O pensamento positivo cronifica as obsessões

Obsessões são idéias fixas, geralmente desagradáveis, carregadas de ansiedade, das quais o sujeito não consegue se livrar. Muitos obsessivos se queixam que são escravizados por determinados pensamentos ruins, dos quais não conseguem se livrar. Geralmente recorrem a alguma compulsão, algum comportamento ritual repetitivo e aparentemente desprovido de utilidade objetiva para desfazer a obsessão.

É mais ou menos assim: o pensamento ruim (o pensamento “negativo”) surge e o obsessivo somente consegue se apaziguar e sentir-se menos ansioso com um ritual que o neutraliza. O jogador na hora do pênalti, por exemplo. Ele está morrendo de medo de errar. E o que faz para neutralizar esse medo ou as obsessões, os “pensamentos ruins”, de que irá errar? Ele pode, por exemplo, recorrer ao pensamento positivo: “vou acertar, vou acertar”. Atua como uma espécie de oração.

Neste contexto, de ansiedade extrema, já instalada, o chamado pensamento positivo, ajuda. Ele tem a função de neutralizar as obsessões, os pensamentos ruins, e acalmar o sujeito. E o que fica claro é o seguinte: se não houver medo, não há necessidade de pensamento positivo. Onde há medo, há pensamento positivo. E onde há pensamento positivo, há medo. Sem medo, ele perde o sentido.

Porém, quero focar em outro detalhe. As compulsões (e o pensamento positivo é uma delas) neutralizam as obsessões e acalmam o obsessivo. Porém, este efeito é paliativo. Os estudos nesta área são conclusivos: a neutralização reforça a obsessão. Resolve momentaneamente, mas acaba por fim cronificando a obsessão. A melhor alternativa é o enfrentamento, a exposição sistemática. Ou seja, é mais eficaz e efetivo acabar com o medo.

Para o exemplo do pênalti eu diria o seguinte. É mais efetivo o jogador se preparar para perder o medo de perder um pênalti. Aprender a perder, então, é fundamental. Obsessivos são, de modo geral, fóbicos ou perfeccionistas. Morrem de medo de algumas coisas: contaminação, medo de perder, de errar, de morrer, medo de ter medo e vários outros milhares de medos dos quais sua vida é constituída.

Atendi a dois casos em que os pacientes tinham um medo absurdo do diabo. A imagem do demônio em suas mentes ou a idéia de que teriam vendido a alma para ele, ou que ele lhes faria algum mal, era algo do qual não conseguiam se livrar. Este tipo de obsessão gerava muita ansiedade e acabava sendo incapacitante. Recorriam aos mais diversos rituais: orar indefinidamente, fazer repetidos e inúmeros sinais da cruz, não dizer certas palavras, ou dizê-las em pares (para que fossem ditas e “desditas”), não adentrar em determinados lugares, não pisar em determinados pontos do chão. Enfim, o arsenal de compulsões pode ser enorme e o sujeito acaba padecendo bastante com isso tudo.

Fiz o que então? Baseado em uma estória zen, a qual lera há alguns anos, eu lhes propus o seguinte: o enfrentamento. Com o consentimento desses pacientes, invoquei o diabo. Se ele de fato existia, deveria comparecer à sessão.

“Diabo, belzebu, capeta, demônio, lúcifer...” – utilizamos todos os seus nomes e designações possíveis, “eu, Ricardo de Souza Machado Bueno e Adilson da Silva Teles Moura” (era importante também fornecer os nomes completos, assim não teria erro), “estamos aqui, no planeta Terra, na América do Sul, no Brasil” - enfim, endereço completo, pro coisa-ruim não ter desculpa; “venha até nós, apareça e comprove sua existência!”.

Nesse momento o paciente geralmente fica muito ansioso e tenso, praticamente se agarrando ou se escondendo atrás de nós.
Antes de tudo, porém, deve-se encher o bolso de grãos de feijão, centenas deles, se possível. A idéia é a seguinte: se o diabo aparecer, perguntamos quantos grãos de feijão temos no bolso. Nas duas sessões em que adotei este procedimento, ele sequer apareceu. Na estória zen, porém, o espírito maligno costuma aparecer. Mas, ao se perguntar pela quantidade de grãos no bolso, subitamente desaparece, sem dar qualquer resposta, e nunca mais retorna. E foi exatamente isso o que ocorreu com meus pacientes. O enfrentamento dissipou a obsessão. O diabo nunca mais azucrinou suas vidas.

