riqueza e alimenta-se, acima de tudo, de um tipo de bem que excluí enormes fatias da população mundial. A globalização desenhou um novo mapa mundi, no qual empresas multinacionais representam interesses milionários e marginalizam mais da metade da humanidade.

Nesse quadro não se trata de afirmar que os indivíduos se tornaram indiferentes à Lei, mas sim que a Lei, tal como pensávamos: imperativo de renúncia ao gozo, vai perdendo sustentação na cultura. O pleno gozo é tão impossível de se realizar quanto a renúncia absoluta a qualquer forma de gozo. O fato de vivermos sob o imperativo do gozo não significa que estejamos libertos da lei que nos impõe uma certa renúncia. A perda do gozo, a impossibilidade da satisfação direta da pulsão se dá através da entrada do sujeito na linguagem.

Uma vez que a entrada na linguagem por efeito da lei é condição da participação do sujeito no laço social, o efeito imperativo do gozo não é de nos fazer gozar mais. O que a sociedade de consumo atual faz através do apelo ao gozo, é dificultar o reconhecimento da lei, por falta de uma base discursiva que confira apoio e significado à impossibilidade do gozo.

O apelo ao gozo produz mais angústia do que o gozo propriamente dito, mais violência (é com violência que reagimos aos imperativos) do que fruição. A violência contemporânea parece ser efeito dessa produção significante a respeito do gozo, que confere um lugar privilegiado aos atos destrutivos e demonstrações de onipotência.

O aumento efetivo da delinqüência não nos ameaça tanto quanto uma espécie de ambígua autorização da delinqüência implícita nos códigos morais contemporâneos, em que a castração se confunde com a privação. Não se trata de uma falta de gozo, pois esta é constitutiva da condição humana, mas da suposição de falta de um objeto imaginário do qual o sujeito se acredita privado (pelo Outro), e que cabe a ele recuperar a qualquer custo.

As formações imaginárias organizam-se em torno do Eu narcísico, das identificações e das demandas de amor e reconhecimento. Existir por intermédio da imagem torna insuportável qualquer forma de exclusão. Diante deste fato, qualquer forma de alteridade se torna ameaçadora. Há quem se autorize a tirar a vida alheia ou mesmo prefira pagar com a própria vida o preço de quinze minutos de fama, aos quais supostamente teríamos direito, já que a “fama” é o substituto da cidadania na cultura da imagem.

As formações imaginárias, e toda a indústria das comunicações que nelas se apóiam, ocupam uma grande área do “espaço público” no mundo atual. A interface entre a “realidade” e o imaginário social, as fantasias compartilhadas sobre o modo como achamos que o mundo deve ser e o funcionamento abrangente das telecomunicações não é suficiente para gerar uma nova ética para os tempos atuais. Segundo Maria Rita Kehl (Sobre Ética e Psicanálise -2002):

“...a linguagem televisiva predomina na organização das informações a que temos acesso. São colagens de elementos imaginários que remetem os telespectadores a um mundo de fantasia no qual ainda que sejam fantasias de horror,somos todos poupados da dúvida e da incerteza, dispensados da necessidade de pensar. A linguagem televisiva nos infantiliza a todos pois, o impacto das imagens produz a falsa certeza de que as coisas” são como são “. Com isso a opinião pública torna-se participante de uma cena totalitária em que todas as alternativas estão contidas nos termos que a imagem comporta, dispensando a capacidade humana de questionar as versões oficiais,criar fatos novos e inventar soluções para as grandes crises sociais.”

A nova economia psíquica remete ao “discurso do capitalismo” lacaniano, que Lacan desenvolve em seu seminário L’Envers de la psychanalyse ,(Le Séminaire, Livre XVII,1969-1970,Seuil,1991), sua teoria dos quatro discursos. Acontece-lhe evocar, quando de uma intervenção em Milão, em 1970, um quinto discurso, o discurso do capitalismo. A identidade outrora era organizada a partir de um reconhecimento de si pelo Outro, logo, por uma figura diferente do semelhante, uma figura que representa uma alteridade radical.

