Cientistas recorrem a doping intelectual

Uma pesquisa divulgada pela revista Nature, especializada em artigos científicos, revela que 20% dos cientistas admitem o uso de drogas para melhorar o desempenho intelectual. De acordo com o levantamento, os pesquisadores preferem os remédios que atuam contra doenças do sono, hiperatividade e problemas cardíacos. A Nature fez 1.400 entrevistas em 60 países.

A pesquisa aponta ainda que o uso das drogas não está relacionado à ídade dos cientistas. Tanto aos 25 como aos 65 anos há usuários em proporções similares. A maioria também afirmou ter usado drogas ao menos uma vez por mês, e metade disse ter experimentado efeitos colaterais desagradáveis.

A maioria, 80% dos entrevistados, disseram que todo adulto deveria ter direito a usar o "doping intelectual". Mas quase 90% deles são contra o uso das drogas por crianças e adolescentes. O dado surpreendente é que 30% afirmaram que se sentiriam pressionados a dar medicamentos aos filhos, casos estudassem numa escola em que as outras crianças usassem este tipo de droga.

O 'doping intelectual' preferido pelos cientistas:

- Ritalin (princípio ativo: metilfenidato), usado por 62% dos entrevistados no tratamento de hiperatividade ou distúrbio do déficit de atenção. É conhecido entre universitários como auxiliar de estudo.

- Provigil (princípio ativo: modafinil), usado por 44%, atua contra problemas de sono, cansaço físico e mental e a falta de regulagem do relógio biólogico.

- Betabloqueadores, preferido por 15% dos pesquisados, recomendado contra problemas cardíacos, de pressão alta e também contra ansiedade.

FONTE: Veja