(Autor, personagens e história fictícios)

Por Ricardo de Souza Machado Bueno

2009 ANO DA PSICOTERAPIA

PARTICIPE DOS DEBATES SOBRE A FORMAÇÃO E A REGULAMENTAÇÃO DA PSICOTERAPIA!

O Sistema Conselhos propôs ações que incidam sobre a Psicoterapia a fim de alcançar a definição de diretrizes técnico-científicas sobre o assunto, efetivação da presença da psicoterapia no campo científico, qualificação, delimitação e ordenação das áreas, decidindo acerca da representação da Psicoterapia diante da sociedade e instituições no país.
O CRP-12 programou vários eventos em nosso Estado, onde serão debatidas questões relativas à formação e à regulamentação da Psicoterapia a partir de 03 eixos temáticos: I) A constituição das psicoterapias como campo interdisciplinar, II) Os parâmetros técnicos e éticos mínimos para a formação na graduação e na formação especializada e III) O exercício da psicoterapia pelos psicólogos e as relações com os demais grupos profissionais que têm reivindicação do exercício da Psicoterapia.

CONVIDAMOS TODOS OS PSICÓLOGOS A PARTICIPAR DESTA DISCUSSÃO. VENHAM CONTRIBUIR PARA QUE POSSAMOS APRIMORAR POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO E PRODUZIR REFERÊNCIAS DESTA PRÁTICA QUE TEM IMPLICAÇÕES ÉTICAS E SOCIAIS DE EXTREMA RELEVÂNCIA.

CONFIRMADO:
Dia: 25 de abril de 2009 – em Florianópolis
Palestrantes: Adriano Hollanda e Bárbara Conte
Local: Hotel Valerim Plaza (Rua Felipe Schmidt, 705 – Centro)
Horário: Das 08h30 às 13h
Gratuito - Inscrições no local do evento
SOBRE OS PALESTRANTES:
Bárbara de Souza Conte - CRP-07/01004
Psicanalista. Doutora em Psicologia pela Universidade Autônoma de Madri.
Membro Pleno da Sigmund Freud Associação Psicanalítica.
Conselheira e Presidente da Comissão de Ética do CRP-RS, Gestão 2004/2007.

Adriano Furtado Holanda - CRP-01/3795
Psicólogo, Mestre em Psicologia Clínica pela Universidade de Brasília (1993); Doutor em Psicologia pela PUC-Campinas (2002);
Pós-Doutorado em Psicologia na Universidade de Brasília (2003-2006); Primeiro-Secretário da Associação Brasileira para o Avanço Conjunto da Filosofia, Psicopatologia e Psicoterapia (Abrafipp); Editor da Revista da Abordagem Gestáltica; Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná. Conselheiro Suplente do CRP-01.

Sugerido pela colega Ivonete.

Seminário Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente

DATA - 24 de abril de 2009
LOCAL – Auditório do Conselho Regional de Serviço Social - CRESS
Rua dos Ilhéus,38 – Centro - Florianópolis - SC
8:30 – Acolhida
09:00 - 11:00 - TEMA: Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária.
Palestrante: ÚRSULA LEHMKUHL CARREIRÃO, membro da Comissão Intersetorial Pró-Convivência Familiar e Comunitária

13:00 - 14:00 – TEMA: Fundo da Infância e Adolescência – FIA.
Palestrante: JOELSON TIBURCIO DOS PASSOS, conselheiro do CEDCA / Especialista em Políticas Públicas

14:30 - 15:30 - TEMA: Sistema Nacional de Atendimento Sócio Educativo - SINASE
Palestrante: IZA MARIA DO ROSÁRIO ANDRADE, pedagoga do Departamento de Justiça e Cidadania e Assessora Técnica de Medidas Socioeducativas.

16:00 - ENCERRAMENTO
OBS: O Fórum custeará as despesas com alimentação.
OBS: As notas deverão ser preenchidas em nome de:
Lar Fabiano de Cristo, Rua Frei Fabiano de Cristo, 180, Bairro Monte Cristo –
CEP 88090490 - CNPJ 33.948.381.0077-92

Mais informações: (47) 8859 7280 – Joelson ou (48) 9912 4194 - Fernanda

Lista enumera "10 pecados" de psicólogos e analistas

1- Comer na frente do paciente
Esporadicamente, no caso de uma sessão extra pedida pelo paciente e marcada no horário de uma refeição, por exemplo, a atitude é aceitável, afirma o psicólogo Roberto Banaco, professor titular da PUC-SP.