Os traços específicos que permitem a identificação fundamentavam-se em caracteres éticos marcados: a dignidade, a honra, a coragem, o sacrifício, o dom de si. Assim conhecemos o ideal do cavalheiro que a partir do século XIX, com o crescimento do capitalismo veio se chocar com o do financista. O único reconhecimento de si para o capitalista, e para todo sujeito inserido nesse “regime”, é a acumulação do capital.

O reconhecimento segundo o “modelo antigo” era adquirido quando o sujeito se fizesse reconhecer por um certo número de qualidades, quando sua “passagem” para um certo estatuto era admitida e definitiva. O sujeito capitalista contemporâneo busca ansiosamente esse reconhecimento, expondo-se a todos os acasos do futuro econômico, arriscando-se à ruína, à prisão e, em suma, a desaparecer.

Estamos em duas lógicas completamente diferentes: uma fundada na assunção do traço que assegura a identidade; a outra é organizada pela busca incessante das marcas de uma identidade que só é reconhecida pelo olhar do semelhante, que só pode ser validada por um efeito de massa; o reconhecimento público, midiático e que nunca é definitivamente adquirido.

Passamos de um regime organizado pelo recalque do desejo para outro em que o desejo não é mais recalcado e as manifestações do gozo dominam. A participação na vida da sociedade, o laço social, não passa mais pelo compartilhar um recalque coletivo que chamamos “usos e costumes”, mas, ao contrário, por uma reunião numa espécie de festa permanente, para a qual cada um é convidado. O atual encargo do sujeito é manter-se na corrida pelo gozo. Condenado à juventude eterna, não se sente bem, pois esse gozo se apresenta como uma imposição e não é mais regulado através de um lugar Outro. O sujeito se ressente de um certo desamparo e sofre de uma falta de referências. O que se traduz, entre outras coisas, pelo cansaço e pela ansiedade.

A nova economia psíquica traz consigo uma confusão entre desejo e gozo, o que na História sempre provocou um retorno do cajado, um apelo público ao “mestre”, para que ele venha assegurar uma regulação do gozo.Hoje o sujeito não está mais ávido de preservar sua singularidade, muito pelo contrário, o sujeito está em busca de todas as identificações coletivas em que poderá se dissolver. A preocupação em ser cuidado, de confiar em sistemas religiosos, culturais e políticos para dar uma direção a sua existência é mais evidente que nunca,

Esse é o dispositivo que subverte a mutação cultural introduzida pelo liberalismo econômico, ao encorajar um hedonismo sem rédeas. Não é mais uma economia psíquica centrada no objeto perdido e em seus representantes que é avalizada, ao contrário, é uma economia psíquica organizada pela apresentação de um objeto doravante acessível pelo cumprimento, até seu termo, do gozo.

O real tornou-se para cada um de nós uma dimensão tão improvável que não sabemos mais o que é realidade e o que é virtualidade. Como saberemos se estamos no verdadeiro ou se estamos na representação?

“É uma questão que não data de ontem, mas que tomou hoje em dia, uma feição totalmente diferente, pois não temos mais os meios de saber o que é real e o que é virtual, sendo dado que, eu diria, o que funda o campo da realidade é que este seja bordejado por um real, ora, se esse campo da realidade não é mais bordejado por um real, como o liberalismo nos propõe, ao mesmo tempo não podemos mais saber se estamos ali verdadeiramente, nem mesmo o que fazemos ali”.(Melman,op.cit.pg180).

O indivíduo assim solicitado pela economia de mercado não tem nada a ver com alguma exigência singular real do sujeito. Essa economia apenas interpela um consumidor abstrato que deve se adaptar às ofertas mirabolantes que lhes são feitas: são elas agora que o subjetivam. E por girarem em torno do objeto disponível, os próprios indivíduos se transformam em objetos, já que não é a identidade específica do desejo deles que impõe a escolha de objeto, mas, inversamente, é a promoção midiática que lhes impões um objeto, o qual induz um apetite identificável agora pela marca do produto.