"É melhor oferecer apoio ao cliente comendo do que negar esse apoio por falta de horário", diz Banaco. Mas necessidades pessoais como essa deveriam acontecer em outro contexto. "Comer na sessão mostra desrespeito pelo paciente", diz Wielenska.

O terapeuta da estudante Denise Thornberg, 22, transformou isso num hábito. Nas sessões, consumia Coca-Cola light e confeitos de chocolate. "Ele estava sempre com uma garrafinha de Coca na mão. Eu não gostava", conta.

Para o médico e psicanalista Sérgio Cyrino, filiado à Federação Brasileira de Psicanálise, isso não deve ocorrer jamais. "O analista não deve comer, oferecer ou aceitar comida."


2 Atender ao telefone
Emergências acontecem. O terapeuta pode ter de atender um paciente internado ou com risco de suicídio, por exemplo.

Nesse caso, o mais aconselhável é avisar antecipadamente ao paciente que isso pode acontecer e ser breve. "Se existir essa possibilidade, o terapeuta deveria dizer que, em caráter excepcional, pode ser necessário atender a uma ligação urgente. Mas isso deve ser raro, não pode se tornar um hábito", afirma Wielenska.

Atender a ligações de outro tipo é desaconselhável. "Imagine quando se interrompe um comunicado [do paciente] de intenso conteúdo emocional bem no meio. A compreensão, ao ser fragmentada, perde todo o sentido. O paciente se sente deixado em segundo plano. Como é que se conserta isso depois?", diz Cyrino.


3 Tomar notas em excesso
A figura do analista com um bloquinho na mão, que aparece em charges e filmes, é um falso símbolo da psicanálise, diz Cyrino. "Freud não anotava durante as sessões porque isso fragmenta a compreensão da situação da análise. Quem interrompe para tomar notas perde o fio da meada. O pensamento é muito mais rápido do que a palavra escrita. E o paciente se sente perseguido."

Para Banaco, anotações, quando ocorrem, podem ser feitas rapidamente por meio de palavras-chave, como lembretes para serem "recheados" com conteúdos nos intervalos entre sessões.

Denise Thornberg conta que seu terapeuta escrevia tanto que a incomodava. "Ele não me olhava nos olhos." Para Wielenska, o terapeuta deve pedir autorização para anotar e manter o contato com ele enquanto faz isso. "Quem trabalha frente a frente com alguém deve preservar o olhar e a atenção."


4 Atrasar-se para a sessão
O terapeuta pode ter que ficar mais tempo com um paciente, o que acarretará atrasos nas sessões seguintes. Mas, de novo, isso não deve ser hábito. "Quando o profissional estender a sessão desse cliente, ele saberá que os atrasos devem-se ao acolhimento para quem precisa, em contraposição à regra fria de que a sessão dura "X" minutos", diz Banaco. Ele acredita que, quando a demora é grande, o terapeuta deve dar satisfação a quem aguarda.

Para Cyrino, o atraso é muito comprometedor. "O analista deve sempre aguardar o paciente, para que ele tenha uma sensação de constância dentro da instabilidade afetiva que o traz ao tratamento. Como interpretar atrasos constantes de um paciente, que podem ter mil acepções, se o analista também se atrasa?", questiona.


5 Ser pouco acessível
Segundo os especialistas, deve haver um meio-termo em relação a esse item. Por um lado, não é recomendável que o cliente desenvolva uma extrema dependência do terapeuta. "Um paciente carente pode querer estar ligado 24 horas ao analista, como se fosse um bebê em simbiose com a mãe", compara Cyrino.

Por outro lado, estar inteiramente fora do alcance, especialmente em situações graves, não é aconselhável. "O terapeuta não pode ser impossível nem dar a impressão de disponibilidade total, como se fosse só do paciente -o que é um desejo frequente e compreensível", diz o psicanalista.

De acordo com Wielenska, cada terapeuta tem suas preferências em relação a esse assunto. "Alguns liberam celular e e-mail, outros autorizam o cliente a deixar recado. Eles devem colocar esses limites assim que começam a atender uma pessoa", afirma.


6 Olhar demais para o relógio
O terapeuta precisa controlar o tempo. Mas olhar demais para o relógio pode dar a impressão de que ele tem pressa para terminar a consulta.

Denise Thornberg trocou o terapeuta que tomava refrigerante por outra e está gostando. Mas diz que a atual olha demais para o relógio. "Enquanto eu falo, ela fica de olho para ver quando a sessão vai acabar. Isso desvia minha atenção. Penso: 'Será que estou falando muita coisa sem sentido?'."

Segundo Cyrino, com a experiência, o terapeuta ganha uma noção de tempo automática. "Mas ele não é máquina. Um recurso é ter um relógio num lugar discreto e consultá-lo sem caráter ostensivo." Já se isso ocorrer com um paciente específico, o terapeuta deve se perguntar o que está acontecendo na relação com ele.


7 Bocejar demais
Bocejar não é o problema: como qualquer pessoa, o terapeuta pode estar cansado em um determinado dia. A questão é quando a atitude se torna um hábito, que costuma ser interpretado pelo paciente como falta de interesse.

Mas, se o terapeuta não encontrar explicação para o sono e ele ocorrer sempre com um paciente específico, esse fato pode se tornar uma informação importante na terapia. "O cliente pode ter um padrão de comportamento que gera tédio também fora do consultório", diz Regina Wielenska. "Mas essa atitude [bocejar] deve ser contida, pois a terapia requer foco e concentração."

Já dormir é tido como inadmissível. "Se o terapeuta percebe que não suporta o sono, deve suspender a sessão", diz Roberto Banaco.


8 Contato físico excessivo
No Brasil, costuma ser aceito um maior contato físico ao cumprimentar alguém. "Na nossa cultura, é normal dar um beijinho ou um ligeiro abraço. O terapeuta pode fazer isso com leveza e rapidez, sem tom erótico", diz Wielenska.

Mas deve haver limites. "Por ser uma relação facilmente confundida com uma relação afetiva, um contato físico exacerbado pode atingir fragilidades dos clientes. Trata-se de um abuso da relação desigual que se instala no contrato terapêutico: o cliente tem problemas e o terapeuta tem soluções", afirma Banaco.

Segundo Cyrino, muitas terapias psicológicas usam o contato físico no tratamento, mas não a psicanálise. "Para essa corrente, o excessivo contato físico favorece a dependência emocional do paciente, dificultando seu crescimento." Vale lembrar que o contato sexual entre terapeuta e cliente não é adequado em nenhum caso.


9 Falar demais sobre si mesmo
A sessão é do cliente, e não do terapeuta. "No entanto, temos bagagem, história de vida e, em situações específicas, ela pode ser usada em benefício da terapia", diz Wielenska.
Mas, se o terapeuta sente falta de amigos, não deve buscá-los nos clientes. "O analista pode estar carente, pois é de carne e osso. Nesse caso, deve redobrar a atenção para não misturar sua vida à do paciente. Muitos gostariam de ser amigos do analista, mas isso desvirtua o foco da terapia", diz Cyrino.

A chave é ver se há propósito terapêutico. "Qualquer fala sobre si mesmo que não tenha um propósito terapêutico é uma fala em demasia", diz Banaco.

Segundo ele, se o paciente tem o terapeuta como modelo e segue seus conselhos cegamente ou o imita, expor a vida pessoal é ainda mais danoso.


10 Vestir-se inadequadamente
Como qualquer pessoa, o terapeuta tem seu estilo e não precisa abrir mão dele no ambiente profissional. "Atendemos surfistas, publicitários, executivos. Não podemos ser camaleões para nos ajustarmos ao estilo de cada cliente. O terapeuta só não pode estar vestido de maneira profundamente chamativa, vulgar, suja ou descuidada. O resto é uma questão pessoal", diz Wielenska.

De fato, há limites. "Deixar à vista longas extensões de pele não é desejável: bermudas, camisas abertas, decotes pronunciados ou saias tão curtas que mostrem a roupa de baixo são absolutamente inapropriados", lista Banaco.