Os primeiros a reconhecer o número crescente desses “novos homens” foram os publicitários. Uma exigência crescente de esteticismo veio infletir a eficácia de sua mensagem, quer trate-se de um carro, uma margarina ou de uma campanha de prevenção da AIDS, busca-se validar um único sentido: “é belo, então é bom”. Os jornalistas seguiram esta tendência de reconhecimento, as cifras das vendas confirmaram, e vimos crescer nos jornais as páginas de catálogos das grandes marcas, ao mesmo tempo que as dos lazeres, diversões, viagens, conselhos sexuais, etc.

A parte informativa desses jornais diminuiu consideravelmente em relação às notícias “da atualidade”. Só interessa ao leitor o que o toca diretamente ou por participação afetiva. Os políticos tiveram que aprender a reter a atenção do eleitor de outro modo, já que agora é a imagem que constitui a mensagem. Eles precisam estar atentos para que o conjunto de traços que constituem sua imagem seja coerente e sedutor.

Vivemos numa comunidade organizada pelo individualismo exacerbado e pela concorrência de um contra todos. Trata-se de uma nova economia psíquica de um homem novo, mas a questão é saber se esse novo homem trará consigo a perempção do modelo antigo. Se esse “homem liberal”, seguro da legitimidade de seu gozo, vai definitivamente dominar o sujeito “falante”, aquele que Lacan chamou de parlêtre, sempre obrigado a pagar o preço de seu desejo. Em outras palavras, o livre curso do gozo vai colocá-lo acima do irredutível tormento do desejo? Esse humano submetido às leis da linguagem vai definitivamente se deixar submergir na busca do gozo imediato? O homem novo, advindo da nova economia psíquica, encontrará com que se sustentar ou, ao contrário, só poderá se cumprir na autodestruição?

Nossa alegre perversidade polimorfa pode durar? Ou, vamos voltar à ordem moral e ao cajado?


BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, Regina, Personalidade e Cultura. Rio de Janeiro, Ed. Revan, 2003.
DEBOURD, Gilles, A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
DELEUZE, Gilles, Conversações. São Paulo: Editora 34, 1992.
LACAN, Jacques, L’Envers de La Psychanalyse, Lê Seminaire, Livre XVII, 1969 – 1970, Paris 1991.
KEHL, Maria Rita, Sobre Ética e Psicanálise. São Paulo; Editora Schwarcz, 2002.
MELMAM, Charles, O Homem Sem Gravidade. Rio de Janeiro: Companhia de Freud editora, 2003.
SODRÉ, Muniz, As Estratégias Sensíveis. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2006.


fonte: http://www.allandeaguiar.com/2009/10/marketing-da-perversao-nova-economia-do.html



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As pessoas ocupadas são mais felizes, diz estudo

Parece que o ditado "mente vazia é oficina do diabo" tem um fundo de verdade. Uma pesquisa realizada na Universidade de Chicago, Estados Unidos, mostrou que manter a mente ocupada em uma tarefa afasta as emoções negativas. Porém, as experiências feitas pelos cientistas com estudantes mostrou que as pessoas tendem a fazer o contrário, permanecer ociosas e desocupadas. O estudo foi divulgado na revista científica Psychological Science.


Para realizar o estudo, coordenado pelo pesquisador Christopher K. Hsee, voluntários preenchiam um levantamento e, em seguida, esperavam 15 minutos antes de fazer o próximo. Eles poderiam deixar a avaliação em um lugar perto ou em outro distante, onde andavam se ocupando por um tempo. Depois de esperar os 15 minutos, eles entregavam a avaliação e ganhavam um doce. Cientistas descobriram que aqueles que preferiram se manter ocupado caminhando pelo local mais distante estavam mais felizes ao entregar o levantamento.


Como era de se esperar, nem todos optaram ir até o local mais distante. Quando os doces oferecidos eram os mesmos, as pessoas eram mais propensas a permanecer ociosas. Mas, quando os doces oferecidos eram diferentes, os voluntários caminhavam até o local mais distante. Segundo os pesquisadores, nesse caso, eles tinham uma justificativa para manter-se ocupados.


Os cientistas acreditam que as pessoas gostam de ser ocupadas, mas com justificativa. Assim, a dica da felicidade dos pesquisadores é: faça alguma coisa todo dia, nem que seja inútil. Mas nada de se atolar de trabalho.

fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/02082010/48/manchetes-pessoas-ocupadas-sao-felizes-bracos.html