Para Cyrino, o foco não deve ser o terapeuta, inclusive no quesito vestimenta. "Não é necessário vir de batina, mas o oposto faz com que o foco de atenção se desvie do paciente para o analista. E é o paciente que veio mostrar seus conteúdos", diz Cyrino.

Fonte: Folha Online

Comportamento em redes sociais é parecido com o da vida real, diz estudo (ainda em andamento).

Pesquisadores da Universidade de Harvard descobriram que o perfil dos internautas nas redes sociais é bastante parecido com o de suas vidas fora do ambiente virtual. Ou seja: se alguém é popular na universidade, é provável que essa pessoa também tenha muitos amigos no Facebook, MySpace ou Orkut. E se ela é tímida nas ruas, o mesmo comportamento será repetido nos sites de relacionamento.

As conclusões foram divulgadas recentemente pelo jornal espanhol “El País”, que teve acesso à primeira parte completa do estudo. Ainda em andamento, a pesquisa “Tastes, Ties and Time” -- restrita somente ao uso do Facebook -- teve início em 2006 e será realizada até o segundo semestre de 2009. Os quatro anos referem-se ao tempo do curso de graduação em uma instituição de ensino nos EUA, que não teve seu nome divulgado, onde 1.640 estudantes já participaram da pesquisa.

Foto: Reprodução

Estudou analisou uso do Facebook, para saber como internautas se comportam em redes sociais. (Foto: Reprodução )

“Em frente ao computador, acredito que as pessoas dizem muito mais a verdade do que mentem. Ainda que a gente coloque nosso melhor no perfil virtual, também é algo que fazemos na vida real, quando saímos para paquerar ou enviamos um currículo”, afirmou ao “El País” Marcos González, um dos pesquisadores do estudo de Harvard.

Afinidade

Ainda de acordo com ele, essa análise com 1.640 estudantes (1.446 com perfis públicos no Facebook, 152 com perfis privados e 42 sem perfis) indica que a raça pode ser um fator importante na hora de se relacionar socialmente no ambiente virtual.

Os negros têm mais contato com os negros, os orientais com os orientais e os brancos com brancos -- de acordo com o estudo, este último grupo é o que tem contatos racialmente menos diversificados. Os negros, ao contrário, tendem a se relacionar mais com outras raças. Um trecho do estudo ao qual o G1 teve acesso indica que, dos 1.640 voluntários analisados (97,4% com perfis no Facebook), havia 999 brancos, 343 asiáticos, 143 negros e 93 hispânicos, entre outros. Do total, 819 eram homens e 821, mulheres.

Outra curiosidade levantada pela primeira etapa do trabalho é o fato de as mulheres terem geralmente menos amigos virtuais que os homens. Além disso, os gostos culturais de um indivíduo pode ser determinante para a quantidade de contatos on-line que ele terá: os fãs de rock são mais populares do que os de música dodecafônica, por exemplo. “Isso sugere que o número de amigos depende da familiaridade que um usuário tem com a cultura daqueles que o rodeiam”, explicou González ao “El País”

Fonte: G1

E-mail

Olá Colegas.
Como hoje é o último dia para entregar as três questões (texto 6) para a Professora Claudete, e é via e-mail, relembro aqui o mail dela:
marcon_claudete@hotmail.com

Até mais.

O Homem é um ser bio-psico-social?

Diz-se muito, nos cursos de ciências humanas, e mais notadamente nos de psicologia, que o homem é um ser "bio-psico-social". Seu lado biológico seria explicado por uma perspectiva mais naturalista, evolucionista, experimental e quantitativa; já o lado social seria explicado por questões culturais, históricas, relativas ao significado, e a análises qualitativas. Mas quanto à especificidade psicológica, como se explicaria?

O problema todo remete, inicialmente, a Comte (para não citar outros). A psicologia como projeto de ciência tem numa de suas principais inspirações o positivismo. Mas Comte, em seu Curso de Ciência Positiva, negava categoricamente a possibilidade de uma psicologia científica. Enquanto indivíduo - dizia Comte -, o ser humano poderia ser explicado pela biologia e por observações externas; enquanto ser cultural, o homem poderia ser explicado pela sociologia. Nada que pudesse garantir a autonomia de uma ciência dita "psicológica".

Um objeto que fosse digno da psicologia deveria ser criado. E, para isso, numa série de manobras que vão do século XIX ao XX, criou-se a noção de consciência como categoria especificamente psicológica. Vejamos o que está em jogo: de um lado, a consciência tal como é debatida na filosofia, como critério a partir do qual todo conhecimento é possível. De outro, a necessidade de um objeto mensurável, que legitime uma "ciência" do homem. A tradição mostra muito bem que dois momentos tornam a psicologia uma ciência, e a consciência, mensurável: a psicofísica de Fechner, e o introspeccionismo de Wundt. A lei de Weber-Fechner demonstra como se pode relacionar um quantum de estímulo com um grau de sensação; as aplicações introspeccionistas de Wundt (muitas vezes inspiradas a partir de Fechner) visavam analisar a consciência em seus elementos constituintes. Entretanto, o método experimental, na história da psicologia, encontrou sempre dificuldades para delimitar o homem naquilo que é em sua especificidade: ser eminentemente social, que produz significado, e vive numa cultura. De onde uma questão sempre repetida: se a psicologia torna-se ciência, deixa de ser psicologia; quando encontra a especificidade do homem como produtor de sentido, perde sua cientificidade.

Um panorama muito curioso advém disso: aquilo mesmo que confere a especificidade de uma ciência psicológica (a "consciência", para alguns;" processos mentais superiores", para outros; ou ainda, "comportamentos complexos", para aqueles que buscam destacar-se dessas questões, mas ainda tomando-as como ponto de referência) é um campo de questões cuja natureza provém de uma discussão essencialmente filosófica (a natureza da consciência, a origem do conhecimento, seu caráter determinado ou a priori, e assim por diante); campo de questões cuja inspiração de resolução (que constitui a própria origem da psicologia) provém de perspectivas naturalistas; e cujo sentido se direciona diretamente ao homem como ser social. Trocando em miúdos, a psicologia surge como disciplina que analisa o homem como ser "bio-psico-social", sendo cada um desses elementos provindos de naturezas e de projetos diversos.

Quando um psicólogo diz que o homem é um ser bio-psico-social, está enunciando aquilo mesmo que tornou a psicologia possível: a justaposição de três universos de questões díspares, reunidos para dar conta do homem como objeto de conhecimento de si mesmo. Mas precisamente por esse mesmo motivo, a expressão "bio-psico-social" deixa uma questão em aberto: como relacionar essas três ordens de modo que a passagem de uma á outra seja uma passagem de fato, e não apenas de projeto? Ou, em outras palavras, como agrupar as psicologias de inspiração biologicista com as mais "qualitativas" sob um mesmo conjunto de princípios? Mais do que uma explicação, essa despretensiosa expressão torna-se nada mais nada menos do que a enunciação de um problema que, ao projeto de uma psicologia científica, una e coerente, é de primeira ordem.

Fonte: Blog Catatau

MAIÊUTICA FLORIANÓPOLIS

ESCUTANDO IMAGENS: Psicanálise e Cinema

Asas do Desejo (Filme de Win Wenders)

Local: Sede da Maiêutica

Atividade aberta e gratuita.

17 de Abril - Sábado; As 19:30h.


País de origem: Alemanha
Ano: 1987
Duração: 130 minutos
Diretor: Win Wenders


Um marco do cinema na década de 80, Asas do Desejo, narra a disputa entre o divino e o efêmero nesta reflexão de Wim Wenders sobre a existência humana.
Na Berlim gélida e devastada do pós-guerra, um batalhão de anjos vela pelas almas perdidas que sofrem e se desesperam em silêncio, como os anjos Daniel e Cassiel.
Eles assistem às desventuras terrenas, mas não podem sentir as dores e alegrias humanas. Daniel não escapa incólume de sua condição divina, ao se apaixonar pela trapezista Marion e não poder consumar seu desejo. Para poder tocá-la, ele deve deixar de ser anjo e tornar-se humano, perdendo sua condição imortal. Para guiá-lo em sua escolha, surge Peter Falk, um anjo caído que soube fazer a transição entre os dois mundos.
Com uma lentidão cercada de imagens em cor e preto-e-branco, focalizando o olhar de anjos e homens, Wenders construiu um dos filmes mais poéticos da década de 80.

Coordenação: Alberto Philippi May
Debatedores: Andrea Alvarenga
Ana Virginia Rizzi
Claudemir Flores

Fonte: Blog Dos Veteranos

...

Olá Povo!
Eis que o blog andou pouco movimentado, mas creio que todos estavam focados nas provas.
Por isso, "voltaremos" aos poucos ao ritmo e colocarei reportagens e notícias assim que puder.

Abraços.
Thiago.

A diferença entre medo e fobia

Você tem medo de escuro ou passa tremendamente mal só de ver a figura de uma barata na página de um livro? Então saiba então que as duas situações são bastante distintas.

De acordo com Rita Calegari, chefe do departamento de psicologia do Hospital São Camilo-Pompeia, na zona oeste da capital paulista, medo é uma reação de autopreservação. "Ele não deve ser combatido e eliminado. É desejável, saudável e importante para nossa sobrevivência", explica.

Existem, no entanto, aqueles que não têm medo. "Trata-se de um transtorno de humor, seus portadores são bipolares (têm duas polaridades: uma de depressão e outra de agitação psicomotora). A pessoa perde a noção do medo e do perigo", avisa Luiz Gonzaga Leite, chefe do departamento de psicologia do Hospital Santa Paula, em São Paulo, e doutor em psicologia pela PUC-SP.

Já a fobia, segundo Rita, é semelhante ao medo, mas nela existe um nível de ansiedade que interfere na vida cotidiana da pessoa. "Muitos que sofrem de fobia não a interpretam como doença, mas como falha do caráter e da personalidade. O fóbico reconhece que seu medo é excessivo, mas não consegue controlá-lo", enfatiza.

Rita explica que a fobia envolve transtorno de ansiedade em algum nível. De acordo com a profissional, para tratar tanto esse mal quanto a Síndrome do Pânico são necessários medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos. "A Síndrome do Pânico é um transtorno involuntário. O indivíduo tem um mal-estar súbito, que envolve taquicardia, sudorese, tremores, vertigens e sensação de desmaio. É um mal de difícil diagnóstico, pois até a pessoa chegar ao hospital, esses sintomas já passaram. Ela faz exames que não apontam nada. Essa síndrome provoca um grande impacto na rotina do paciente, pois ele não tem como prever quando vai acontecer".

Rita complementa que, tanto na Síndrome do Pânico quanto nos casos de fobia, o tratamento é feito com ansiolíticos e antidepressivos, além de terapia.

Perfil - Leite esclarece que as fobias atingem 10% da população. Na maioria das vezes, ele adverte, os fóbicos são inteligentes, responsáveis, sensíveis, com certa tendência a serem detalhistas e controladores. "Essas pessoas passaram, em algum momento de suas vidas, por alguma experiência de morte. São indivíduos metódicos, sistemáticos e controladores", diz Rita. "Eles têm ideia de controle através de rituais, gestos, tiques, não conseguem nomear o que estão sentindo. Eles criam rituais e acreditam que estão dominando a situação", acrescenta Leite.

De acordo com Rita, muitas vezes esses transtornos surgem diante de algum fato estressante que ocorre na vida do paciente. "Por isso é importante não desprezar sintomas, quanto antes o problema for diagnosticado, melhor.

As fobias mais comuns

1. Claustrofobia - mede de lugares fechados, como ambientes pouco ventilados, túneis, elevadores e até equipamentos de ressonância magnética e de tomografia;

2. Eritrofobia - medo de sangue;

3. Agorafobia - medo de lugares cheios de gente como shoppings centers, locais de shows, ruas de comércio e estádios;

4. Hidrofobia - medo de água, de entrar no mar e em piscinas;

5. Glossofobia - medo de falar para plateias;

6. Amaxofobia - medo de andar de carro;

7. Hipsiofobia - medo de altura;

8. Medo de animais domésticos, como gato e cachorro;

9. Medo de insetos ou animais peçonhentos;

10. Fobia social - É facilmente confundida com timidez. A pessoa tem medo de se expor, evita contato social e estar em evidência. Esses indivíduos têm dificuldade de envolvimento amoroso. Trata-se de uma timidez patológica.

Por Adriana Bifulco
Fonte: Yahoo! Notícias

Tabagismo pode levar a transtornos psiquiátricos

A exposição precoce à nicotina pode modificar o funcionamento cerebral de jovens e favorecer o aparecimento de transtornos psiquiátricos na vida adulta --como a depressão e a ansiedade--, sugerem estudos clínicos e populacionais.


Um dos maiores trabalhos sobre o tema foi publicado em janeiro na revista científica "Addiction", a mais renomada na área de dependência química. Pesquisadores da Universidade de Oslo (Noruega) acompanharam 1.501 jovens --entre 13 e 27 anos-- durante 13 anos.

A conclusão foi que aqueles que começaram a fumar precocemente tiveram mais chances de desenvolver depressão, transtornos da ansiedade e pensamentos suicidas em relação aos não fumantes. O assunto será um dos destaques de uma conferência internacional sobre tabagismo, que acontece em abril em Dublin (Irlanda).

A nicotina é um estimulante do sistema nervoso central. Como a adolescência é uma fase em que os neurônios não estão totalmente formados, a exposição precoce à substância deixaria uma "marca" no cérebro.

"Se aprendemos inglês ou a andar de bicicleta na infância ou na adolescência, não esquecemos mais. Isso só é possível porque o cérebro está em formação. A nicotina deixa uma marca mnêmica. Isso aumenta a predisposição à dependência e a outros transtornos que têm como causa um desequilíbrio da neurotransmissão cerebral", explica a médica Analice Gigliotti, presidente da Associação Brasileira para Estudos do Álcool e outras Drogas.

Gigliotti e outros especialistas em tabagismo avaliam que, diante dessa conclusão, deverá ocorrer uma mudança na forma de avaliar e de tratar o fumante, especialmente o jovem.

"Estamos diante de um novo paradigma da medicina em relação à nicotina. A gente imaginava que o doente psiquiátrico procurava o tabagismo para aliviar seus sintomas psíquicos. Agora, postula-se o contrário. O fato dele ter sido exposto ao cigarro na adolescência pode ter levado ao transtorno psiquiátrico", afirma a cardiologista Jaqueline Issa, do InCor (Instituto do Coração).

Para Gigliotti, a criação de políticas de prevenção ao tabagismo "mataria vários coelhos numa mesma cajadada". "A dependência de nicotina é uma doença do cérebro, assim como a dependência a drogas e outras doenças mentais. Evitando-a, preveniríamos doenças mentais, dependências de drogas e morte precoce dos adolescentes e dos fumantes passivos."


Exposição precoce

No Brasil, pesquisas mostram que 90% dos fumantes adquirem o vício antes dos 18 anos. "Quanto mais jovem você se expõe ao cigarro, mais cedo vai alavancar esses possíveis transtornos mentais", alerta Jaqueline Issa.

Segundo o psiquiatra Sergio Nicastri, pesquisador do Grea (grupo de estudos e álcool e drogas), há evidências de que o uso de nicotina interfira nos sistemas neuroquímicos (neurorreguladores como acetilcolina, dopamina e norepinefrina), que, por sua vez, afetam circuitos neurais, associados à regulação de humor.

Ele afirma que as perturbações psiquiátricas mais frequentemente relacionadas ao tabagismo são depressão, esquizofrenia e transtornos de ansiedade e de humor.

Vários estudos já demonstraram que a incidência de doenças mentais é maior entre os fumantes do que no restante da população. Nos EUA, por exemplo, o índice de tabagismo na população em geral é de 12%. Entre os doentes psiquiátricos, chega a 70%. No Brasil não há esse levantamento.


Esquizofrenia

Na literatura médica, existem vários estudos demonstrando uma maior prevalência de tabagismo entre os portadores de esquizofrenia --em relação à população em geral e também em comparação a outros doentes psiquiátricos. Nos EUA, cerca de 80% dos esquizofrênicos fumam.

Um trabalho recente, com 668 pacientes, revelou que o tabagismo pesado (consumo de um ou mais maços de cigarros) durante a adolescência é associado a um risco maior para o aparecimento de transtorno de pânico, agorafobia e ansiedade generalizada na vida adulta.

Há uma outra linha de estudos que tenta vincular a dependência aos genes. Um deles, da Universidade de Utah (EUA), analisou amostras de DNA de 2.827 fumantes e concluiu que mutações genéticas podem estar relacionadas ao tabagismo.

Os fumantes que começaram a fumar antes dos 17 anos possuíam uma cópia duplicada do gene que interage com a nicotina no cérebro. Com isso, eles tinham até cinco vezes mais chances de se tornarem dependentes do cigarro durante a vida adulta, segundo a pesquisa.

Fonte: Folha Online